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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Indústria de SC sem energia para crescer.

TEM, MAS NÃO CHEGA
Indústria de SC sem energia para crescer
Atrasos em obras de linhas de transmissão da Celesc afetam grandes projetos em instalação no Estado, que, somados, representam mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos

Impostos pesados, dólar desvalorizado, concorrência de produtos importados, infraestrutura precária. A indústria catarinense tem um novo fator negativo para levar em conta antes de investir: o risco de faltar energia elétrica.

Atrasos em obras do sistema de abastecimento, de responsabilidade da Celesc, representam uma ameaça real para empresários em seis das sete regiões em que a estatal divide os seus clientes. Um gargalo que pode levar até mesmo à revisão dos investimentos previstos.

Um caso emblemático é o da paranaense Berneck, uma das grandes fabricantes de painéis e produtos de madeira do país, que injetará R$ 350 milhões em sua nova unidade em Curitibanos, no Meio-Oeste.

A espera pela conclusão de uma linha de transmissão de energia forçará a empresa a adiar o início da operação de agosto para novembro. Em dinheiro, isso significa R$ 25 milhões que deixarão de ser faturados.

A fonte do problema não está na falta de planejamento ou de recursos para investimentos da Celesc. Diretores e técnicos da estatal afirmam que os vários atrasos no cronograma de projetos de infraestrutura de distribuição de energia fundamentais para a indústria, responsável por 45% do consumo no Estado, podem ser explicados por dois fatores principais.

O primeiro são embargos ambientais ou por divergências envolvendo desapropriações. Um exemplo é o conflito envolvendo a linha de transmissão Trindade, no Norte da Ilha de Santa Catarina, que espera uma resolução desde 2008.

A Celesc ainda culpa o excesso de chuvas registrado em algumas cidades catarinenses no último ano.

Enquanto isso, grandes empreendimentos estão ameaçados ou caminhando a passos lentos pela falta de garantias no abastecimento elétrico.

A Alliance One, uma das principais fornecedoras globais de fumo, inaugurou uma fábrica de R$ 100 milhões em Araranguá, no Sul do Estado, este mês. Mas o trabalho está restrito ao turno noturno, das 22h às 6h, para evitar os horários de pico.

Em Vidal Ramos, No Vale do Itajaí, a unidade da Votorantim Cimentos, de R$ 380 milhões, já foi concluída, mas aguarda uma linha de transmissão para começar a funcionar.

Na região Norte, o Porto de Itapoá, empreendimento que custou R$ 475 milhões, foi inaugurado em dezembro com a expectativa de entrar em operação no mês passado. Sucessivos atrasos na conclusão do acesso e de uma linha de transmissão frustraram os planos.

Importante polo de atração de investimentos do Estado, Joinville teme que o seu crescimento seja freado. O consumo da indústria local cresceu 20,85% em 2010, o dobro que a média neste segmento no Estado.

Os empresários querem que a Celesc antecipe para este ano investimentos previstos apenas para 2013.

Em São José, o embargo na instalação de uma linha de transmissão de alta tensão e nova subestação em Sertão do Maruim, em São José, impossibilita qualquer novo empreendimento ou ampliação industrial.

Estariam em risco investimentos da Intelbras, do Bistek Supermercados, das construtores RDO e AM, assim como o Continente Park Shopping, o maior do Estado, com inauguração prevista para 2012.

– Se aquela subestação não ficar pronta, não teremos como atender o shopping e as outras empresas que dependem da obra – revela Sidney Luiz Corrêa, chefe do Departamento de Projeto e Construção do Sistema Elétrico da Celesc Distribuição.

A Celesc trabalha em 29 obras de grande porte, nove delas subestações e oito linhas de transmissão.

DIÁRIO CATARINENSE 10/04/2011

ALESSANDRA OGEDA

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