Professores, pesquisadores, profissionais e interessados em informações e discussões de assuntos relacionados ao setor elétrico, ao mercado de energia elétrica e aos aspectos profissionais da engenharia.

ÚLTIMAS

domingo, 3 de novembro de 2019

Fontes solar e eólica vão suprir demanda de energia na América Latina nas próximas décadas, diz Moody's

Nas próximas décadas, boa parte da energia elétrica da América Latina será suprida pelas fontes eólica e solar, em lugar de combustíveis fósseis, como o carvão e o óleo, que ainda têm participação relevante em alguns dos mercados do continente. A informação é da agência de risco Moody’s Investors Service, que divulgou, no dia 15 de outubro, um relatório traçando os cenários de crescimento de oferta de energia para a América Latina, baseando-se no contexto da transição energética para uma economia de baixo carbono, aliada a uma maior presença das fontes renováveis.

 

O estudo aponta que já são 19 países latino-americanos com planos de inserção de fontes de energia renováveis. Os destaques são Chile e Brasil, que aumentaram fortemente as participações de eólica e solar em suas matrizes. O Chile passou de 1% em 2007 para 7% em 2018, e avançou ainda mais, neste ano, ao chegar a um acordo com as empresas geradoras de energia para eliminar toda a geração de eletricidade baseada no carvão mineral até o ano de 2040.

 

Segundo o relatório, o Brasil apresenta as condições mais favoráveis em termos de presença de fontes de energia limpa na matriz. A produção de energia renovável no País alcança uma fatia de 82% do total, contra 60% no Peru, 17% no México, 15% no Chile e apenas 2% na Argentina. Inclusive, o País já chegou a 86% da meta de energia limpa, contra 60% da meta cumprida por parte do Peru e 35% pelo México. Chile e Argentina possuem apenas 20% das suas respectivas metas de inserção de energias limpas nas matrizes alcançadas, diz o relatório.

 

No Brasil, o relatório aponta que a competição por meio de leilões públicos de energia mantém a trajetória de queda dos preços de diversas fontes limpas. No caso da eólica, por exemplo, o preço médio no leilão de comercialização de 2017 ficou cerca de 40% mais baixo que o do leilão de 2015.

 

Em relação à fonte solar, dadas as condições favoráveis de mercado e o excelente recurso solar disponível em todas as regiões do Brasil, essa fonte é responsável por mais de 99,6% de todos os sistemas na modalidade de geração distribuída (GD). A GD já proporciona dezenas de milhares de empregos no Brasil, e o avanço de novas tecnologias, como o armazenamento de energia elétrica, poderá ser um importante catalizador para novas oportunidades.

 

“À medida que a tecnologia avança, os custos de desenvolvimento de renováveis caem rapidamente e a concorrência entre fornecedores aumenta”, avaliou Bernardo Costa, vice-presidente da Moody’s.

 

Na avaliação da Moody’s, as empresas com maior presença em geração fóssil terão de investir mais pesadamente em fontes renováveis para permanecerem competitivas. O relatório destaca que a geração baseada em carvão perderá relevância econômica em alguns mercados e terão menos opções de financiamento que as de energia renovável, à medida em que a percepção sobre mudanças climáticas muda e que a demanda por investimentos sustentáveis aumenta”, afirma a agência.

 

Ainda de acordo com a Moody’s, a transição energética rumo às renováveis terá diversas implicações, principalmente de ordem comercial e geopolítica.

https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/energia-solar/fontes-solar-e-eolica-vao-suprir-demanda-de-energia-na-america-latina-nas-proximas-decadas-diz-moodys.html

 

 

Atenciosamente

 

Alexandre Kellermann

 

About ""

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vivamus suscipit, augue quis mattis gravida, est dolor elementum felis, sed vehicula metus quam a mi. Praesent dolor felis, consectetur nec convallis vitae.
 
Copyright © 2013 Mercado de Energia Elétrica