Grátis, disponível a qualquer hora do dia ou da noite e até mesmo nos lugares mais remotos, a internet tem bem o perfil do indivíduo que, como diriam os nossos avós, vive de vento. No caso dos três principais motores de busca do mundo (Google, Yahoo e Bing), que são acessados por pelo menos 90% dos internautas diariamente, essa categorização ganha um sentido literal. É que todos eles vêm fazendo investimentos massivos para que, no futuro, seus datacenters e escritórios utilizem apenas fontes de energia renovável – com destaque notável para eólica e solar.
Outras grandes empresas de tecnologia, como o Facebook, também contribuem para impulsionar a produção de energia eólica por meio de acordos de compra de energia conhecidos como PPAs (Power Purchasing Agreements). Esses acordos, firmados diretamente com as fazendas de vento, preveem a compra, por uma taxa fixa, de uma quantia estável de energia ao longo de um período determinado em contrato, que pode se estender por várias décadas.
Hoje, 30% das necessidades energéticas do Google já são supridas por fontes renováveis. A empresa tem três PPAs com fazendas americanas, situadas nos estados de Iowa, Texas e Oklahoma, além de outros dois com usinas eólicas suecas. A gigante de tecnologia é também um dos maiores investidores do mundo em projetos de energia limpa: seus aportes somam US$ 1,5 bilhão (confira os detalhes dos diferentes projetos financiados aqui).
Em setembro de 2014, o Yahoo celebrou um acordo de 15 anos para atender a uma demanda de 100 mil megawatts por hora. Para mover seu mecanismo de busca, o Bing, e outras plataformas online, a Microsoft fechou um acordo que prevê a recepção de 285 megawatts por hora. Nessa toada, os internautas do futuro não irão navegar ou surfar, mas sim fazer kitesurf pela world-wide-web.
Atenciosamente
Alexandre Kellermann
Alexandre.kellermann@gmail.com
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