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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Energia solar: sem subsidios não vai "disparar"

O Governo já aprovou licenças para a instalação de quase 400 megawatts (MW) de novas centrais fotovoltaicas sem subsídio, mas a Associação de Energias Renováveis (APREN) duvida que saiam do papel sem incentivos à produção.

 

"O Governo diz que tem um conjunto de candidatos disponíveis para investir em fotovoltaico em mercado. Disse que já licenciou mais de 300 MW, mas nenhum passou à prática. É que uma coisa é ser voluntário para fazer e outra é passar à prática", afirmou o vice-presidente da APREN, António Lobo Gonçalves.

 

Para o também administrador da EDP Renováveis, o elevado número de manifestações de interesse em investir em centrais solares, sem incentivos, está relacionado com a intenção de estar na linha da frente, caso venha a ocorrer uma mudança das regras.

 

"Para mim essa é que é a questão. Se acontecer mais qualquer coisa, eu já cá estou, mas, se houver novas condições, tem que se fazer um 'reset' para todos avançarem com as mesmas condições", declarou, lembrando que as licenças têm um período de dois anos, período ao fim do qual caducam.

 

Também Hélder Serranho, administrador da Generg, grupo que se dedica à produção de eletricidade a partir de fontes renováveis, defendeu que "Portugal continua à sombra da energia solar".

 

"Continuamos sem ver investimentos. Não nos parece que estejam a acontecer investimentos propriamente ditos. Se não houver outros apoios além do mercado, é impossível", declarou.

 

Para o também vice-presidente da APREN, que hoje foi um dos produtores presente na conferência sobre "Visões da eletricidade renovável", a produção fotovoltaica precisa de ser "remunerada pelo justo valor".

 

"Ou ficamos à espera que a tecnologia esteja madura para entrar no mercado e não cumprimos objetivos, ou pensamos todos num novo modelo de tarifário para estas formas de energia, que não precisam de ser subsidiadas mas remuneradas pelo justo valor. O atual preço de mercado não paga nenhuma forma", concluiu.

 

A Generg conta com um portfólio total de 750MW, dos quais 469,5MW já em operação: 436,4MW eólicos, 33,2MW hídricos e 18MW solares já em operação, segundo a informação disponibilizada na página oficial do grupo.

 

No final de 2015, o solar representava apenas 1,5% do total de produção de eletricidade em Portugal Continental, tendo o Governo assumido que esta é a grande aposta do país para continuar a liderar nas renováveis.

 

O secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, tem vindo a defender o fim da subsidiação tarifária, realçando a necessidade de travar o aumento do défice tarifário do sistema elétrico.

http://www.tsf.pt/economia/interior/correcao-associacao-de-renovaveis-duvida-que-licenciamentos-fotovoltaicos-saiam-do-papel-5501564.html

 

 

Atenciosamente

 

Alexandre Kellermann

 

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