Pense: o que você está fazendo pela sua carreira? Qual objetivo pretende atingir? Quais são os próximos passos da sua vida profissional? Você está se preparando para o cargo que deseja exercer? O que você tem feito pelos seus objetivos pessoais? Se você pestanejou ao responder qualquer uma destas perguntas, cuidado. O que pode estar faltando é o planejamento da sua carreira.
Por sugestão do leitor Denis Brandl, fomos conversar com a consultora da SBA Associados, Giovana Tensini de Aguiar, que nos deu algumas dicas de como planejar a carreira.
PLANEJAMENTO DE CARREIRA É PLANEJAMENTO DE VIDA
Na entrevista que cedeu ao Noticenter sobre planejamento de carreira, uma das primeiras coisas que Giovana fez questão de salientar foi que não existe um planejamento de carreira que seja independente dos planos que a pessoa faz para a vida. “Quando se vai pensar em onde se quer chegar dentro de uma carreira, é preciso pensar em questões familiares (filhos, especialmente), sociais e pessoais”, afirma.
Ela explica que uma das coisas que mais precisa ser planejada é o tempo, e é aí que entram todas estas questões. “Um exemplo bem básico é o estudo. Para fazer um MBA ou aprender outro idioma, é preciso tempo e dedicação. O profissional precisa saber disso para pensar como conciliar os planos pessoais com os da carreira”, diz Giovana. Possibilidade de mudança de cidade e de participação em eventos fora do horário de trabalho, são outros exemplos da importância do planejamento de tempo dentro da carreira.
“Importantíssimo também”, destaca Giovana, “é que se pense no lazer dentro do planejamento de carreira. Em família ou não, o profissional precisa lembrar que ele também precisa se divertir, estar com as pessoas que gosta. Esquecer disso é um dos passos para a frustração dentro do horário de trabalho”.
COMO COMEÇAR
A especialista diz que planejar a carreira em um prazo muito grande – 10 ou 20 anos, por exemplo – pode ser complicado do ponto de vista mercadológico. Isto porque as estruturas das empresas estão constantemente sendo mudadas. Giovana sugere que se comece pensando num espaço de tempo menor. “O ideal é começar a pensar dentro da organização que você está. Qual é o cargo que deseja assumir e o que fazer para chegar lá”, diz.
Se a empresa onde você atua não tem um plano de cargos que especifique quais atribuições e competências se busca para cada cargo, procure observar as pessoas que estão acima de você. “Pense: elas falam outra língua? Tem um MBA? São líderes?”, comenta Giovana. Dentro desse diagnóstico breve do cenário onde se está, pode-se começar a pensar como chegar ao cargo almejado.
“Pensemos o planejamento como uma linha do tempo. No início, onde você está. No meio, onde quer chegar. No final, o que pode construir a partir de onde vai chegar”, diz a especialista.
SALÁRIO OU CARGO?
Uma das primeiras questões que se deve pensar com o planejamento de carreira, segundo Giovana, é a relação entre salário e cargo. “São dois interesses de todo o profissional, mas é preciso eleger uma prioridade”, afirma a consultora. “Sempre se aconselha, claro, a optar pelo cargo e pelas atribuições. O profissional faz o salário. Especialmente na área executiva. Quando se está satisfeito, o rendimento é maior e é mais fácil de atingir o máximo do potencial de cada um”, complementa ela, que alerta que é constante nos profissionais que optam pelo salário, problemas emocionais relacionados ao stress.
A VELOCIDADE CERTA PARA A ASCENSÃO
Giovana comenta que há dois grandes riscos que podem ser evitados, mas mesmo assim remetem a cuidados no planejamento da carreira: buscar ascensão rápido demais ou passar muito tempo sem nenhum tipo de crescimento.
No primeiro (e mais comum) o problema está na falta de maturidade na tomada de decisão, que só é conquistada com a vivência de mercado. “Aquele velho ditado que diz que quem vai com muita sede ao pote, bebe a água de uma só vez e não mata a sede. Não adianta assumir um cargo ou responsabilidade que não está apto a cumprir. Além de a empresa perder com isso, perde também o profissional, que pode acabar tendo resultados não tão bons e ser lembrado pelo mercado por isso”, comenta a especialista. No segundo caso, quando o profissional demora para evoluir no seu planejamento, pode colocar em risco todo o restante do plano. “Os atrasos podem inviabilizar a conquista de outros cargos”, confirma Giovana.
Mas, como saber se está adiantado ou atrasado? “Como o planejamento de carreira não é exato, é comum os profissionais ficarem em dúvida sobre a velocidade de sua ascensão. Para saber se está indo rápido ou devagar demais, é preciso ter feeling. Perceba, por exemplo, se as decisões são difíceis de serem tomadas ou se você conhece bem a realidade da empresa. Fazer esse tipo de avaliação pode ajudar”, aconselha Giovana.
Matéria publicada em 10/02/2010
Por sugestão do leitor Denis Brandl, fomos conversar com a consultora da SBA Associados, Giovana Tensini de Aguiar, que nos deu algumas dicas de como planejar a carreira.
PLANEJAMENTO DE CARREIRA É PLANEJAMENTO DE VIDA
Na entrevista que cedeu ao Noticenter sobre planejamento de carreira, uma das primeiras coisas que Giovana fez questão de salientar foi que não existe um planejamento de carreira que seja independente dos planos que a pessoa faz para a vida. “Quando se vai pensar em onde se quer chegar dentro de uma carreira, é preciso pensar em questões familiares (filhos, especialmente), sociais e pessoais”, afirma.
Ela explica que uma das coisas que mais precisa ser planejada é o tempo, e é aí que entram todas estas questões. “Um exemplo bem básico é o estudo. Para fazer um MBA ou aprender outro idioma, é preciso tempo e dedicação. O profissional precisa saber disso para pensar como conciliar os planos pessoais com os da carreira”, diz Giovana. Possibilidade de mudança de cidade e de participação em eventos fora do horário de trabalho, são outros exemplos da importância do planejamento de tempo dentro da carreira.
“Importantíssimo também”, destaca Giovana, “é que se pense no lazer dentro do planejamento de carreira. Em família ou não, o profissional precisa lembrar que ele também precisa se divertir, estar com as pessoas que gosta. Esquecer disso é um dos passos para a frustração dentro do horário de trabalho”.
COMO COMEÇAR
A especialista diz que planejar a carreira em um prazo muito grande – 10 ou 20 anos, por exemplo – pode ser complicado do ponto de vista mercadológico. Isto porque as estruturas das empresas estão constantemente sendo mudadas. Giovana sugere que se comece pensando num espaço de tempo menor. “O ideal é começar a pensar dentro da organização que você está. Qual é o cargo que deseja assumir e o que fazer para chegar lá”, diz.
Se a empresa onde você atua não tem um plano de cargos que especifique quais atribuições e competências se busca para cada cargo, procure observar as pessoas que estão acima de você. “Pense: elas falam outra língua? Tem um MBA? São líderes?”, comenta Giovana. Dentro desse diagnóstico breve do cenário onde se está, pode-se começar a pensar como chegar ao cargo almejado.
“Pensemos o planejamento como uma linha do tempo. No início, onde você está. No meio, onde quer chegar. No final, o que pode construir a partir de onde vai chegar”, diz a especialista.
SALÁRIO OU CARGO?
Uma das primeiras questões que se deve pensar com o planejamento de carreira, segundo Giovana, é a relação entre salário e cargo. “São dois interesses de todo o profissional, mas é preciso eleger uma prioridade”, afirma a consultora. “Sempre se aconselha, claro, a optar pelo cargo e pelas atribuições. O profissional faz o salário. Especialmente na área executiva. Quando se está satisfeito, o rendimento é maior e é mais fácil de atingir o máximo do potencial de cada um”, complementa ela, que alerta que é constante nos profissionais que optam pelo salário, problemas emocionais relacionados ao stress.
A VELOCIDADE CERTA PARA A ASCENSÃO
Giovana comenta que há dois grandes riscos que podem ser evitados, mas mesmo assim remetem a cuidados no planejamento da carreira: buscar ascensão rápido demais ou passar muito tempo sem nenhum tipo de crescimento.
No primeiro (e mais comum) o problema está na falta de maturidade na tomada de decisão, que só é conquistada com a vivência de mercado. “Aquele velho ditado que diz que quem vai com muita sede ao pote, bebe a água de uma só vez e não mata a sede. Não adianta assumir um cargo ou responsabilidade que não está apto a cumprir. Além de a empresa perder com isso, perde também o profissional, que pode acabar tendo resultados não tão bons e ser lembrado pelo mercado por isso”, comenta a especialista. No segundo caso, quando o profissional demora para evoluir no seu planejamento, pode colocar em risco todo o restante do plano. “Os atrasos podem inviabilizar a conquista de outros cargos”, confirma Giovana.
Mas, como saber se está adiantado ou atrasado? “Como o planejamento de carreira não é exato, é comum os profissionais ficarem em dúvida sobre a velocidade de sua ascensão. Para saber se está indo rápido ou devagar demais, é preciso ter feeling. Perceba, por exemplo, se as decisões são difíceis de serem tomadas ou se você conhece bem a realidade da empresa. Fazer esse tipo de avaliação pode ajudar”, aconselha Giovana.
Matéria publicada em 10/02/2010
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