O mix de energias renováveis tende a ganhar mais espaço no mundo, mesmo diante da forte crise financeira, afirmou Lutz Cleemann, cientista alemão, durante palestra na Ecogerma.
São Paulo – A crise financeira mundial limita o potencial do setor financeiro para investimentos nas energias renováveis, mas não interromperá novos recursos em pesquisas nessas tecnologias, disse Lutz Cleemann, físico nuclear e conselheiro sênior em Desenvolvimento Sustentável do Grupo Allianz, durante palestra na Ecogerma.
“Os investidores mantém o compromisso no fomento a tais tecnologias. Porém, há desafios apresentados como uma espera em função da disponibilidade de capital de risco e dos retornos que este setor exige, além da confiança nas capacidades de avaliação do próprio risco e a estabilidade das condições estruturais”. Entretanto, salientou que o mercado de carbono limpo é imenso. “De 2010 a 2050, necessitaremos de 14 mil turbinas de energia adicional”, disse.
Para o cientista, a alta emissão de CO2 merece atenção emergencial e nesse sentido, explicou que as várias fontes de energia limpa vêm se desenvolvendo em todo o mundo, apesar de certa lentidão. A energia nuclear, por exemplo, vai desempenhar um importante papel na resposta aos problemas das mudanças globais, já que está livre das emissões de CO2, ressaltou Cleemann. “Mas devemos considerar algumas questões em aberto como o armazenamento final do lixo nuclear, os riscos políticos e aceitação pública”, salientou. “Essa matriz é parte da solução, mas não resolve de maneira total”, diz. Em 2005, a energia nuclear contabilizou 6,3% do fornecimento total de energia primária no mundo. Um ano depois, esse índice saltou para 16%. Atualmente, 33 reatores estão em construção, 94 foram planejados e 22 reatores foram propostos.
Já as tecnologias de carvão limpo, segundo Cleemann, se caracterizam como uma das fontes mais problemáticas – largamente empregadas na China, Índia e Estados Unidos. “Nesse caso, a busca deve ser em separar o CO2 ao invés de jogá-lo na atmosfera. Encontrar maneiras de coletar, armazenar esse dióxido de carbono é um desafio que precisa encontrar mais forças. Já temos acompanhado vários projetos de Captura e Armazenamento de Carbono (CAC)”, aponta. Por outro lado, ele destacou obstáculos como a ausência de uma regulamentação e de preço para esse CO2, além do alto custo de uma planta dessa natureza.
Em relação à matriz eólica, embora tenha aumentado o seu desempenho desde o seu surgimento na década de 80, esbarra em problemas de aceitação da sociedade quanto à instalação das turbinas – cada vez maiores. Cleemann disse que esse fato tem provocado a colocação dessas máquinas offshore. Ou seja, em parques eólicos no mar. “Há vinte projetos no mar do Norte”, citou. Para ele, a energia eólica também precisa sofisticar ainda mais sua tecnologia para águas profundas. No Brasil, essa utilização ainda é tímida: em 2007, ela registrou 247 MW de potência instalada. Mas segundo o Electric Research Institute (IIE), até 2015 essa geração deve representar 1,382 MW. E até 2030, 4,682 MW.
Mais alternativas em expansão – Ao ganhar mais projeção e importância no mix energético, a biomassa – que tem menos impacto na emissão de CO2 – também traz consigo a polêmica em relação ao preço dos alimentos. “Essa é uma questão que demanda solução urgente”, diz. Neste contexto, o cientista destacou a produção do etanol pelo Brasil. “A previsão é de que a produção de etanol passe de 17.8m3 por ano em 2006 para 66.7m em 2030 para uso interno com grande possibilidade de ganhar participação no mercado internacional”, comentou.
A abundância da energia solar no mundo, ressaltada na apresentação da Ecogerma, fornece a essa matriz condição de destaque no cenário mundial. “Ela poderia ser a solução total do nosso problema, se não houvesse diferenças grandiosas na qualidade e densidade de sol em todas as partes do mundo. Apesar disso, ela é muito promissora e, por isso, existem muitos investimentos nessa fonte de energia, principalmente na Espanha e África”, disse.
Allianz responde ao mercado - No final de sua palestra, Cleemann ressaltou exemplos práticos que o Grupo Allianz aplica para apoiar o desenvolvimento das energias renováveis. “A empresa dispõe de preço diferencial em carros de baixa emissão ou em residências eficientes em energia, oferece títulos climáticos que possibilitam aos investidores participarem do mercado em larga escala, além das soluções de seguro para a Captura e Armazenamento de Carbono aos parques eólicos além mar e projetos de carbono, entre outros”, finalizou.
Internacionalmente, o Grupo comprometeu-se em reduzir a emissão de CO2 em 20%, até 2012, além de investir € 500 milhões em fontes renováveis de energia, assim como em outros projetos sociais e sustentáveis.
Perfil - No país há 105 anos, a Allianz Seguros está presente em todo o território nacional por meio de suas 60 filiais, 1400 funcionários e com o apoio de mais de 10 mil corretores, os responsáveis pela comercialização de seus produtos e serviços para pessoas e empresas. A Allianz Seguros atua no Brasil em ramos elementares e saúde empresarial.
A Allianz Seguros é uma empresa do Grupo Allianz SE, um dos líderes mundiais em seguros e o maior da Europa. O grupo possui 180 mil funcionários que atendem cerca de 80 milhões de clientes em mais de 70 países. Além de oferecer produtos e serviços, a Allianz também se destaca na área de pesquisa de grandes riscos, estudos de sustentabilidade e nos investimentos em fontes renováveis de energia.
A Allianz SE é membro da Transparência Internacional e apóia os princípios do Pacto Global das Nações Unidas e as Diretrizes da OCDE para Multinacionais por meio de seu Código de Conduta. A organização é uma das líderes do setor de seguros no índice Dow Jones de Sustentabilidade, listado no FTSE4GOOD e no Carbon Disclosure Leadership Index (Carbon Disclosure Project, CDP6).
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=70631
São Paulo – A crise financeira mundial limita o potencial do setor financeiro para investimentos nas energias renováveis, mas não interromperá novos recursos em pesquisas nessas tecnologias, disse Lutz Cleemann, físico nuclear e conselheiro sênior em Desenvolvimento Sustentável do Grupo Allianz, durante palestra na Ecogerma.
“Os investidores mantém o compromisso no fomento a tais tecnologias. Porém, há desafios apresentados como uma espera em função da disponibilidade de capital de risco e dos retornos que este setor exige, além da confiança nas capacidades de avaliação do próprio risco e a estabilidade das condições estruturais”. Entretanto, salientou que o mercado de carbono limpo é imenso. “De 2010 a 2050, necessitaremos de 14 mil turbinas de energia adicional”, disse.
Para o cientista, a alta emissão de CO2 merece atenção emergencial e nesse sentido, explicou que as várias fontes de energia limpa vêm se desenvolvendo em todo o mundo, apesar de certa lentidão. A energia nuclear, por exemplo, vai desempenhar um importante papel na resposta aos problemas das mudanças globais, já que está livre das emissões de CO2, ressaltou Cleemann. “Mas devemos considerar algumas questões em aberto como o armazenamento final do lixo nuclear, os riscos políticos e aceitação pública”, salientou. “Essa matriz é parte da solução, mas não resolve de maneira total”, diz. Em 2005, a energia nuclear contabilizou 6,3% do fornecimento total de energia primária no mundo. Um ano depois, esse índice saltou para 16%. Atualmente, 33 reatores estão em construção, 94 foram planejados e 22 reatores foram propostos.
Já as tecnologias de carvão limpo, segundo Cleemann, se caracterizam como uma das fontes mais problemáticas – largamente empregadas na China, Índia e Estados Unidos. “Nesse caso, a busca deve ser em separar o CO2 ao invés de jogá-lo na atmosfera. Encontrar maneiras de coletar, armazenar esse dióxido de carbono é um desafio que precisa encontrar mais forças. Já temos acompanhado vários projetos de Captura e Armazenamento de Carbono (CAC)”, aponta. Por outro lado, ele destacou obstáculos como a ausência de uma regulamentação e de preço para esse CO2, além do alto custo de uma planta dessa natureza.
Em relação à matriz eólica, embora tenha aumentado o seu desempenho desde o seu surgimento na década de 80, esbarra em problemas de aceitação da sociedade quanto à instalação das turbinas – cada vez maiores. Cleemann disse que esse fato tem provocado a colocação dessas máquinas offshore. Ou seja, em parques eólicos no mar. “Há vinte projetos no mar do Norte”, citou. Para ele, a energia eólica também precisa sofisticar ainda mais sua tecnologia para águas profundas. No Brasil, essa utilização ainda é tímida: em 2007, ela registrou 247 MW de potência instalada. Mas segundo o Electric Research Institute (IIE), até 2015 essa geração deve representar 1,382 MW. E até 2030, 4,682 MW.
Mais alternativas em expansão – Ao ganhar mais projeção e importância no mix energético, a biomassa – que tem menos impacto na emissão de CO2 – também traz consigo a polêmica em relação ao preço dos alimentos. “Essa é uma questão que demanda solução urgente”, diz. Neste contexto, o cientista destacou a produção do etanol pelo Brasil. “A previsão é de que a produção de etanol passe de 17.8m3 por ano em 2006 para 66.7m em 2030 para uso interno com grande possibilidade de ganhar participação no mercado internacional”, comentou.
A abundância da energia solar no mundo, ressaltada na apresentação da Ecogerma, fornece a essa matriz condição de destaque no cenário mundial. “Ela poderia ser a solução total do nosso problema, se não houvesse diferenças grandiosas na qualidade e densidade de sol em todas as partes do mundo. Apesar disso, ela é muito promissora e, por isso, existem muitos investimentos nessa fonte de energia, principalmente na Espanha e África”, disse.
Allianz responde ao mercado - No final de sua palestra, Cleemann ressaltou exemplos práticos que o Grupo Allianz aplica para apoiar o desenvolvimento das energias renováveis. “A empresa dispõe de preço diferencial em carros de baixa emissão ou em residências eficientes em energia, oferece títulos climáticos que possibilitam aos investidores participarem do mercado em larga escala, além das soluções de seguro para a Captura e Armazenamento de Carbono aos parques eólicos além mar e projetos de carbono, entre outros”, finalizou.
Internacionalmente, o Grupo comprometeu-se em reduzir a emissão de CO2 em 20%, até 2012, além de investir € 500 milhões em fontes renováveis de energia, assim como em outros projetos sociais e sustentáveis.
Perfil - No país há 105 anos, a Allianz Seguros está presente em todo o território nacional por meio de suas 60 filiais, 1400 funcionários e com o apoio de mais de 10 mil corretores, os responsáveis pela comercialização de seus produtos e serviços para pessoas e empresas. A Allianz Seguros atua no Brasil em ramos elementares e saúde empresarial.
A Allianz Seguros é uma empresa do Grupo Allianz SE, um dos líderes mundiais em seguros e o maior da Europa. O grupo possui 180 mil funcionários que atendem cerca de 80 milhões de clientes em mais de 70 países. Além de oferecer produtos e serviços, a Allianz também se destaca na área de pesquisa de grandes riscos, estudos de sustentabilidade e nos investimentos em fontes renováveis de energia.
A Allianz SE é membro da Transparência Internacional e apóia os princípios do Pacto Global das Nações Unidas e as Diretrizes da OCDE para Multinacionais por meio de seu Código de Conduta. A organização é uma das líderes do setor de seguros no índice Dow Jones de Sustentabilidade, listado no FTSE4GOOD e no Carbon Disclosure Leadership Index (Carbon Disclosure Project, CDP6).
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