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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Estratégia gera lucros para EDP Brasil

São Paulo - O primeiro semestre de 2015 chega ao fim com saldo positivo para a EDP Brasil, que quase triplicou o seu lucro. A empresa teve um lucro líquido de R$ 827,5 milhões, mais de 192% do obtido no mesmo período em 2014. O EBITDA (lucro antes de impostos, taxas, depreciação e amortização) chegou a R$ 1,6 bilhão. Os resultados foram apresentados, quinta-feira (31), em São Paulo, pelo presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, durante encontro com jornalistas.

 

Somente no segundo trimestre deste ano, a empresa registrou EBITDA de R$ 1,2 bilhão, aumento de 184% em relação ao mesmo período em 2014. O lucro líquido do trimestre atingiu R$ 744 milhões. A receita operacional líquida foi de R$ 2,5 bilhões, aumento de 43% na comparação com R$ 1,8 bilhão do mesmo período do ano passado. O crescimento, segundo a administração da companhia, é reflexo da clareza estratégica da EDP,  execução superior e resultados consistentes.

 

O trabalho realizado pela empresa tem como foco as tecnologias de geraçã hídrica e térmica. Foram quatro operações que impulsionaram a caminhada: venda da sua participação na EDP Renováveis do Brasil (a ser finalizada até o final do ano); aquisição de 50% da UTE Pecém I, no Ceará; compra da empresa APS Soluções, com o objetivo de se consolidar no segmento de eficiência energética, podendo movimentar R$ 3,4 bilhões até 2018; venda da Pantanal Energética por R$ 390 milhões, ainda em processo de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que deve ser finalizada até o início de 2016.

 

A aquisição da usina de Pecém, com 720 MW de capacidade instalada, foi feita em condições favoráveis para a companhia e resultou no impacto positivo do EBITDA de R$ 885 milhões. "Pecém foi com certeza um dos elementos centrais das atividades da companhia", afirmou o presidente da EDP, Miguel Setas. Com a compra dos 50% da UTE Pecém I, a capacidade instalada da EDP passou de 2,4 GW para 2,7 GW. Se compararmos com a capacidade de 530 MW em 2005, quando a EDP entrou no mercado bolsista, houve um aumento de cinco vezes da capacidade instalada no Brasil.

 

A EDP assume a vontade de estar constantemente alinhada com seus compromissos de investimentos ao entregá-los dentro do prazo e abaixo dos seus orçamentos. O comprometimento com a execução superior é evidente nos projetos em andamento das usinas Cachoeira Caldeirão (AP), com 85% de execução, a ser entregue no primeiro semestre de 2016 (antes do prazo final); e São Manoel, que deve estar pronta em maio de 2018 e conta com 15% de execução. Ambas seguem o modelo de gestão da UHE Santo Antônio de Jari, entregue em 2014 com três meses e meio de antecedência, gerando um ano de resultados de operação.

 

Outros fatores que influenciaram os bons resultados foram a melhoria da eficiência operacional (redução de perdas, melhoria da qualidade de serviço, gestão eficiente dos custos) e, por operar em um cenário desafiador, medidas de contenção de riscos.

 

Foram investidos R$ 21,3 milhões em programas de combate às perdas. As perdas não técnicas em baixa tensão foram de -1,18 p.p. na EDP Bandeirante (no estado de São Paulo) e de -1,45 p.p. na EDP Escelsa (no Espírito Santo), em comparação a março de 2015.

 

Como medidas de contenção de riscos foram realizadas a gestão de PDD e inadimplência; descontratação da Enerpeixe; recebimento de R$ 88 milhões referente ao adiantamento da venda da EDP Renováveis; e desembolso total de R$ 771,5 milhões da holding e distribuidoras.

 

A dívida líquida no primeiro semestre quase duplicou, alcançando R$ 4,87 bilhões, o que reflete a incorporação da dívida da termelétrica de Pecém.

 

A EDP completou em julho vinte anos de presença no Brasil e dez no mercado de capitais, na bolsa de valores de São Paulo. Para Setas, "o cenário atual de crise é desafiador, mas não significa que o país tenha restrições estruturais que o impeça de ser uma das grandes potências mundiais". Ele ainda ressaltou que o investimento a longo prazo no país foi essencial para o sucesso dos projetos da empresa.

http://www.portugaldigital.com.br/economia/ver/20096141-clareza-estrategica-gera-lucros-para-edp-brasil

 

 

Atenciosamente

 

Alexandre Kellermann

Alexandre.kellermann@gmail.com

 

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