Apesar do forte crescimento das fontes eólica, solar e dos biocombustíveis, a matriz elétrica mundial está menos renovável do que em 1990, aponta relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). Segundo dados da instituição, as fontes renováveis cresceram 2,7% ao ano desde então, enquanto a demanda por eletricidade aumentou 3% anualmente.
Enquanto 19,5% do consume global era suprido por fontes renováveis em 1990, o percentual caiu para 18,5% em 2008, aponta o relatório Clean Energy Progress Report, da AIE. O principal motivador foi a redução dos projetos de hidreletricidade nos países desenvolvidos.
Para alcançar as metas globais de redução de emissões de CO2, a participação das fontes renováveis na matriz elétrica mundial teria de dobrar até 2020. Segundo a AIE, para compensar o baixo crescimento da hidroeletricidade, a energia eólica teria que crescer a uma taxa anual de 17% e a solar a 22%. Apesar de terem crescido a taxas maiores nos últimos anos, será difícil manter esse ritmo, afirma a agência.
Com relação aos biocombustíveis, a agência ressalta que houve um crescimento significativo nos últimos anos, com a produção mundial saindo de 16 bilhões de litros em 2000 para 100 bilhões de litros de 2010, impulsionada por Brasil e Estados Unidos. Mas ainda representam 3% da matriz mundial. Para alcançar as metas, será necessário desenvolver os biocombustíveis avançados, que são aqueles capazes de reduzir em 50% as emissões de carbono se comparados à gasolina. O etanol de cana-de-açúcar é um deles.

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