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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Terra recebe do sol 10 mil vezes o consumo energia

Em um ano, a Terra recebe pelos raios solares o equivalente a 10 mil vezes o consumo mundial de energia no mesmo período, mas a participação dessa fonte ainda é pequena. Ao contrário, o plano decenal de energia anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, prevê o aumento da participação de fontes não renováveis na matriz energética brasileira, como usinas térmicas a carvão, gás e óleo, que ampliam as emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases que provocam as mudanças climáticas. Energia solar nem é citada na Resenha Energética Brasileira e nos dados da matriz energética mundial, no próprio ministério.

Para tentar mudar esse quadro, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério da Ciência e Tecnologia informa por meio do Estudo Prospectivo para Energia Fotovoltaica, que o País está em situação privilegiada: tem alta incidência de insolação em seu território e pelas reservas de quartzo para produção de silício grau solar, usado nos painéis de captação, alternativa de baixo custo ambiental.

De acordo com a assessoria do CGEE, com base em informações de organismos internacionais, o mundo precisará de 37 milhões de profissionais para atuar no setor de energia renovável até 2030. Para alcançar posição entre os líderes, o Brasil deve seguir uma série de recomendações: modernizar laboratórios, integrar centros de referência e investir em desenvolvimento de tecnologia para obter energia solar fotovoltaica a baixo custo. Também precisará estabelecer um programa de distribuição de energia com sistemas que conectem casas, empresas, indústria e prédios públicos.

"Um dos objetivos do estudo é identificar as oportunidades e desafios para a participação nacional no mercado doméstico e internacional de energia solar fotovoltaica", afirma o assessor técnico do CGEE, Elyas Ferreira de Medeiros, coordenador do estudo. De acordo com ele, por intermédio desse trabalho será possível construir e recomendar ações estratégicas aos órgãos de governo, universidades e empresas, sempre articulados com a sociedade, para inserir o País no segmento de energia fotovoltaica. As três fases do estudo, que incluem coleta de informações, produção de conhecimentos e formulação de estratégias para o setor, estão previstas para conclusão em julho.

O Brasil é o 10º colocado no ranking mundial de produção de energia e não precisa necessariamente melhorar sua posição. "A maneira de enxergar o setor está mudando", afirma Rafael Shayani, consultor do estudo. "A tendência é valorizar aqueles que utilizam a energia da forma mais eficiente possível, com o mínimo de desperdício e também de maneira ecologicamente correta", diz.

A primeira fase do trabalho já constatou a necessidade de fomentar o desenvolvimento de uma indústria nacional de equipamentos de sistemas produtivos com alta integração, além de incentivar a implantação de um programa de desenvolvimento industrial. O comitê recomenda, ainda, a formação de profissionais para instalar, operar e manter os sistemas fotovoltaicos.

O estudo prospectivo será desenvolvido em três fases, para subsidiar políticas públicas no setor de energia solar fotovoltaica. A metodologia adotada inclui oficinas, consultas, oficinas de validação e visitas técnicas para identificar as possibilidades de inovações. Serão realizados workshops com especialistas para desenvolver as perspectivas e estratégias, além de traçar rotas tecnológicas para viabilizar as recomendações do estudo.

Na conclusão, os envolvidos produzirão relatórios de situação, de perspectivas estratégicas e de ações de curto, médio e longo prazo. Também será elaborada uma publicação com os resultados das três fases, para apropriação dos resultados no âmbito da CT&I em energia no Brasil e para o apoio dos órgãos de financiamento de pesquisa e desenvolvimento pré e pós-competitivo, informa a assessoria do CGEE.

http://invertia.terra.com.br/carbono/interna/0,,OI3600505-EI8933,00-Terra+recebe+do+sol+mil+vezes+o+consumo+energia.html

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