Com a modernidade, os engenheiros elétricos passaram a ser importantes para vários aspectos do cotidiano: do conforto ao consumo tem lá uma mãozinha, ou um cálculo, deles
Juliana Godoy // Especial para o Diario
julianagodoy.pe@diariosassociados.com.br
Apenas gostar de matemática ou física não basta para quem quer ser engenheiro elétrico. É preciso amar, ser apaixonado pelos números e fórmulas. A graduação, que no estado é oferecida apenas pelas universidades públicas, tem um grande número de candidatos no vestibular, mas o difícil não é entrar. É permanecer no curso. Para isso, o aluno precisa ter dedicação, visão de planejamento e muita, mas muita força de vontade para encarar as adversidades. No futuro, a profissão é sinônimo de emprego garantido para aqueles que se destacam.
Camila Portela, estudante do 4º período de engenharia elétrica na Universidade Federal de Pernambuco, sempre se deu muito bem com números. Desde pequena ela enxergava nas ciências exatas uma solução, e não um problema, em sua vida. "Enquanto minhas amigas se davam bem em história, geografia, eu me dava bem com matemática, física, química. Sempre me identifiquei com essa área", conta. Mas a escolha por engenharia elétrica só veio um ano antes do vestibular. Portela via na área uma grande chance de se dar bem futuramente. "A engenharia elétrica lida com tecnologia, que é um setor que está em crescimento constante. Acredito que sempre vão ter coisas novas a ser criadas, por isso dificilmente faltará empregos", afirma.
O gerente do departamento de engenharia elétrica/eletrônica da UPE, o professor Alcides Codeceira, explica que não basta se identificar com ciências exatas para se dar bem. É preciso amar aquilo que faz. "Ter um nível médio bem feito é fundamental e ser apaixonado pelas matérias de exatas", avisa. Isso é porque ao entrar na graduação os alunos vão ver toda parte básica de cálculo. Mas não a básica que se vê na escola. São estudos mais profundos e muito mais complexos, que se a pessoa não ama aquilo, não aguenta. "Eles veem toda a parte de matemática, estatística, cálculos de desenhos, para só depois entrar na parte profissionalizante", explica. "É um curso bem complexo, pesado, que exige um conhecimento avançado dos números por parte dos estudantes. Para se destacar tem que ser esforçado", completa o também professor Alexandre Jorge Tavares de Souza.
David Pires, também do 4º período, espera ser um dos destaques na profissão. A engenharia elétrica foi a primeira profissão que ele teve contato (sua mãe trabalha na área) e hoje ele não se vê em mais nada além disso. "No começo fiquei em dúvida entre elétrica e mecatrônica, mas hoje vejo que não serviria para mais nada além disso", confessa. Ao se formar, Pires poderá ser funcionário de empresas como a Chesf, Celpe, do polo de Suape, entre tantas outras opções, já que eletricidade é algo que está em qualquer lugar. "O engenheiro elétrico pode trabalhar com quase tudo. Ele pode atuar na geração, na transmissão e distribuição de energia elétrica. Ou pode desenvolver sistemas eletrônicos para computadores e celulares ou ainda com transmissão de dados e imagens", explica Alcides.
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