Em palestra realizada nesta segunda-feira a cerca de quinhentos empresários no II Forum da revista "Exame", Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, defendeu que o Brasil seja uma "economia de baixo carbono" e destacou que a matriz energética do país é 50% renovável. Apesar disso, lembrou que as reservas de petróleo da camada pré-sal são "o passaporte para o futuro".
- Queria sinalizar a questão da matriz energética, que é 50% renovável, que nos fazem uma potência renovável. Esse é um diferencial competitivo imenso para o país, a energia hidrelétrica é mais barata. Temos grande competência em biocombustíveis. Nós podemos ter fontes alternativas, incluídas na nossa matriz sem maiores problemas. Isso é crucial para o desenvolvimento do nosso país como uma grande potência renovável - disse.
- Temos outra vantagem, se comparar com alguns países. Temos um grande diferencial nas energias não-renováveis. O pré-sal é de fato, nosso passaporte para o futuro.
Perto do fim do discurso, voltou ao tema:
- Eu queria falar também de uma economia de baixo carbono. Talvez sejamos o único país no mundo que, além de compromissos éticos e compromisso de desenvolvimento sustentável, temos também o maior interesse em aprofundar economia de baixo carbono. Primeiro, porque somos competitivos nessa área de energia renovável. Segundo, porque na área da agricultura, nós plantamos sobre palha, com política de fixação de nitrogênio nas lavouras e fazendo rotação de lavoura com pecuária e reflorestando áreas degradadas. (Com isso) Nós só ganharemos em termos de produtividade.
Além disso, a petista afirmou que a meta do país deve ser garantir a mobilidade social e elevar a população a "um patamar mínimo" de classe média nos próximos anos. Primeiro, ela repetiu que o desafio nesta década é erradicar a miséria.
- Temos de intensificar um processo que acho importantíssimo, que é a volta do que se chama de mobilidade social, que tivemos na década de 70. Ela consiste na elevação de renda, que no Brasil se chama de "subir na vida". Do nosso ponto de vista, a caracterização da qualidade do desenvolvimento significa necessariamente manter um patamar mínimo de classe média no Brasil. Então esse talvez seja objetivo de mais de uma década. Mas outro objetivo, erradicar a miséria, tem que ser nesta década que se iniciou em 2010 - disse.
O único momento de aplauso durante seu discurso de 35 minutos, foi quando Dilma destacou a importância das liberdades democráticas do país, como vantagem comparativa institucional.
- A primeira grande vantagem que temos que consolidar, manter, e fazer avançar é o fato de que, entre os emergentes, nós somos um país democrático, e temos que incentivar e aprofundar e garantir as características democráticas do Brasil, para que elas só se ampliem e se aprofundem. A liberdade de opinião, de expressão, de imprensa, de organização, são vantagens institucionais que nós temos.
Sobre segurança pública, Dilma falou sobre a "crise urbana" instalada no país.
- O Estado brasileiro, isso inclui governo central, Estados e municípios, tem estado fora das grandes regiões das nossas cidades pequenas, grandes e médias. Isso se configurou numa crise urbana no país que se manifesta na criminalidade, na carência de serviços públicos e em várias dimensões, como a baixa qualidade de cobertura de serviços públicos essenciais - disse ela, que defende uma política de autoridade de governo, com "força pública", combinada com investimentos sociais e de infra-estrutura nas cidades.
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/05/31/dilma-exalta-pre-sal-diz-que-ele-o-passaporte-para-futuro-916740155.asp
- Queria sinalizar a questão da matriz energética, que é 50% renovável, que nos fazem uma potência renovável. Esse é um diferencial competitivo imenso para o país, a energia hidrelétrica é mais barata. Temos grande competência em biocombustíveis. Nós podemos ter fontes alternativas, incluídas na nossa matriz sem maiores problemas. Isso é crucial para o desenvolvimento do nosso país como uma grande potência renovável - disse.
- Temos outra vantagem, se comparar com alguns países. Temos um grande diferencial nas energias não-renováveis. O pré-sal é de fato, nosso passaporte para o futuro.
Perto do fim do discurso, voltou ao tema:
- Eu queria falar também de uma economia de baixo carbono. Talvez sejamos o único país no mundo que, além de compromissos éticos e compromisso de desenvolvimento sustentável, temos também o maior interesse em aprofundar economia de baixo carbono. Primeiro, porque somos competitivos nessa área de energia renovável. Segundo, porque na área da agricultura, nós plantamos sobre palha, com política de fixação de nitrogênio nas lavouras e fazendo rotação de lavoura com pecuária e reflorestando áreas degradadas. (Com isso) Nós só ganharemos em termos de produtividade.
Além disso, a petista afirmou que a meta do país deve ser garantir a mobilidade social e elevar a população a "um patamar mínimo" de classe média nos próximos anos. Primeiro, ela repetiu que o desafio nesta década é erradicar a miséria.
- Temos de intensificar um processo que acho importantíssimo, que é a volta do que se chama de mobilidade social, que tivemos na década de 70. Ela consiste na elevação de renda, que no Brasil se chama de "subir na vida". Do nosso ponto de vista, a caracterização da qualidade do desenvolvimento significa necessariamente manter um patamar mínimo de classe média no Brasil. Então esse talvez seja objetivo de mais de uma década. Mas outro objetivo, erradicar a miséria, tem que ser nesta década que se iniciou em 2010 - disse.
O único momento de aplauso durante seu discurso de 35 minutos, foi quando Dilma destacou a importância das liberdades democráticas do país, como vantagem comparativa institucional.
- A primeira grande vantagem que temos que consolidar, manter, e fazer avançar é o fato de que, entre os emergentes, nós somos um país democrático, e temos que incentivar e aprofundar e garantir as características democráticas do Brasil, para que elas só se ampliem e se aprofundem. A liberdade de opinião, de expressão, de imprensa, de organização, são vantagens institucionais que nós temos.
Sobre segurança pública, Dilma falou sobre a "crise urbana" instalada no país.
- O Estado brasileiro, isso inclui governo central, Estados e municípios, tem estado fora das grandes regiões das nossas cidades pequenas, grandes e médias. Isso se configurou numa crise urbana no país que se manifesta na criminalidade, na carência de serviços públicos e em várias dimensões, como a baixa qualidade de cobertura de serviços públicos essenciais - disse ela, que defende uma política de autoridade de governo, com "força pública", combinada com investimentos sociais e de infra-estrutura nas cidades.
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/05/31/dilma-exalta-pre-sal-diz-que-ele-o-passaporte-para-futuro-916740155.asp
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