A conclusão é de um estudo elaborado pela ADENE e pela Energaia.
Os homens até 25 anos são os "menos competentes" a poupar energia e os que têm uma "maior necessidade de ultrapassar barreiras e obstáculos à poupança energética". São também os menos sensibilizados para a eficiência energética.
Esta é uma das principais conclusões do primeiro estudo nacional sobre o perfil energético do sector residencial, promovido pela Adene - Agência para a Energia e pela Energaia (agência municipal de energia de Gaia)e que assentou num inquérito a mil agregados familiares.
Outras conclusões deste estudo, apresentado hoje, apontam que o grupo social mais sensibilizado para estas questões são as mulheres até 45 anos, mas que o grupo mais proactivo na poupança de energia são os portugueses acima dos 45 anos que habitam no Norte e Ilhas.
O documento conclui ainda que a maioria dos consumidores domésticos poupa energia por razões económicas (87% dos inquiridos), sendo a segunda razão apontada as motivações ambientais (57%) e a terceira, a poupança de recursos (32%). Dos inquiridos, nenhum afirmou não ser necessário poupar energia, mas metade dos diz que já faz tudo o que pode para poupar energia.
Para os promotores do estudo, esta convicção é um forte obstáculo à eficiência energética. Tal como a convicção de 22% dos inquiridos, ao dizerem "já poupo bastante", ou ainda dos 17% que dizem "gostaria de poupar mais, mas não sei como" e dos 11% que afirma que as poupança energética "reduziria o conforto".
"Embora as conclusões do inquérito transmitam, a nível geral, um parecer positivo em relação aos comportamentos de consumo energético dos portugueses para uma maior eficiência energética, encontram-se também alguns indicadores que alertam para a necessidade de dar continuidade à elaboração de estratégias de sensibilização", adiantam os promotores em comunicado.
Para Dalila Antunes, psicóloga e directora da consultora Factor Social que participou na parte social do estudo e que esteve na apresentação de hoje, o grupo dos jovens até 25 anos é onde "existe maior oportunidade de mudança, poupança e intervenção". Além disso, diz ainda que estar sensibilizado para as questões ambientais não é suficiente e que o que é necessário é que existam comportamentos que conduzam a essa eficiência energética.
"Este estudo ajuda a entender a relação do consumidor com a energia e aponta que, de uma vez por todas, as pessoas as pessoas já começaram a interiorizar a energia como algo em que podem interferir", disse o director-geral da ADENE, Alexandre Fernandes, durante a apresentação do estudo, acrescentando que "os mais jovens têm uma perspectiva ambiental e os mais velhos uma perspectiva mais económica".
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