BRASÍLIA — O horário de verão terminará no próximo fim de semana e os moradores das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste precisarão atrasar o relógio em uma hora, à meia-noite de sábado para domingo. Para este ano, o governo vai voltar a discutir se mantém ou não o horário de verão.
A decisão será da Casa Civil da Presidência da República. O fim do horário de verão chegou a ser estudado no ano passado pela pasta, que criou um grupo de trabalho para avaliar a eficácia da medida. O assunto passou a ser discutido após estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Ministério de Minas e Energia concluir que essa política pública traz efeitos “próximos à neutralidade” com relação à economia de energia elétrica.
Os resultados da atual temporada serão analisados após o fim de semana. O governo prepara um estudo sobre a eficácia do período. A intenção é saber se essa política atingiu seu objetivo de economizar energia elétrica. Esse levantamento técnico será decisivo para o futuro do horário, que será discutido por vários entes do governo ainda neste ano.
Além de analisar a eficiência energética da medida, a decisão leva em conta que a população já se acostumou com o horário de verão. Há um entendimento, também, que esse período incentiva o comércio e o turismo nas cidades.
O horário de verão vem deixando de ser eficaz para economizar energia por conta da mudança no perfil do consumo dos brasileiros. No passado, as pessoas e empresas eram estimuladas a encerrarem suas atividades do dia com a luz do sol ainda presente, evitando que muitos equipamentos estivessem ligados quando a iluminação noturna era acionada.
A mudança do perfil do brasileiro, no entanto, mudou as características do consumo. Muita gente deixou de ter um horário tradicional de trabalho, chegando em casa já à noite. Além disso, principalmente durante as tardes de verão, o uso de equipamentos como o ar condicionado foram intensificados.
Independentemente da decisão do governo sobre todo o horário de verão neste ano, uma coisa já está certa: ele será reduzido em 15 dias.
O presidente Michel Temer editou um decreto, no ano passado, que reduz a duração deste período, mas que não o elimina. Assim, no fim deste ano, o horário de verão começará apenas em 4 de novembro, um fim de semana após o fim do segundo turno das eleições presidenciais (que está marcado para 28 de outubro).
A mudança foi um pedido do presidente do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes. Ele queria evitar atrasos na apuração dos votos e na divulgação dos resultados do pleito, como ocorreu em 2014, quando a divulgação dos resultados da eleição para presidente da República só começou depois das 20h.
Anteriormente, o horário de verão começava na segunda semana de outubro. A mudança valerá pelos próximos anos.
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Atenciosamente
Alexandre Kellermann
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