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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Índices revelam queda de qualidade da Celesc

Índices revelam queda de qualidade da Celesc

Aneel emitiu 11 multas para a estatal desde 2007

Alessandra Ogeda | alessandra.ogeda@diario.com.br

O consumidor catarinense está mais insatisfeito com a Celesc. A estatal catarinense piorou em 16 dos 17 itens que medem a qualidade dos serviços prestados no Estado. Este é o resultado do índice de satisfação do consumidor divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) neste final de ano.

Outros indicadores, que medem a confiabilidade do sistema, também mostraram piora nos três primeiros trimestres de 2010. A Aneel não prevê multas ou penalidades para as empresas que mostram queda no desempenho do índice.

Desde 2007, a agência aplicou 11 multas na estatal catarinense em fiscalizações periódicas que avaliam a manutenção dos equipamentos, a operação da companhia e o atendimento aos clientes. As multas, a maioria delas em recurso judicial, somam R$ 5,95 milhões. Apenas uma delas, de R$ 993,9 mil, foi paga.

Nos itens que avaliam os preços cobrados pela Celesc e a possibilidade dos clientes mudarem de empresa caso tivessem uma alternativa melhor, a estatal apresentou desempenhos ruins e abaixo das médias nacionais. A fidelidade dos consumidores com a companhia atingiu o segundo pior resultado nesta década — apenas em 2007 a Celesc havia registrado um desempenho mais baixo.

A pesquisa da Aneel apurou o desempenho de 63 distribuidoras de energia elétrica do país. Em Santa Catarina, a agência aplicou 450 questionários em 16 municípios, 18,4% do total apenas em Florianópolis.

A Celesc apresenta resultados entre 11,8% e 24,47% piores do que aqueles registrados pelas melhores companhias avaliadas no levantamento da Aneel. A melhor empresa da região Sul, a Rio Grande Energia S/A, obteve uma pontuação de 69,25 — a Celesc conseguiu 69,07 pontos.

Segundo dados do terceiro trimestre deste ano divulgados pela Celesc, a companhia é a sexta maior distribuidora de energia elétrica do país. Até o final de setembro, a empresa atendia a 2,3 milhões de unidades consumidoras em 262 cidades catarinenses e no município de Rio Negro, no Paraná.

O diretor técnico da Celesc Distribuição, Eduardo Sitonio, em viagem fora do país, comentou por telefone que todas as distribuidoras apresentaram queda no desempenho da avaliação dos consumidores feito pela Aneel. Os relatórios da agência confirmam parte desta avaliação.

Entre as cinco maiores distribuidoras de energia elétrica do país, três tiveram índices piores este ano, se comparado com 2009, e duas melhoraram o desempenho. Em uma discussão recente na Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, segundo Sitonio, o "pensamento da maioria" foi de que a queda no índice da Aneel foi provocada pela polêmica envolvendo o tema da Parcela A. O diretor técnico refere-se à discussão envolvendo os reajustes tarifários da parcela que agrupa os custos não gerenciáveis pelas distribuidoras.

O Tribunal de Contas da União emitiu um documento que afirmava que os consumidores teriam pago R$ 7 bilhões a mais nas contas de luz desde 2002 devido aos reajustes da Parcela A.

— Só um fato muito grande como este, explorado pelos jornais e que rendeu uma CPI, poderia ter uma influência tão grande nas pesquisas — opina Sitonio.



Os indicadores
— A Aneel trabalha com dois indicadores coletivos para monitorar o desempenho das distribuidoras de energia elétrica quanto à continuidade do serviço prestado: o DEC e o FEC
— DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) indica o número de horas em média que um consumidor fica sem energia elétrica durante um período, geralmente mensal. Se o DEC for de 1,60, por exemplo, significa que, em média, os consumidores ficaram sem fornecimento por uma hora e quarenta minutos em determinado mês
— FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) indica quantas vezes, em média, houve interrupção na unidade consumidora (residência, comércio, indústria, etc)
— O pior DEC de SC no terceiro trimestre de 2010 foi registrado na cidade de Bom Jardim da Serra, onde os consumidores ficaram uma média de 27 horas sem energia elétrica no período
— O pior FEC do Estado no mesmo período foi registrado em Águas Frias, onde os consumidores tiveram uma média de 15,41 interrupções do abastecimento no trimestre


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