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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vodafone Portugal aproveita antenas para produzir energia

Vento. A Vodafone desenvolveu um sistema inovador em que aproveita as antenas de telecomunicações para a produção de energia eólica, com o objectivo de reduzir a factura de electricidade. Para já, as pás estão instaladas no Turcifal. A empresa tem em vista "exportar" o projecto para a África do Sul, Índia e Grécia A Vodafone Portugal desenvolveu um projecto de produção de energia eólica usando as torres com as antenas de telecomunicações para diminuir a sua factura eléctrica e emissões poluentes. O projecto vai ser apresentado este mês junto de outras subsidiárias da operadora mundial e existem possibilidades de vir a ser adoptado em outros países.

Desde Outubro que a empresa está a produzir energia eléctrica a partir da força do vento. O primeiro sistema funcional foi montado na serra do Socorro, no Turcifal, perto de Torres Vedras, mas actualmente já existem cinco torres com as pás em fibra de vidro para transformar o vento em energia. Até Abril de 2009, esse número deve aumentar para 32 em todo o País, altura em que será feito o balanço do projecto. Para já, os responsáveis garantem algum sucesso perante a adversidade que os levou a optar pela energia eólica em detrimento da solar.
O roubo "profissional" dos painéis solares era uma constante nas estações-base (espaço de seis metros quadrados com equipamento que garante o funcionamento da rede telefónica, instalado junto das torres com as antenas), explicou António Martins, responsável por esta área na operadora de telecomunicações.

Por outro lado, a instalação de painéis solares para produção de energia em escala obriga a uma maior ocupação de solos, o que onera qualquer projecto porque os locais onde as torres das operadoras estão instaladas são alugados. Das 8 760 horas do ano, apenas 3200 a 3 500 são aproveitadas na produção energética. Não só é necessário que haja vento, obviamente, mas também que este tenha certas características. Por exemplo, as pás são activadas com vento a partir dos 2,5 ou três metros por segundo, mas são paradas por segurança, se atingir os 14 metros por segundo.

Na serra do Socorro, vento é o que não falta, a julgar pela recente visita do DN ao local, onde António Martins mostrou como se usa um pequeno painel solar apenas para fazer funcionar o ar condicionado dentro das cabinas. A energia eólica fornece essa electricidade e o remanescente é "injectado" na rede eléctrica nacional. Os equipamentos consomem 75% do total da energia usada nas estações, pelo que é com o ar condicionado nas estações (para garantir uma temperatura média que não afecte os aparelhos) que se pode melhorar a eficiência energética e diminuir a factura a pagar à EDP.

Segundo a empresa, "a introdução deste novo sistema de microprodução eólica, juntamente com outros programas na área da eficiência energética iniciados há dois anos, permite obter reduções de 15 a 20%, tanto do consumo global das estações-base, como das emissões de CO2" ou dióxido de carbono.
Com mais de 3200 antenas, a Vodafone não prevê instalar este sistema em zonas urbanas, devido ao ruído e espaço necessário para as pás, que atingem um diâmetro de três metros. O objectivo de ter apenas 32 estações com o sistema deve-se à "verba disponível" (750 mil euros este ano), de que se espera o retorno entre "cinco a oito anos". Em 2009, será feita a análise das emissões de CO2 e a relação custo/benefício para definir o seu impacto ".

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