Muitos líderes mundiais, a maioria de países em desenvolvimento como a Índia, afirmam ser difícil reduzir as emissões de carbono que aquecem o planeta porque dependem de combustíveis fósseis baratos, em especial o carvão, para manter a energia elétrica acessível.
Porém, esse argumento está perdendo força à medida que o custo de energia de fontes renováveis como a solar e a eólica segue em queda livre. Segundo um relatório divulgado pela ONU, no ano passado, pela primeira vez, as fontes renováveis de energia representaram a maior parte da nova capacidade elétrica gerada no mundo.
Também pela primeira vez, mais da metade dos US$ 286 bilhões investidos em energia renovável no mundo ocorreram em países emergentes como Índia, Brasil e China. Além disso, em 2015, 10,3% de toda a energia gerada no planeta eram provenientes de fontes renováveis, o dobro do registrado em 2007.
A média global do custo da energia solar caiu 61% entre 2009 e 2015. No mesmo período, o custo da energia eólica gerada em solo caiu 14%. Em regiões ensolaradas, como na Índia e em Dubai administradores de fazendas de geração de energia solar se ofereceram para vender energia por menos da metade do preço da média global. Segundo a consultora holandesa KPMG, em 2020, o preço da geração de energia solar na Índia será 10% mais barato do que o preço da energia gerada por carvão.
São dados otimistas que sugerem que a emissão de carbono pode ser reduzida de forma mais rápida e barata do que o previsto. E dão esperança de que muitos países conseguirão atingir suas metas de redução de emissão fixadas em dezembro, em Paris, na última Conferência do Clima.
A substituição do carvão por fontes renováveis também terá um forte impacto na saúde global, especialmente em países altamente poluídos como China e Índia, onde o excesso de poluentes como fuligem e fumaça tornam o simples ato de respirar uma tarefa complexa.
http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/uso-de-energia-renovavel-atinge-numeros-promissores/
ATENCIOSAMENTE
Alexandre Kellermann
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