A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (17) a realização de uma campanha nacional para incentivar a redução do consumo de energia.
A campanha vai ao ar ao longo do mês de novembro e será financiada pelo Programa de Eficiência Energética (PEE), um fundo abastecido com recursos cobrados por meio de um encargo que incide nas contas de luz dos consumidores brasileiros.
Os recursos do PEE são geralmente usados pelas distribuidoras de energia em projetos como a troca de lâmpadas usadas na iluminação pública por outras mais eficientes e substituição de eletrodomésticos de famílias carentes por equipamentos que consumam menos energia.
A campanha atual foi proposta por causa do baixo nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, devido à falta de chuvas. Por conta disso, o governo teve que acionar mais usinas termelétricas, que geralmente geram energia a um custo maior.
O uso mais intenso de termelétricas levou a Aneel a acionar o segundo patamar da bandeira tarifária vermelha para o mês de outubro, o que significa uma cobrança extra de R$ 3,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Segundo o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a campanha será coordenada pela Aneel, mas paga pelas distribuidoras que usarão dinheiro do Programa de Eficiência Energética. Rufino destacou que não haverá nenhuma cobrança a mais para custear as peças publicitárias.
"O fundo do Programa de Eficiência Energética é previsto por lei e já é pago por todos os consumidores. É importante ressaltar que não vai ter nenhuma cobrança a mais para a campanha", disse Rufino.
O modelo adotado pela Aneel para a campanha será o mesmo usado em 2015, quando começou a cobrança das bandeiras tarifárias. Em 2015, a iniciativa custou R$ 20,5 milhões.
Atenciosamente
Alexandre Kellermann
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