Nesta sexta-feira (18/7), durante o evento internacional EnerSolar +Brasil, sediado em São Paulo (SP), foi discutida a necessidade de diversificar a matriz energética brasileira. Ruberval Baldini, presidente da Associação Brasileira de Energias Alternativas e Meio Ambiente (Abeama), foi um dos palestrantes e destacou o trabalho do governo alemão no incentivo ao consumo consciente de energia.
Segundo Baldini, na Alemanha, os cidadãos têm a liberdade de escolher a companhia que fornece energia para suas casas, sendo que dentre as opções estão fontes limpas e renováveis. “E apesar de isso refletir no bolso do consumidor, um grande número de pessoas opta sim por pagar um pouco mais caro para contribuir com o meio ambiente”.
Além dessa medida, o país também abriu espaço para cidadãos comuns instalarem painéis solares em suas casas e comercializarem a energia excedente. Mesmo sendo reduzidos os meses em que isso é possível, devido ao clima local, a iniciativa tem dado resultado. Isso porque o governo alemão estipulou aumento de 47% na tarifa de energia só no ano de 2013.
Até 2050, os alemães esperam compor sua matriz energética com 80% de energias limpas. No momento, o esforço é pela redução da dependência de usinas nucleares e de queima de carvão.
Para o presidente da Abeama, a união de diversos setores responsáveis pela produção de energias renováveis é o caminho para cobrar políticas nacionais de incentivo a esse segmento. Tanto em função da crescente demanda por energia quanto do consumo consciente de recursos naturais.
Durante o encontro, ele frisou a importância de valorizar diferentes fontes de energia limpa para compor a matriz energética brasileira, dadas as dimensões continentais do país. “Claro que não é tão simples fazer aqui o que foi feito na Alemanha, até pela escala que isso exigiria. Mas vejo como bastante produtiva a união de produtores de biomassa, energia solar, eólica, dentre outras, para propor soluções em comum e pressionar o governo”, afirmou o presidente da Abeama.
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