Sistema está 90% concluído e vai ligar Itaipu a subestação em Assunção.
Demanda do Paraguai por energia não deve afetar fornecimento do Brasil.
A linha para Assunção vai entrar em operação até o fim de setembro, segundo disse o diretor brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, em entrevista ao G1. Com o sistema, o Paraguai terá garantida metade da energia que demanda nos horários de pico, que chega a 2,5 mil MW nos momentos de maior consumo. A previsão é que quando a linha entrar em operação, a capacidade de recepção da energia produzida pela binacional seja ampliada em 1,2 mil megawatts (MW).
Samek também garantiu que a maior demanda do Paraguai pela energia produzida pela binacional não deve afetar o fornecimento para o Brasil. "O Tratado de Itaipu prevê que o país que precisar de mais de 10% da energia que já vinha utilizando é obrigado a avisar o outro sócio com antecedência. Neste caso, a quantidade possível de ser utilizada pelo Paraguai com a nova linha de transmissão será repassada em um prazo de até seis anos. O tempo é suficiente para que o Brasil se prepare", comentou Samek ao descartar riscos no abastecimento.
Por causa da falta de estrutura e de investimentos no setor energético, o Paraguai utiliza menos de 10% da metade a que tem direito da produção de Itaipu, quantidade suficiente para atender 72,5% do consumo do país. O restante da produção em Itaipu é vendida ao Brasil. Em respeito ao tratado de cessão, que prevê o aviso antecipado da energia que passará a utilizar, serão repassados 200 MW por ano ao país vizinho.
A linha de transmissão vai ligar os 347 quilômetros entre Itaipu e a subestação de Villa Hayes, na região metropolitana de Assunção. Cerca de 90% das obras estão prontas e os primeiros testes de energização do sistema começam no início de setembro. No total, o investimento na ampliação será de mais de US$ 310 milhões, pagos pelo Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).O Paraguai sofre constantes apagões e não consegue avançar do desejo de industrialização do país. A segurança energética tem sido uma das bandeiras dos últimos presidentes paraguaios comoFernando Lugo – em cujo governo se acordou em julho de 2009 a construção da nova linha – e Federico Franco. As estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) paraguaio para 2013 variam de 8% a 11% conforme o Banco Mundial a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o maior da região.
"Esta é a maior obra estrutural paga pelo Focem e a terceira maior do país depois da construção das usinas de Itaipu e de Yacyretá, com a Argentina", destacou Samek.
Sandro Geraldo Bagattoli
http://mercadoee.blogspot.com
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