Livre do risco de “apagão”, a oferta de energia elétrica no Brasil cresceu 6,1% ao ano nos últimos 35 anos. Um crescimento duas vezes maior que a média mundial. No mesmo período, a taxa média de expansão da oferta de energia no mundo foi de 3,4%. O ritmo de crescimento não alterou o perfil limpo da matriz energética no país, que permaneceu com baixos níveis de emissão de gases de efeito estufa. Por ser um país que produz 2% da energia mundial, a participação nas emissões globais de gases do Brasil é expressivamente pequena, cerca de 1,1% ou 332 milhões de toneladas, segundo a Agência Internacional de Energia.
A matriz energética no Brasil é caracterizada, em boa parte, por fontes renováveis, pois 46% da energia é produzida por fontes renováveis, percentual que é quatro vezes maior que a média mundial. As perspectivas para o crescimento da oferta de energia limpa no Brasil são positivas para os próximos anos, já que 70% do potencial hídrico no Brasil ainda não foi utilizado. Nos últimos 35 anos, a participação das hidroelétricas no fornecimento de energia elétrica manteve-se acima de 85%, contribuindo para os baixos índices de emissões de gases de efeito estufa.
O dados fazem parte do estudo “Matriz energética e emissão de gases de efeito estufa – Fats sobre o Brasil”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que traçou um perfil da energia no país. Segundo a entidade, a mudança climática global causada pela concentração de gases de efeito estufa é uma preocupação para a indústria mundial. Por isso, a CNI buscou contribuir com o tema apresentando informações sobre as emissões de gases de efeito estufa e sua relação com a matriz energética brasileira.
Entre as fontes renováveis que se destacam na promoção da energia no país estão a biomassa – extraída da cana-de-açúcar e de florestas plantadas para fins energéticos – e a hidroeletricidade. Em termos de produção de energia, a matriz energética está à frente da maior parte dos países, inclusive às nações mais desenvolvidas, pela utilização dos recursos naturais e do amplo uso de etanol para o transporte em veículos leves. A participação dos veículos flex no país já representa 85,6% das vendas de automóveis novos no Brasil. O sistema flex permite que um motor funcione com álcool e gasolina misturados.
Etanol
O Brasil possui mais de 75 milhões de hectares ocupados por agricultura, dos quais, cerca de 10% são utilizados para o plantio da cana-de-açúcar. Cada hectare produz, em média, 7 mil litros de etanol. Apenas para a safra 2008/2009 está prevista uma produção de mais de 27 bilhões de litros de etanol.
Além das terras plantadas, a criação do “Programa Nacional do Álcool”, em 1975, contribui para a posição de vanguarda do Brasil no uso de etanol como combustível. A partir de então, o Brasil passou a utilizar o etanol como alternativa relevante no consumo de energia no transporte em veículos leves. Além da grande produção de etanol hidratado, toda a gasolina vendida no Brasil possui 25% de etanol anidro em sua composição.
O uso do biodiesel também é crescente no Brasil. A legislação brasileira determina hoje a adição de 3% de biodiesel ao diesel comercializado no país. A produção desse combustível já ultrapassa 1 bilhão de litros por ano. O Biodiesel é uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo. É feito a partir das plantas (óleos vegetais) ou de animais (gordura animal).
Emissões na indústria
Nas últimas quatro décadas, ocorreu uma recomposição das fontes energéticas na indústria brasileira. De um lado, aumentou a participação de eletricidade, gás natural e carvão mineral e, de outro lado, caiu a participação dos derivados de petróleo. Hoje, mais de 60% de toda a energia consumida na indústria brasileira origina-se de fontes renováveis: eletricidade e biomassa. Apenas 9% das emissões de gás carbônico são relacionadas à atividade industrial no Brasil.
O Brasil é o terceiro país no volume de emissões reduzidas a partir da aplicação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Dentre os projetos de MDL registrados no
mundo, os projetos brasileiros devem contribuir com 8% das emissões evitadas no mundo, no total dos projetos já aprovados até setembro de 2008.
O Brasil também é o terceiro país do mundo em projetos certificados quando calculados em volume total de emissões evitadas. Em 2007 foram negociados no mundo cerca de US$ 64 bilhões em créditos de carbono. A comercialização de créditos de carbono contribui para viabilizar a implantação de projetos na indústria brasileira.
O Brasil vem caminhando no sentido contrário ao cenário mundial quando se compara à evolução dos índices de intensidade energética industrial. Em função das alterações da estrutura industrial mundial e do Brasil, a intensidade energética da indústria brasileira vem crescendo, enquanto no mundo há redução significativa. Essa tendência está relacionada à crescente importância da metalurgia, papel e celulose, química, mineração e petróleo na pauta de produção da indústria brasileira.
Sistema elétrico brasileiro
O sistema elétrico interligado brasileiro é responsável pelo suprimento de cerca de 97% da demanda interna. A rede básica de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN) possui 88 mil km de linhas em extra alta tensão. As linhas de transmissão no Brasil cobrem uma área comparável à da Europa, excluída a Rússia.
O Brasil tem baixo consumo per capta de energia elétrica, se comparado aos países desenvolvidos. O consumo per capita de eletricidade no Brasil é equivalente, por exemplo, a um sexto do consumo médio nos Estados Unidos ou a um quarto no Japão. Contudo, as perspectivas são de que essa distância entre o consumo per capita do Brasil e nos países desenvolvidos se reduza, ao passo que o Brasil progrida economicamente.
Desmatamento
Entre 2000 e 2005, o Brasil foi responsável por pouco mais de um quarto de todo o desmatamento observado no mundo. Ao lado da queima dos combustíveis fósseis, a destruição da floresta está entre os grandes responsáveis pela concentração de gases de efeito estufa, já que o ato libera carbono na atmosfera, causando aumento na temperatura média da Terra.
No ranking mundial de emissões, segundo as Comunicações Nacionais da Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o Brasil ocupou a 8ª posição entre 165 nações no ano de 1994. Caso o Brasil não liberasse emissões com o desmatamento de florestas, ocuparia o 28º lugar.
http://www.nahoraonline.com.br/ler_noticia.asp?cod=8962
A matriz energética no Brasil é caracterizada, em boa parte, por fontes renováveis, pois 46% da energia é produzida por fontes renováveis, percentual que é quatro vezes maior que a média mundial. As perspectivas para o crescimento da oferta de energia limpa no Brasil são positivas para os próximos anos, já que 70% do potencial hídrico no Brasil ainda não foi utilizado. Nos últimos 35 anos, a participação das hidroelétricas no fornecimento de energia elétrica manteve-se acima de 85%, contribuindo para os baixos índices de emissões de gases de efeito estufa.
O dados fazem parte do estudo “Matriz energética e emissão de gases de efeito estufa – Fats sobre o Brasil”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que traçou um perfil da energia no país. Segundo a entidade, a mudança climática global causada pela concentração de gases de efeito estufa é uma preocupação para a indústria mundial. Por isso, a CNI buscou contribuir com o tema apresentando informações sobre as emissões de gases de efeito estufa e sua relação com a matriz energética brasileira.
Entre as fontes renováveis que se destacam na promoção da energia no país estão a biomassa – extraída da cana-de-açúcar e de florestas plantadas para fins energéticos – e a hidroeletricidade. Em termos de produção de energia, a matriz energética está à frente da maior parte dos países, inclusive às nações mais desenvolvidas, pela utilização dos recursos naturais e do amplo uso de etanol para o transporte em veículos leves. A participação dos veículos flex no país já representa 85,6% das vendas de automóveis novos no Brasil. O sistema flex permite que um motor funcione com álcool e gasolina misturados.
Etanol
O Brasil possui mais de 75 milhões de hectares ocupados por agricultura, dos quais, cerca de 10% são utilizados para o plantio da cana-de-açúcar. Cada hectare produz, em média, 7 mil litros de etanol. Apenas para a safra 2008/2009 está prevista uma produção de mais de 27 bilhões de litros de etanol.
Além das terras plantadas, a criação do “Programa Nacional do Álcool”, em 1975, contribui para a posição de vanguarda do Brasil no uso de etanol como combustível. A partir de então, o Brasil passou a utilizar o etanol como alternativa relevante no consumo de energia no transporte em veículos leves. Além da grande produção de etanol hidratado, toda a gasolina vendida no Brasil possui 25% de etanol anidro em sua composição.
O uso do biodiesel também é crescente no Brasil. A legislação brasileira determina hoje a adição de 3% de biodiesel ao diesel comercializado no país. A produção desse combustível já ultrapassa 1 bilhão de litros por ano. O Biodiesel é uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo. É feito a partir das plantas (óleos vegetais) ou de animais (gordura animal).
Emissões na indústria
Nas últimas quatro décadas, ocorreu uma recomposição das fontes energéticas na indústria brasileira. De um lado, aumentou a participação de eletricidade, gás natural e carvão mineral e, de outro lado, caiu a participação dos derivados de petróleo. Hoje, mais de 60% de toda a energia consumida na indústria brasileira origina-se de fontes renováveis: eletricidade e biomassa. Apenas 9% das emissões de gás carbônico são relacionadas à atividade industrial no Brasil.
O Brasil é o terceiro país no volume de emissões reduzidas a partir da aplicação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Dentre os projetos de MDL registrados no
mundo, os projetos brasileiros devem contribuir com 8% das emissões evitadas no mundo, no total dos projetos já aprovados até setembro de 2008.
O Brasil também é o terceiro país do mundo em projetos certificados quando calculados em volume total de emissões evitadas. Em 2007 foram negociados no mundo cerca de US$ 64 bilhões em créditos de carbono. A comercialização de créditos de carbono contribui para viabilizar a implantação de projetos na indústria brasileira.
O Brasil vem caminhando no sentido contrário ao cenário mundial quando se compara à evolução dos índices de intensidade energética industrial. Em função das alterações da estrutura industrial mundial e do Brasil, a intensidade energética da indústria brasileira vem crescendo, enquanto no mundo há redução significativa. Essa tendência está relacionada à crescente importância da metalurgia, papel e celulose, química, mineração e petróleo na pauta de produção da indústria brasileira.
Sistema elétrico brasileiro
O sistema elétrico interligado brasileiro é responsável pelo suprimento de cerca de 97% da demanda interna. A rede básica de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN) possui 88 mil km de linhas em extra alta tensão. As linhas de transmissão no Brasil cobrem uma área comparável à da Europa, excluída a Rússia.
O Brasil tem baixo consumo per capta de energia elétrica, se comparado aos países desenvolvidos. O consumo per capita de eletricidade no Brasil é equivalente, por exemplo, a um sexto do consumo médio nos Estados Unidos ou a um quarto no Japão. Contudo, as perspectivas são de que essa distância entre o consumo per capita do Brasil e nos países desenvolvidos se reduza, ao passo que o Brasil progrida economicamente.
Desmatamento
Entre 2000 e 2005, o Brasil foi responsável por pouco mais de um quarto de todo o desmatamento observado no mundo. Ao lado da queima dos combustíveis fósseis, a destruição da floresta está entre os grandes responsáveis pela concentração de gases de efeito estufa, já que o ato libera carbono na atmosfera, causando aumento na temperatura média da Terra.
No ranking mundial de emissões, segundo as Comunicações Nacionais da Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o Brasil ocupou a 8ª posição entre 165 nações no ano de 1994. Caso o Brasil não liberasse emissões com o desmatamento de florestas, ocuparia o 28º lugar.
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