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domingo, 26 de outubro de 2025
Noticias do mercado de EE da ultima semana
➡️ Impacto técnico: haverá mudanças nos mecanismos tarifários para baixa tensão, alocação de custos da CDE para este segmento, além de possível repercussão na estrutura de tarifas em geral.
➡️ Impacto técnico: este mecanismo reforça exigência de qualidade e continuidade no serviço de distribuição, bem como pode levar a ajustes nos planos de contingência das concessionárias e potenciais reflexos nas tarifas da distribuição.
➡️ Impacto técnico: destaque para o peso dos encargos setoriais, transporte de energia e componentes financeiros nesse reajuste — é um índice relevante para avaliar pressões tarifárias e custo de serviço no setor de distribuição.
➡️ Impacto técnico: esse leilão representa reforço da rede de transmissão, o que influencia futuros custos de transmissão (TUST) e pode ter repercussão sobre investimentos em linha, confiabilidade e eventual impacto tarifário futuro.
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sábado, 25 de outubro de 2025
Entrevista: 'cortes de geração de energia e insegurança jurídica ameaçam avanço das fontes renováveis'
A MP 1304 – que discute como limitar o repasse de custos do setor de energia elétrica ao consumidor – reacende um debate sensível no setor elétrico: o que fazer com o curtailment — os cortes de geração que hoje recaem sobre fontes renováveis centralizadas, como solar e eólica. Para o presidente da Atlas Renewable Energy no Brasil, Fábio Bortoluzo, os parlamentares precisam chegar a um acordo para corrigir a alocação de riscos e dar segurança jurídica para os projetos de energia já existentes e futuros.
A Atlas, líder em geração solar centralizada no Brasil, relata cortes de até 25% em suas usinas, enquanto outras companhias já registraram 50% a 58% em determinados complexos solares ou eólicos.
No curto prazo, o efeito é corrosão de caixa, postergação de investimentos e encarecimento de contratos; nos médio e longo prazos, o risco é de desaceleração da transição energética, tarifas pressionadas e perda de competitividade.
O executivo afirmou também que a MP pode ser um marco na modernização regulatória do setor, com mudanças nos incentivos, revisão criteriosa da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), propondo uso do fundo do pré-sal para subsidiar tarifas sociais. No pipeline, a companhia mira a chegada de data centers, soluções híbridas (solar/eólica + BESS) e expansão regional com contratos sob medida para grandes consumidores. Confira:
TIMES BRASIL – LICENCIADO EXCLUSIVO CNBC | A MP 1304 preocupa a Atlas. O que, objetivamente, está em jogo?
FABIO BORTOLUZO: A principal preocupação é o curtailment. Hoje, cortes por restrição de rede ou excesso sistêmico oneram só o gerador, reduzindo receita, elevando despesas (pela necessidade de recomposição) e travando projetos novos. Sem previsibilidade sobre cortes e sem uma alocação de risco clara em lei e regulação, fica difícil precificar contratos e aprovar investimentos. A MP 1304 é a janela para corrigir isso.
O setor fala em cortes de 25% a quase 60% em alguns complexos de geração de energia. Como isso se traduz em impacto financeiro?
Isso corrói fluxo de caixa e margens, muda a dinâmica de dívida e pode paralisar portfólios. Há companhias que precisaram injetar capital; no nosso caso, a Atlas está capitalizada, mas o efeito é relevante. O risco é espantar a expansão da carga limpa justamente quando a indústria quer eletrificar e descarbonizar.
Por que a alocação de risco atual é considerada “equivocada”?
Porque o gerador não controla a malha de transmissão nem o despacho sistêmico. Se o corte deriva de um congestionamento da rede ou de excesso sistêmico, não faz sentido econômico e jurídico que o prejuízo recaia 100% no investidor que cumpriu regras de acesso. É preciso estabelecer critérios objetivos de indenização/compartilhamento e segurança contratual.
Que solução regulatória vocês defendem para o curtailment na MP 1304?
Atualizar a base legal que trata de classificação e ressarcimento de cortes, explicitar quem paga o quê e como. Isso melhora a precificação, dá sinal correto para expansão de rede e evita “efeitos colaterais” tarifários no futuro. O setor já apresentou emendas nesse sentido; o ideal é que a comissão especial as delibere.
E o papel das baterias (BESS) nessa equação?
O sistema de baterias minimiza cortes ao armazenar picos de geração e deslocar energia para horas de maior valor, além de prestar serviços ancilares (capacidade rápida, controle de frequência e tensão). Já operamos BESS no Chile e estamos prontos para expandir no Brasil. Mas é crucial haver um arcabouço regulatório que permita a remuneração adequada desses serviços, com ou sem leilões.
Há viabilidade para haver um leilão de capacidade com baterias ainda este ano?
Leilões ajudam a dar sinal de política pública, mas exigem regras e consulta com algum prazo. Veremos as diretrizes. Paralelamente, o essencial é a regulação estrutural da Aneel para habilitar BESS em modelos de mercado (contratos bilaterais, serviços à rede e soluções híbridas com usinas). Para este ano eu acho o prazo apertado, mas pode acontecer.
A MP também discute CDE. Como vocês enxergam o tema?
A CDE tem itens de natureza diversa (social, universalização, combustíveis de isolados, etc.). Faz sentido reclassificar fontes de custeio — por exemplo, políticas sociais no orçamento social; custos de sistemas isolados com fundos setoriais ou receitas do petróleo, em vez de recair difusamente no consumidor. Qualquer teto precisa evitar canibalização entre rubricas.
Os subsídios às energias renováveis são alvo de críticas, até mesmo por conta do crescimento desordenado. Como separar o debate técnico do ruído?
Incentivos existem em toda a cadeia e devem ter marcos de saída claros. Para solar centralizada (diferente da Geração Distribuída, a centralizada concentra a geração em parques solares e fornece energia de Alta Tensão), o ecossistema floresceu: há conteúdo local relevante (rastreadores, inversores, engenharia, cabos, obras), geração de emprego e cadeia de serviços. O debate maduro define indicadores, transições e prazos — não um “corte cego”.
Como está o pipeline de baterias e projetos híbridos no Brasil?
Temos projetos solares e eólicos em desenvolvimento com BESS acoplado, prontos para avançar conforme a regulação permita monetizar capacidade e ancilares. O Brasil tem necessidade de capacidade; BESS é mais rápido de implantar que outras soluções e alivia gargalos locais de rede.
Data centers entraram no radar da Atlas? Onde estão as oportunidades?
Vemos duas ondas. A primeira, de nuvem e conteúdo, demanda baixa latência e tende a se concentrar perto de grandes centros (SP, RJ, Campinas, Sul). A segunda, IA generativa e processamento menos sensível à latência, pode ser localizada com grandes parques renováveis no Nordeste e Norte de MG. Nesses casos, dá para integrar geração + BESS + cliente.
A cadeia solar tem conteúdo nacional relevante? O que é produzido aqui?
Os módulos fotovoltaicos ainda são majoritariamente importados da China, mas cerca de 65% do investimento contempla itens com oferta local: rastreadores, inversores, EPC (obras eletromecânicas e civis), materiais (cabos, estruturas, aço, concreto) e mão de obra. Isso sustenta emprego e competitividade doméstica.
Quais são as prioridades regulatórias para destravar o próximo ciclo?
Três eixos: (1) curtailment — regras claras de alocação de risco/indenização; (2) BESS — definição regulatória e modelos de receita; (3) CDE — governança e fontes de custeio coerentes com a natureza de cada rubrica. Com segurança jurídica, o mercado destrava investimentos para os próximos 5 a 10 anos.
Eletricidade é gerada usando apenas silício e água
Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/10/2025
A eletricidade é gerada nos poros do silício unicamente por meio do atrito causado pela pressão e pela água. A tecnologia é adequada para uso prático em várias áreas.
[Imagem: TU Hamburg/DESY/Kunsting]
Nano-hidrelétrica
Cientistas descobriram uma nova maneira de converter energia mecânica em eletricidade usando água.
A diferença é que, em vez de a água estar contida em gigantescas represas, essa nova forma de hidroeletricidade usa água confinada em poros nanométricos de silício como fluido de trabalho ativo.
Luis Bartolomé e colegas de várias instituições europeias demonstraram que injetar e extrair ciclicamente a água no interior de blocos porosos de silício produz energia elétrica mensurável.
Não será suficiente para alimentar uma cidade, ou mesmo um computador, já que o ambiente gerador são nanoporos minúsculos, cujas superfícies internas são hidrorrepelentes, e a energia produzida fica na faixa dos microjoules - seriam necessários quilômetros quadrados de área superficial do silício nanoporoso para produzir a energia fornecida por uma pilha AA.
Contudo, além de representar uma descoberta importante do ponto de vista da física básica, o conceito desta nano-hidrelétrica se enquadra na classe dos nanogeradores triboelétricos, que podem alimentar aparelhos ultraminiaturizados, sobretudo sensores, ou dispositivos na escala dos componentes eletrônicos no interior dos chips.
Áreas sujeitas a uma pressão mecânica, da força do vento a amortecedores de veículos, representam oportunidades para extração da energia por intrusão/extrusão.
[Imagem: Luis Bartolomé a et al. - 10.1016/j.nanoen.2025.111488]
Usos práticos da nano-hidreletricidade
O sistema desenvolvido pela equipe, batizado de "nanogerador triboelétrico de intrusão-extrusão" (IE-TENG), utiliza pressão para forçar repetidamente a água para dentro (intrusão) e para fora (extrusão) de poros em nanoescala.
Durante esse processo, ocorre a geração de carga na interface entre o sólido e o líquido. É o mesmo tipo de eletricidade gerada por atrito que ocorre no nosso cotidiano - como quando você caminha sobre um carpete. Os elétrons são transferidos de um corpo para outro, acumulando uma carga que é repentinamente descarregada quando um terceiro corpo é tocado - isso acontece quando você toca na maçaneta da porta, a carga se dissipa e você recebe um pequeno choque elétrico.
Uma grande vantagem deste novo gerador é que ele é simples, não precisa ter partes móveis e só usa materiais comuns de baixo custo. Além disso, a eficiência de conversão de energia alcançada, de até 9%, está entre as mais altas já relatadas para nanogeradores sólido-líquido.
"Combinar silício nanoporoso com água permite uma fonte de energia eficiente e reproduzível - sem materiais exóticos, mas apenas usando o semicondutor mais abundante na Terra, o silício, e o líquido mais abundante, a água," disse Bartolomé.
"A tecnologia abre caminho para sistemas de sensores autônomos e livres de manutenção - por exemplo, na detecção de água, no monitoramento de esportes e saúde em roupas inteligentes, ou na robótica háptica, onde o toque ou o movimento geram diretamente um sinal elétrico. Materiais movidos a água marcam o início de uma nova geração de tecnologias autossustentáveis," disse o professor Simone Meloni, membro da equipe.
Bibliografia:
Artigo: Triboelectrification during non-wetting liquids intrusion-extrusion in hydrophobic nanoporous silicon monoliths
Autores: Luis Bartolomé, Nicola Verziaggi, Manuel Brinker, Eder Amayuelas, Sebastiano Merchori, Mesude Z. Arkan, Raivis Eglitis, Andris Sutka, Miroslaw Chorqzewski, Patrick Huber, Simone Meloni, Yaroslav Grosu
Revista: Nano Energy
domingo, 19 de outubro de 2025
Noticias da última semana
A ANEEL lançou a Consulta Pública nº 031/2025, que ficará aberta de 16 de outubro a 17 de novembro de 2025, para colher subsídios à revisão das Regras de Comercialização de Energia Elétrica (versão 2026). Serviços e Informações do Brasil
As principais alterações propostas envolvem: contratos de comercialização resultantes do 37º Leilão de Energia Nova, mecanismos de reserva de capacidade, transferência de histórico de consumo para apuração de encargos, participação em resposta à demanda e o Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD). MegaWhat
Essa iniciativa é técnica e relevante porque impacta diretamente como a energia será contratada, movimentada e contabilizada no mercado brasileiro nos próximos anos — o que afeta arquitetura de contratos, risco de exposição e incentivos para investimentos.
Um estudo da consultoria PSR aponta que a adoção de sistemas de armazenamento (baterias de íon-lítio + usinas hidrelétricas reversíveis) poderia reduzir em até ~16% os custos do sistema elétrico brasileiro até 2029. eixos
O estudo destaca que, apesar do potencial técnico, existem barreiras econômicas e regulatórias: alta carga tributária (aumentando os custos em até 76%) Canal Solar e ausência de regulamentação específica para armazenamento.
Essa notícia é técnica e estrutural — trata de flexibilidade, reserva, armazenamento e economia sistêmica.
Segundo relatório do think-tank Ember, no primeiro semestre de 2025 as renováveis (solar + eólica) geraram ~5.072 TWh, superando a geração por carvão (~4.896 TWh) globalmente. Reuters
O relatório destaca: crescimento da geração renovável impulsionado por China (+43% solar) e Índia (+29% eólica) e que a demanda global de eletricidade cresceu ~2,6%. World Economic Forum+1
Trata-se de uma notícia técnica de elevada relevância — ela evidencia mudanças de base no mix de geração mundial, o que afeta planejamento de rede, reserva de capacidade, despacho e políticas de geração.
Relatório da S&P Global aponta que os data centers dos EUA exigirã ~22% mais energia da rede até o fim de 2025 comparado ao ano anterior. Data Center Dynamics Essa expansão demanda grandes aumentos em infraestrutura de geração/transmissão/distribuição e coloca pressão técnica sobre a rede.
Também relatórios indicam que o setor enfrenta gargalos em transformadores e adaptação de rede que podem elevar custos ao consumidor final. The Economic Times
Essa notícia é técnica porque aborda impactos de carga, infraestrutura, crescimento setorial específico e as implicações operacionais para a eletrificação e rede.
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domingo, 12 de outubro de 2025
Noticias da última semana
notícias técnicas recentes no setor elétrico — duas do Brasil e duas globais — de fontes confiáveis:
🇧🇷 Brasil
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Aneel altera regra para reduzir desconto bilionário a geradores renováveis
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou mudança normativa para limitar os benefícios de desconto tarifário concedidos a usinas de fontes incentivadas (solar, eólica, biomassa) de até 300 MW. A medida atende determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou usos indevidos desses subsídios para "contornar limites legais". InfoMoney
Essa mudança pode impactar a viabilidade econômica de novos projetos renováveis, alterando as projeções de custos de conexão/transmissão para essas usinas. -
Trading de energia no Brasil cai ~37% no volume negociado devido a restrições de crédito
Segundo dados antecipados do BBCE (Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia), de janeiro a setembro de 2025 o volume negociado no mercado livre caiu 37,2% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando ~307,341 TWh. Em valor financeiro, o recuo foi menor (≈ 3%), em parte porque os preços praticados permaneceram elevados. CNN Brasil
A retração reflete restrições de crédito e cautela dos participantes ao lidar com as mudanças estruturais na matriz elétrica e volatilidade no mercado diariamente.
🌍 Mundo
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Geração renovável global supera carvão pela 1ª vez no primeiro semestre de 2025
Um relatório do think tank Ember mostra que, de janeiro a junho de 2025, fontes renováveis (solar + eólica) produziram 5.072 TWh, superando a geração proveniente do carvão (4.896 TWh) globalmente. Isso é um marco: pela primeira vez renováveis ultrpassam o carvão como fonte de eletricidade global. Reuters+1
A transição foi impulsionada principalmente por crescimento expressivo na China e na Índia, que aumentaram substancialmente sua geração eólica e solar. Reuters+1
Este fenômeno pressiona operadores a repensar estratégias de despacho, reserva e flexibilidade em sistemas elétricos com alto percentual de fontes intermitentes. -
Rede elétrica da Espanha registra variações de tensão alarmantes, risco de apagões
O operador espanhol REE (Red Eléctrica de España) detectou oscilações abruptas de tensão nas últimas duas semanas que podem afetar a estabilidade do sistema. Ele emitiu alerta formal ao regulador CNMC e sugeriu medidas regulatórias e técnicas para evitar apagões, especialmente após o grande apagão que afetou a Península Ibérica em abril. Reuters
O alerta reforça a necessidade de melhoria nos mecanismos de controle de tensão, equipamentos de regulação e participações ativas (geração, armazenamento) para suportar flutuações de carga/geração.
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