Professores, pesquisadores, profissionais e interessados em informações e discussões de assuntos relacionados ao setor elétrico, ao mercado de energia elétrica e aos aspectos profissionais da engenharia.

ÚLTIMAS

Últimos posts

domingo, 6 de julho de 2025

Energia elétrica e inflação

O-impacto-da-evolucao-do-custo-da-energia-no-preco-das-mercadorias-e-na-inflacao-junho.2025.pdf




Sandro Geraldo Bagattoli

Novidades no mercado livre de EE

Consulta Pública da ANEEL: Novas regras para o Mercado Livre de Energia 



Sandro Geraldo Bagattoli

sábado, 5 de julho de 2025

Boletim MME





Sandro Geraldo Bagattoli

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Brasil precisa se reconectar às hidrelétricas em prol da segurança energética, defende especialista

Do total de água doce do mundo disponível, o Brasil detém cerca de 12% das reservas à sua disposição, o que lhe confere uma posição vantajosa de produção de energia renovável através de hidrelétricas. Todavia, a participação proporcional das hidrelétricas na matriz elétrica brasileira vem reduzindo desde a década de 1990, quando correspondia a 90% da produção elétrica brasileira. Atualmente, esse percentual é de 46% e, nos próximos 15 anos, é esperado que esteja em 32%.

Para a presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), Alessandra Torres, essa redução pode gerar uma matriz elétrica mais frágil, em termos de flexibilidade, confiabilidade e serviços ancilares. Ela ressaltou que, embora a diversificação das fontes de energia seja positiva, é preciso equilíbrio, especialmente ao considerar a capacidade de armazenamento das hidrelétricas e o caráter intermitente das usinas solares e eólicas.

A discussão acerca da energia hidráulica ocorreu durante o Energy Summit 2025, realizado no final de junho, no Rio de Janeiro. O debate contou também com Franco Vernazza, fundador da Aquapower, uma startup que utiliza redes hidráulicas já existentes para produzir energia (veja mais a seguir). 

A espinha dorsal do setor elétrico

Para os debatedores, um dos principais benefícios das usinas hidrelétricas é a segurança energética, uma vez que elas geram e armazenam energia. Somado a isso, elas proporcionam flexibilidade de produção durante períodos de maior demanda, e isso as torna mais confiáveis no suprimento e estabilização do sistema. Para a manutenção dessa característica, Alessandra afirmou que “não se pode mais adiar o planejamento de hidrelétricas com reservatórios de todos os portes, ainda mais em um contexto de mudanças climáticas. “Precisamos construir reservatórios e isso não é impactar [o meio ambiente], é criar disponibilidade hídrica”.

O argumento usado pela presidente da ABRAPCH é de que um “discurso ambientalista míope” acerca das hidrelétricas deixa de considerar tanto as problemáticas de outras fontes – como a solar – quanto os benefícios da produção de energia através de recursos hídricos. Dentre os benefícios listados estão:

  • Consumo nulo de água: as hidrelétricas são a única fonte que não consome uma gota de água dentre todos os usuários da bacia. Elas apenas turbinam e devolvem a água mais limpa e oxigenada. 
  • Geração de serviços ancilares: são serviços complementares a geração de energia e são agrupados em três categorias: controle de frequência, controle de tensão e serviços emergenciais.
  • Multiuso dos reservatórios: a construção de reservatórios vai além da geração de energia, abrangendo abastecimento de água, navegação, piscicultura, turismo e manutenção dos lençóis freáticos. Eles também mitigam eventos climáticos extremos, como secas prolongadas ou grandes inundações.
  • Geração de renda e empregos: o desenvolvimento de pequenas hidrelétricas (PCHs), por exemplo, poderia abarcar aproximadamente 3.000 municípios, gerar 1 milhão de empregos e R$100 bilhões em investimentos privados.

Nova solução para um antigo problema

A Aquapower inovou ao se valer da infraestrutura hidráulica já existente abaixo do solo, como tubulações de água em cidades ou plantas industriais, para gerar energia elétrica. Para isso, a tecnologia trabalha em locais onde há excedente de pressão da água, como em redes de distribuição que utilizam válvulas reguladoras de pressão (VRPs). Em vez de dissipar essa energia mecanicamente, como as VRPs fazem, a Aquapower transforma essa pressão em eletricidade através do fluxo de água.

A inovação se dá também na forma encontrada para tornar o processo mais eficiente, com custos reduzidos, baixa manutenção, maior facilidade na reposição de peças e maior familiaridade do público com os equipamentos. A startup não fabrica turbinas do zero, mas compra bombas centrífugas tradicionais e as modifica para funcionarem em modo reverso como turbinas. Uma bomba normal recebe água por uma entrada e a impulsiona para cima, no modo reverso, a água entra por cima, gira o rotor conectado a um gerador, e isso produz eletricidade.

Com uma faixa de potência de até 75 kW, a energia pode ser entregue na rede da concessionária ou armazenada em baterias. Além de atender corporações, a tecnologia visa solucionar a dificuldade de energizar pontos de difícil acesso. Nesses casos, com pequenas turbinas gerando até 20W, é possível armazenar energia suficiente em baterias e alimentar dispositivos sem necessidade de obras ou solicitações de energia à concessionária.

Essa abordagem, segundo a empresa, permite gerar eletricidade limpa de forma distribuída e em linha com as metas de descarbonização e os compromissos ESG de empresas e municípios.

https://www.alemdaenergia.engie.com.br/brasil-precisa-se-reconectar-as-hidreletricas/

 

sábado, 28 de junho de 2025

TRANSMISSÃO SEM FIO





Sandro Geraldo Bagattoli

Mercado livre

Tarifa de energia cairá 26% com abertura do mercado livre, diz Silveira




Sandro Geraldo Bagattoli

terça-feira, 24 de junho de 2025

Governo vai contar seu consumo de luz de um jeito completamente novo

O Governo Federal acaba de dar o primeiro passo rumo à digitalização completa da rede elétrica de baixa tensão no país. A Portaria Normativa nº 111, publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em 18 de junho de 2025, estabelece diretrizes para modernizar o sistema de medição de energia nas residências brasileiras. O foco da medida está na obrigatoriedade da instalação de medidores inteligentes, capazes de enviar dados remotamente e fornecer informações detalhadas sobre o consumo.

 

A iniciativa, que faz parte da transição energética nacional, terá implementação gradual ao longo de dez anos, e visa reduzir perdas, combater fraudes, aumentar a eficiência e oferecer mais controle ao consumidor sobre seu próprio gasto de energia.

 

Chamados de sistemas AMI (Advanced Metering Infrastructure), os medidores inteligentes devem possuir comunicação remota com as distribuidoras de energia. Isso permitirá leituras automáticas, identificação de falhas, histórico detalhado de consumo e até mesmo corte e religamento à distância, sempre com base em critérios técnicos e sociais que ainda serão definidos pela Aneel.

 

Além disso, os consumidores terão acesso, em tempo real, aos dados de consumo por meio de aplicativos integrados com APIs abertas, o que permitirá a interoperabilidade com outras plataformas, como sistemas de automação residencial ou soluções de eficiência energética.

 

Restrições de segurança e privacidade também foram contempladas na portaria. Toda a transmissão de dados deverá estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e as concessionárias terão que seguir requisitos mínimos de cibersegurança.

 

Aplicativos, mercado livre e mais autonomia para o consumidor

Com os novos dispositivos, será possível acompanhar o consumo elétrico da residência quase em tempo real, permitindo que o usuário adapte hábitos, identifique picos de gasto e até negocie tarifas de forma mais personalizada no futuro.

 

A digitalização das redes é considerada passo essencial para a abertura do mercado de energia aos consumidores residenciais, atualmente restritos ao fornecimento local. A expectativa do MME é que, com mais dados, o consumidor possa escolher seu fornecedor de energia no futuro, assim como já ocorre no setor de telefonia e internet.

 

Aneel será responsável pela regulação e cronograma de implantação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será a responsável por regulamentar a medida, definindo critérios técnicos e operacionais, o modelo de financiamento da transição e o cronograma de implementação. Segundo o MME, o cronograma nacional completo será finalizado até o fim de 2025, como parte da Agenda Regulatória 2024–2025.

 

A norma também determina a priorização de equipamentos nacionais, quando viável, e a contratação de verificadores independentes para garantir a neutralidade na avaliação do desempenho das concessionárias. Estes deverão ser credenciados pelo Inmetro ou órgão equivalente.

https://diariodocomercio.com.br/mix/governo-vai-contar-seu-consumo-de-luz-de-um-jeito-completamente-novo/ 

 

 

 

 
Copyright © 2013 Mercado de Energia Elétrica