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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Tempo do petróleo barato não voltará, diz analista

O preço do petróleo já caiu para o nível do início de 2005 e, aparentemente, não vai aumentar devido à inatividade econômica global. No entanto, no longo prazo o petróleo barato não é a tendência. Pelo contrário. Embora a cotação caia neste momento, em certo sentido a era do petróleo barato acabou. Nos próximos três a cinco anos, ele poderá atingir US$ 200 o barril. A previsão é de Stofeler Ronald, analista do banco austríaco Erste Bank.


O teto da exploração de petróleo está chegando no mundo. Faz algum tempo que não se descobre grandes campos com reservas exploráveis, um indício de esgotamento dos hidrocarburantes, disse o perito. Ronald lembra que a capacidade de extração dos países-membros da Opep como grandes produtores atingiu o topo, e possivelmente a produção de seis desses países já passou do pico.


Menos entusiasmo nos investimentos


Estima-se que, para atender à demanda do mercado internacional, a produção diária de petróleo deveria aumentar dos 86 milhões de barris atuais para 125 milhões em 2030. No entanto, nesde início de 2009 o preço do barril flutua em torno de US $ 40, baixo demais para atrair investimentos.


Os dados têm mostrado que muitos planos de investimento na indústria petrolífera foram cancelados ou adiados. Os investimentos confirmados alcançam apenas 20% do necessário para aumentar a produção. A redução do investimento conduzirá inevitavelmente à perda de ímpeto na prospecção, exploração, refino e transporte, o que ameaça o fornecimento futuro em todo o mundo.


O perito austríaco afirmou que, quanto mais tempo o preço permanecer abaixo de US$ 40 o barril, mais cedo chegará a hora da escassez.


Embora tenha se usado a energia nuclear e fontes renováveis como água, energia eólica e solar, ainda não se descobriu uma alternativa energética capaz de substituir o petróleo, a mais usada fonte de energia. Isto significa que o petróleo ao se esgotar esgotar será insubstituível num futuro imediato, diz o especialista.


Monopólio das estatais se reforça


Na última década, as companhias petrolíferas privadas têm reduzido seus investimentos em prospecção e exploração e dedicado mais recursos à compra de ações em busca de maiores lucros. Em 2007, as cinco maiores empresas petrolíferas privadas do mundo aplicaram 34% de seus investimentos na compra de ações, em contraste com a 1% em 1994. Enquanto os investimentos em exploração de óleo cairam de 14% para 6% no mesmo período.


A insuficiência dos investimentos em exploração por parte destas empresas tem reduzido o volume das reservas sob seu controle, o que reforçou a posição de monopólio das empresas estatais no mercado. Atualmente, mais de 83% das reservas petrolíferas estão nas mãos de estatais.


Como não foram descobertos campos com grandes reservas exploráveis, a oferta mundial de petróleo depende cada vez mais dos grandes campos petrolíferos existentes. Com o esgotamento destes, a produção concentra-se sempre mais nas principais áreas produtoras de petróleo. Isto ameaçará a segurança do abastecimento.
Produtores em melhores condições de controlar o mercado


Atualmente, a Opep controla 40% do mercado mundial de petróleo, exercendo uma influência significativa sobre o preço. Ao garantir reduzir a produção para garantir a cotação, a Opep manifestou a esperança de mante-lo em US% 75 o barril. Sem dúvida, a Organização vai continuar cortando a produção para impedir que o preço afunde.


De acordo com o analista, a Opep pode reduzir a produção diária em mais de 2 milhões de barris. Provavelmente, a Organização vai tomar uma decisão de cortar 1 milhão de barris/dia, na reunião ministerial marcada para março.


É possível que a Rússia, o México e o campo Brent também reduzam sua produção, agrega o analista. Ele prevê que o preço médio subirá para US$ 55 o barril em 2009. No caso de uma possível recuperação econômica continuada, pode atingir US$ 70.


Com a tendência à redução dos recursos petrolíferos no mundo, a aproximação do limite da capacidade operacional dos produtores, o aumento dos custos de produção, a queda de investimentos e o fortalecimento do monopólio sobre os recursos hidrocarburantes, o preço tende a subir muito, concluiu o especialista austríaco.


Fonte: Diário do Povo Online (http://spanish.people.com.cn)

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=51305

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