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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Cepel na vanguarda da eficiência energética

Cepel: equipamentos de ensaios do laboratório medem níveis de eficiência do produto
Alexandre Canazio, para o Procel Info

Em meados dos anos 1980, o Brasil ainda engatinhava no conceito de eficiência energética. Nessa época foi lançado o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Ao mesmo tempo era inaugurado o Laboratório de Refrigeração do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel). A unidade foi uma das primeiras a testar produtos para certificá-los quanto à eficiência no consumo de energia. Essa jornada de 25 anos já rendeu frutos para o consumidor brasileiro.

Desde 1984, os refrigeradores testados pelo laboratório conseguiram uma redução de 50% no consumo de energia. Ou seja, um refrigerador de 300 litros, que demandava 50 kWh por mês, agora necessita de apenas 25 kWh/mês para a mesma função. Evolução semelhante pode ser vista nos aparelhos de ar-condicionado. Os modelos de parede (ou janela) de 7 mil BTUs diminuíram a potência elétrica consumida de 1,2 mil W para 650 W. A linha mais nova dos modelos split, que está saindo das fábricas, demanda a mesma potência para gerar 9 mil BTUs.

O gerente do laboratório, Paulo Mocarzel, vê novas chances de reduzir ainda mais esse consumo de energia. Medida que deve beneficiar mais uma vez os consumidores. Mocarzel, que coordena pelo Cepel a comissão técnica do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), disse que a unidade já está trabalhando em novos índices de eficiência energética para os produtos. O especialista contou que os índices mais rigorosos devem sair ainda este ano e valerão já para os produtos lançados em 2010.

"Será um trabalho mais minucioso porque tem que avaliar o mercado, as tecnologias, as possibilidades dos fabricantes reduzirem o consumo. Mas sempre tem espaço para redução. A tecnologia sempre oferece avanços", comentou Mocarzel. Ele lembra que para se estabelecer índices de eficiência energética hoje em dia deve-se levar em consideração o fator ambiental. "Deve-se caminhar sempre olhando para a parte ambiental. Tem que ter uma visão macro, não se pode pensar apenas no consumo", completou.

E o laboratório, que conta com uma equipe de seis pessoas - dois engenheiros e quatros técnicos -, está preparado para os novos desafios. O laboratório já mudou de local, hoje está no Cepel na Ilha do Fundão, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a construção de um novo prédio e recebimento de novos equipamentos. "O laboratório tem uma grande capacidade de avaliação dos produtos. Frequentemente, expandimos a capacidade com a compra de equipamentos e contratação de novas pessoas", explica Mocarzel.


Os refrigeradores testados pelo laboratório, desde 1984, conseguiram uma redução de 50% no consumo de energia. Ou seja, um refrigerador de 300 litros, que demandava 50 kWh por mês, agora necessita de apenas 25 kWh/mês para a mesma função. Já os modelos de parede de aparelhos de ar-condicionado (ou janela) de 7 mil BTUs diminuíram a potência elétrica consumida de 1,2 mil W para 650 W.

O trabalho do laboratório, de maneira simples, é verificar se os equipamentos atendem as condições de funcionamento em ambiente tropical, como o brasileiro. Esse teste é feito no ensaio elétrico do equipamento, que é realizado no calorímetro ou nas seis câmaras climáticas; estas destinadas apenas para os aparelhos de ar-condicionados. De acordo com Morcazel, um ensaio de refrigerador dura de 10 a 15 dias, podendo ser feitos dois simultaneamente. No caso dos aparelhos de ar-condicionado, em calorímetro, é possível fazê-lo em apenas um dia.

"Avaliamos a capacidade de trabalhar na zona tropical. Os aparelhos têm que estar aptos a trabalhar em alta temperatura. São testadas todas as grandezas elétricas disponíveis", contou o gerente da unidade. Os testes são feitos tanto em produtos fabricados aqui como importados. "Os importados são, na maioria, trazidos pela própria indústria nacional, que busca importar equipamentos de boa eficiência", observou.

O laboratório é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para realizar os testes e certificação dos produtos, que incluem toda a linha de refrigeradores (geladeiras a freezeres) e de apaarelhos de ar-condicionado de janela e split do mercado. Morcazel lembrou que, em 1985, não se tinha a cultura de informar ao consumidor sobre o consumo de energia dos aparelhos.

Segundo ele, hoje, a própria indústria tem interesse em ter o Selo Procel, que avaliza a máxima eficiência dos aparelhos, como diferencial de mercado. "Há uma preocupação com o produto vendido. Passou a haver uma competição entre os fabricantes para ter o produto mais eficiente", comentou Morcazel.



http://www.eletrobras.com/elb/procel/main.asp?View=%7BEA5783EB-3CC4-4255-995E-98B9D1391764%7D&Team=¶ms=itemID=%7BD28C15F5-9913-4C98-8578-558D63ECB8D3%7D%3B&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898%7D

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