Ainda há mais de 1,3 bilhão de pessoas sem acesso à energia no mundo, informou a vice-presidente da Schneider Eletric para a América do Sul, Tania Cosentino, durante evento paralelo à Cop21, na cidade de Paris. “Gerar desenvolvimento e levar energia a todos e, ao mesmo tempo, proteger o planeta, é um grande desafio”, afirmou, em evento que debateu como a América do Sul está enfrentando o dilema da energia.
O estudo apresentado revela que a implementação de programas de eficiência energética poderia proporcionar grande economia aos países da América Latina. Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru têm um potencial de eficiência energética de 20% até 2032. Isso equivaleria a uma redução de 2 bilhões de toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera e a uma economia de US$ 2,8 trilhões. Esse valor é duas vezes o investimento necessário, de acordo com o Banco Mundial, para prover acesso à energia a 1,1 bilhão de pessoas que vivem na escuridão no mundo.
Em termos de demanda de energia, o potencial de economia nestes países poderia alimentar a Colômbia por quatro anos, sem a necessidade de investimentos em infraestrutura e distribuição.
Para Marina Grossi, do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o papel do setor empresarial será fundamental para a implementação das metas voluntárias de redução de gases de efeito estufa apresentadas pelos países às Nações Unidas. “Para alcançar esses objetivos, são muito importantes as iniciativas locais e internacionais como as Parcerias de Tecnologias e Baixo Carbono (LCPTi), a Coalizão Brasil, Clima, Floresta e Agricultura e o Conselho de Líderes do CEBDS – este último trabalha para garantir um diálogo de alto nível com o governo e a apresentação de propostas setoriais de baixo carbono do setor privado ao setor público”, afirmou.
Em seu conjunto, as soluções de negócios propostas pelo LCPTi poderão contribuir para viabilizar 65% das metas voluntárias de redução de gases de efeito estufa apresentadas pelos países às Nações Unidas (INDCs, na sigla em inglês). “Já existem tecnologias de baixo carbono disponíveis para alcançar a redução de 50% das emissões que precisamos”, acrescentou Tania.
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ATENCIOSAMENTE
Alexandre Kellermann
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