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sábado, 15 de novembro de 2014

Governo preve que consumo de energia vai triplicar até 2050

Com o envelhecimento da população, também são previstos mais domicílios por pessoa

 

O governo prevê que triplicará a demanda por energia no país até 2050 e, para tanto, o país não poderá contar apenas com energia limpa ou com a maior eficiência no consumo, que também devem se expandir no horizonte. Por essa linha, o volume de emissões de gases deverá dobrar no período de 36 anos, segundo o Plano Nacional de Energia 2050, apresentado nesta quinta-feira para debate com o setor em Brasília.

 

— Na próxima década se esgota o potencial de exploração da energia hidrelétrica. Como você vai fazer? Eólica, solar, biomassa e eficiência energética não são suficientes para um país das dimensões do Brasil, o que não quer dizer que não vamos fazer — disse Altino Ventura Filho, secretário de planejamento energético do Ministério de Minas e Energia, prevendo maior uso de energia térmica a partir de combustíveis nucleares, carvão mineral e gás natural.

 

O consumo de energia no país saltará de 266 mil toneladas equivalente de petróleo (tep) em 2013 para 604 mil em 2050, com aumento da oferta de energia principalmente pela geração de eletricidade a partir de todas as matrizes possíveis e de gás natural entregue diretamente para a indústria.

 

Assim como o PNE anterior, de 2030, esta versão atualizada prevê a construção de quatro novas usinas nucleares no país na década de 2020. Na ocasião do lançamento do PNE 2030, estados chegaram a disputar a escolha para a instalação dos parques nucleares, numa discussão que perdeu fôlego e interesse das partes após o acidente de Fukushima, em 2011.

 

São previstas, também entre quatro e seis usinas de carvão mineral na região Sul, onde há mais oferta da matéria-prima. Além disso, o aumento da produção de gás natural poderia elevar em 10 mil Megawatts a geração de energia térmica no país.

 

Na abertura da cerimônia de apresentação ao mercado do PNE para 2050, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, apontou que, em 2050, o consumo nacional estará equiparado ao nível atual da União Europeia.

 

— Trata-se do esforço de planejamento de longo prazo de maior envergadura do governo federal. (…) Em 2050, estaremos nos ombreando a países desenvolvidos da Europa — disse Lobão.

 

Técnicos do ministério de Minas e Energia e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentaram nesta quinta-feira em Brasília o PNE para 2050, com um ano de atraso em relação ao prazo original previsto. Ventura justificou esse atraso pela demanda de organização de leilões de energia que vem ocorrendo todos os anos.

 

Em seu cenário para 2050, o setor energético do governo previu que, naquele ano, a população brasileira chegará a 226,1 milhões de pessoas, ou seja, quase 30 milhões acima do que o número atual, principalmente em áreas urbanas. Com o envelhecimento da população, também são previstos mais domicílios por pessoa, o que significa maior demanda energética por pessoa.

 

Nesse horizonte, o MME e a EPE previram, também, um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 3,6% a 4% ao ano, acima da média mundial. Há uma previsão de encolhimento do setor industrial na parcela de consumo de energia entre os setores da economia, mas também o PNE 2050 aponta que a riqueza produzida no país exigirá menos energia ao fim do período, ou seja, a economia será mais eficiente.

 

O estudo apontou que esforços no sentido de economia de energia, ou eficiência energética, por parte das indústrias e da população em geral, têm potencial para reduzir em 18% o consumo de energia elétrica até 2050, equivalente a seis usinas de Itaipu.

 

O PNE 2050 prevê forte expansão das emissões de gases de efeito estufa, como consequência do maior consumo de energia no país, puxada principalmente pelos setores de transportes e indústria. O número de milhões de toneladas de CO2 emitidas em 2014 sairia de um nível de 400 para mais de 800 em 2050.

 

— Emissões absolutas aumenta, mas intensidade de crescimento cai a partir de 2020 — destacou o superintendente de estudos econômicos e energéticos da EPE, Ricardo Gorini.

 

Por: Extra

 

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Atenciosamente

 

Alexandre Kellermann

Alexandre.kellermann@gmail.com

 

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