Tiago Reis, para o Procel Info
São Paulo - A CPFL Energia, concessionária com atuação nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul colocará em operação, ainda neste ano, mais uma fase do seu programa de smart grid. Após atender os clientes de alta e média tensão, formados por indústrias e grandes consumidores, a empresa pretende iniciar até o final de 2015 a instalação de medidores inteligentes para os clientes de baixa tensão, segmento composto basicamente por;consumidores residenciais.
Até o final de 2021, a empresa pretende substituir dois milhões de medidores eletromecânicos por equipamentos inteligentes, num investimento de R$ 700 milhões. A concessionária almeja com a ampliação da "rede de smart grid" aumentar a eficiência operacional e melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Nesta primeira fase do smart grid para baixa tensão, o programa vai atingir as regiões mais populosas atendidas pela CPFL, como a grande Campinas, Baixada Santista, no estado de São Paulo, e região metropolitana de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Para o gerente de Smart Grid da CPFL Energia, Jefferson Scudeler, a entrada no mercado de baixa tensão é uma consequência natural da evolução projeto de Smart Grid da empresa, iniciado no ano de 2010.
"Desde 2010/2011 a empresa começou a desenhar o seu projeto de Smart Grid. Primeiramente com programas pilotos e, com a evolução, a tendência era entrar no mercado de baixa tensão, com consumidores residenciais e comerciais. Daí a empresa analisou que o número de dois milhões de clientes nessa área seria o número viável para dar continuidade na execução desta etapa do projeto", explica Scudeler.
Toda a telemedição, das oito distribuidoras do grupo, será feita do Centro de Medição Inteligente da CPFL, localizado em Campinas. O gerente ressalta que a nova tecnologia será um avanço não só para a empresa, mas para os clientes também, já que o smart grid possibilita o monitoramento em tempo real de toda a área de atuação permitindo a empresa executar serviços de forma remota e de maneira muito mais rápida e eficiente em comparação com o modelo atual, no qual é necessário a presença física no local dos profissionais da empresa.
Região de Campinas, Baixada Santista e região metropolitana de Caxias do Sul serão as primeiras localidades contempladas com o smart grid da CPFL
Do ponto de vista do consumidor, o smart grid, além de reduzir a praticamente zero os índices de erros na leitura dos medidores, vai proporcionar aos clientes uma nova forma de interagir com a empresa e entender o gasto da energia. "O que a nova tecnologia traz é a possibilidade de a população entender o seu perfil de consumo. A partir dessa conscientização, ele pode mudar os seus hábitos e ter uma eficiência muito maior nesse aspecto. O objetivo é que tanto o consumidor industrial, quanto o residencial possam acompanhar o seu consumo por meio de um portal e obter;informações em tempo real para ter a possibilidade de planejar e controlar efetivamente o seu consumo. Entendendo a sua forma de consumir energia, o cliente pode conseguir um aproveitamento melhor da energia e a redução do desperdício, o que vai implicar em uma economia na conta de luz", complementa Jefferson Scudeler.
Nesta fase da troca dos medidores para os clientes de baixa tensão, a CPFL vai colocar em prática também um extenso plano de comunicação para divulgar o projeto e conscientizar os consumidores sobre a nova tecnologia e os benefícios que eles vão poder perceber ao aderir ao novo sistema. Entre os benefícios está a implantação de cobranças diferenciadas, como a tarifa branca e o sistema de pré-pagamento. Segundo Scudeler, a empresa aguarda apenas a homologação dos medidores pelo Inmetro para oferecer esses serviços para os clientes.
Fazendo uma análise do programa de Smart Grid da CPFL, entre os clientes de alta tensão, o gerente destaca que o balanço é altamente positivo e que serve de estímulo para a fase que vai atingir os clientes residenciais.
O índice de acerto, por evitar intervenção e eliminar o risco de uma informação errada trafegar é enorme. Scudeler conclui que, devido a isso, há menos problemas de faturamento, gerando menos estresse para todas as partes.
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