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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Fundação Vodafone investe 300 mil euros na primeira 'Aldeia Inteligente de Montanha'

Num investimento de 300 mil euros, a Fundação Vodafone, em parceria com a Câmara Municipal de Seia, e outros parceiros, criou um projecto-piloto, designado por Aldeia Inteligente de Montanha (Smart Mountain Village), que passa pela implementação de diversas soluções tecnológicas, ao nível da eficiência energética dos edifícios e domicílios, mobilidade, saúde, iluminação pública e recursos hídricos na aldeia do Sabugueiro, Seia, na Serra da Estrela, fazendo deste território uma montra de boas práticas e inovação. O objectivo é que as tecnologias contribuam para a melhoria da qualidade de vida da Comunidade, e sejam uma alavanca para a melhoria do desempenho ambiental e desenvolvimento económico deste espaço rural, uma das nove aldeias de montanha.

 

O projecto, que foi apresentado ontem, no Abrigo da Montanha, no Sabugueiro, começou a ser desenhado há quatro anos, e foi implementado de forma faseada, sendo já possível afirmar que originou poupanças significativas no consumo energético da aldeia.

 

No terreno, deu-se a instalação, por exemplo, de soluções M2M (Machine to Machine) ou IoT (Internet of Things) que permitem responder eficazmente a algumas das necessidades e desafios que hoje se colocam à sociedade. Para Mário Vaz, presidente da Fundação Vodafone, “este é um projecto de sucesso, que se enquadra na preocupação da fundação na responsabilidade social”, acreditando que “permitiu colocar a tecnologia de ponta ao serviço da comunidade”. O responsável sublinhou a instalação de fibra óptica, numa aldeia até então isolada, e que, actualmente está mais acessível e admitiu a intenção de expandir o projecto a outras aldeias.

 

Já o Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, lembrou que este projecto “é pioneiro e uma antevisão do que vão ser as nossas cidades”. Disse considera-lo “fascinante por estar baseado na disponibilização de aplicações, de forma intuitiva e fácil, para pessoas comuns, tendo um potencial enorme, pois é uma verdadeira revolução digital”.

 

O governante disse ainda que este é um projecto que deve ser replicado e que o Governo ambiciona, ainda este ano, apoiar alguns projectos semelhantes.

 

O projecto tem várias vertentes: No caso da eficiência energética em edifícios domésticos, foram instalados 40 equipamentos de medição em residências, o que corresponde a 10% do edificado do Sabugueiro. A ideia é monitorizar e controlar os consumos energéticos a partir do display ou de qualquer dispositivo com acesso à internet. A grande vantagem é o facto de “permitir aos utilizadores uma consulta aos seus consumos em tempo real, obter dicas de eficiência energética, comparar os consumos actuais com o histórico e perceber qual o impacto das medidas correctivas tomadas têm na sua factura energética”, disse Paulo Mendonça, Chefe de Divisão de Infraestruturas, Vias, Obras Municipais e Ambiente da autarquia de Seia, durante a apresentação, frisando que a mudança de hábitos gerou economias que facilmente chegam aos 20%.

 

O mesmo equipamento foi instalado no lar/residência sénior da associação de beneficência do Sabugueiro, escolhido por ser o que mais energia consome na aldeia, cerca de 70 mil kWh ano. “O sistema permite à associação, conhecer a realidade energética do edifício, caracterizando as várias áreas, alocar custos por zonas e centros de custo e actuar de modo a optimizar o sistema, explicou,  acrescentando que uma das vantagens da utilização desta plataforma foi “a de conhecer o perfil de consumos do edifício através da instalação de pontos de medição independentes, permitindo separar zonas de consumo que tinham diferentes características”. O resultado foi uma poupança de 30% no consumo do edifício em dois anos, com a cozinha, que, na data de instalação, era responsável por um consumo médio diário significativo de 68 kWh, a reduzir o mesmo, actualmente, para os 40 kWh.

 

Foi ainda promovida a eficiência energética na iluminação pública, com a substituição para lâmpadas LED de 24 luminárias, o que se reflectiu numa redução diária de consumo de energia de cerca de 2,4kWh, menos 8,8% de consumo.

 

Paulo Mendonça deu ainda conta que o projecto incluiu também um sistema de eficiência hídrica no abastecimento de água e de águas residuais, que passou pela instalação de uma equipamento de telegestão hídrica, o que permitiu a diminuição significativa do tempo de resposta em casos de anomalias, uma redução das perdas originadas por fugas, precisão dos dados estatísticos e uma recolha de dados fiáveis para disponibilização à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos – ERSAR.

 

De frisar que um dos mais emblemáticos pontos deste projecto é a vertente Monitorização dos Sinais Vitais, e que passou pela instalação de 20 unidades do sistema de monitorização dos sinais vitais do equipamento OneCare Sensing, posto ao dispor de 40 utentes, escolhidos num conjunto de famílias da aldeia do Sabugueiro, bem como dos utentes do lar/residência sénior da associação, e que, explicou, “possibilita um acompanhamento contínuo do estado de saúde do utente permitindo a detecção precoce de situações de risco, de modo a permitir uma intervenção atempada e eficaz, por parte dos prestadores de cuidados”.

 

VER MAIS ARTIGOS DE RAQUEL CARVALHO

http://economico.sapo.pt/noticias/fundacao-vodafone-investe-300-mil-euros-na-primeira-aldeia-inteligente-de-montanha_243503.html

 

 

ATENCIOSAMENTE

 

Alexandre Kellermann

 

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