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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Fwd: Pauta - "Microgeracão distribuída não é uma ação contra as distribuidoras, mas sim uma conjugação de interesses"


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From: Michele Carvalho - Conteúdo Empresarial <michele@conteudoempresarial.com.br>
Date: 2015-09-18 12:39 GMT-03:00
Subject: Pauta - "Microgeracão distribuída não é uma ação contra as distribuidoras, mas sim uma conjugação de interesses"
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Boa tarde,

Sou Michele, da assessoria do Energy Summit, tudo bem?

Envio o último material que produzimos durante o último dia do evento. Os assuntos em destaques foram sobre microgeração distribuida e regulação.

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Estou à disposição,
Abraço!


"Microgeracão distribuída não é uma ação contra as distribuidoras, mas sim uma conjugação de interesses"

Diretor da ANEEL descreve potencial da modalidade na geração de energia elétrica durante o último dia do Energy Summit, em São Paulo

A 17ª edição do Energy Summit propôs esta semana aos mais de 250 profissionais que participaram do encontro em São Paulo uma visão exclusiva sobre o cenário atual do setor elétrico, as tendências na geração, distribuição e transmissão e as alternativas para as empresas e os consumidores. "Este ano, o Energy Summit ficou marcado pelo alto nível das análises apresentadas. Os palestrantes, cada um em sua área de expertise, confirmaram o potencial de crescimento do setor e a necessidade premente de mudanças para injetar recursos e viabilizar o desenvolvimento da matriz energética", avaliou a gerente do Energy Summit, Melissa Dalla Rosa.
 
Abrindo os trabalhados do terceiro dia de evento, o diretor ANEEL, Reive Barros dos Santos, detalhou o atual estágio da microgeração distribuída. "O crescimento das instalações de conexões para a microgeração é exponencial. Entre janeiro e agosto de 2015 foram feitas 422 conexões, o que indica que há um interesse real neste formato. São números tímidos mas que indicam um potencial importante. Precisamos agora de regulamentação", alertou.
 
O diretor da ANEEL citou os benefícios da microgeração, entre eles postergar investimentos, promover um baixo impacto ambiental, redução do tempo de implantação e de perdas, aumento da confiabilidade do atendimento, diversificação da matriz energética, criação de vagas e arrecadação de impostos.
 
Reive citou também estudos que estão em curso na ANEEL para formatar um documento com as seguintes propostas para incentivar a vasta utilização da micro e minigeração distribuída: permitir todas as fontes renováveis e cogeracão qualificada, redefinição dos limites, a saber, para a microgeração (76kW) e para a minigeração (3 MW hidráulica e 5MW outras fontes), permitir que UCs localizadas em áreas contíguas (condomínios residenciais e comerciais) possam participar do sistema de compensação, garantir que a geração esteja junto à carga, situação em que os benefícios para a rede são maiores, corrigir distorções no faturamento da UC e definir fator de ajuste para geração em UC. "Vale ressaltar que a microgeracão distribuída não é uma ação contra as distribuidoras, mas sim uma conjugação de interesses", explicou o diretor.

Segundo projeções apresentadas pelo diretor da ANEEL, o impacto tarifário médio projetado até 2024 será de 1% em 10 anos. "Entretanto, as dificuldades mais evidentes para o aumento da utilização da microgeração distribuída são a redução de equipamentos no Brasil, fontes de financiamento, importação de componentes, aumento da complexidade da operação de rede, alto custo de implantação, redução das receitas das distribuidora e a definição de políticas públicas".
 
Participando do mesmo painel, Luiz Carlos Ciocchi, presidente do EMAE, salientou que do ponto de vista das distribuidoras e geradoras, a microgeração ainda não é um negócio. "Mas é uma realidade que veio para ficar. Estamos só no começo e isso terá que ser encarada dentro das empresas de energia, sejam geradoras ou distribuidoras", disse.

As empresas do setor estão pensando em como transformar a prestação de serviços. "As distribuidoras têm esse serviço o seu DNA e podem oferecer serviços relacionadas à microgeração aos consumidores finais. Já as geradoras podem ter alguma dificuldade, uma vez que terão que sair das grande dimensões para o consumo de pequeno porte. Terão que passar da mega geração à geração assistida e finalmente para a microgeração".
 
Ainda sobre a autoprodução, Thais Prandini, diretora de assuntos econômico-financeiros da Thymos Energia abordou o assunto na matriz energética brasileira. Segundo ela, a autoprodução é uma opção para os consumidores pois aufere os benefícios de isenção dos encargos setoriais que hoje estão em torno de R$ 65/MWh. "Essa alternativa pode se tornar ainda mais competitiva, dependendo de uma decisão do acionista em repassar somente o custo caixa. Além disso, a autoprodução permite a eliminação do risco de racionamento, o controle de custos estruturais e maior previsibilidade orçamentária".
 
Rodadas Interativas – Na parte da tarde, o Energy Summit assumiu o formato de rodadas interativas que analisaram junto a especialistas e executivos do setor elétrico os temas da energia nuclear, hídrica, térmica, eólica e solar.
 
Marcelo Gomes, assessor de desenvolvimento de novas centrais nucleares da Eletronuclear  e Antonio Muller, presidente da ABDAN, deram detalhes sobre a energia nuclear. "Existem hoje 437 usinas nucleares em operação, responsáveis por 5% de toda energia produzida em todo o mundo. Além disso existem 94 usinas em planejamento. É uma tecnologia que ganhou força porque não gera gases poluentes. Temos um potencial muito grande em urânio, quase como um pré-sal e que não exploramos. O desafio é o custo de instalação que é alto e longo", avaliou Gomes.

Elbia Silvia Gannoum, CEO da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), deu destaque para os avanços que o país vem fazendo para a incorporação da energia eólica na matriz energética. "O Brasil começou a investir efetivamente em energia eólica em 2004 e hoje está entre os 10 maiores em geração. Devemos encerrar o ano com a capacidade de 9 GW, considerando que ainda este ano haverá um novo leilão. Em 2023 teremos 24 GW instalados, teremos 12% de participação na matriz energética do país". O desafio, segundo ela, é fazer uma gestão eficiente de todos os recursos disponíveis espalhados em todas as regiões do país. "A ABEEólica está dedicada a estudar alternativas ao atual modelo de distribuição. Hoje são necessários 72 meses para ter uma linha pronta, o que é muito tempo. Precisamos de inovação. Temos 20 GW de capacidade de geração, mas apenas 2 ou 3 GW de transmissão", alertou.

Edmundo Alfredo Pochmann da Silva, consultor da Abraget (Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas),  falou sobre o desenvolvimento dos novos projetos termoelétricos e a oferta de gás natural. A associação formulou propostas de modificação de diversas normativas que regem o setor. Ele comentou que é preciso estar alerta para a oferta de gás natural. "A projeção é que a oferta de gás do pré-sal será uma realidade apenas para depois de 2020".

Patricia Madeira, diretora da Climatempo fez uma apresentação detalhada sobre as previsões climáticas para os meses restantes do ano, associando as precipitações pluviométricas com a expectativa da geração de energia elétrica.

Encerrando o evento, Guilherme Syrkis, vice-presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltáica), detalhou a microgeração de energia solar. "Os custos estão mudando rapidamente. Entrei neste setor em 2011, o payback de um projeto era de 12 anos. Hoje, esse prazo é de seis anos para os pequenos consumidores. Mas faltam formas de financiamento adequados para incentivar a popularização. É assim que está acontecendo lá fora", disse. Outra dificuldade, na opinião de Syrkis, são as exigências das distribuidoras, que podem encarecer o projeto em até 30%. "A questão agora é saber como fazer para que este mercado que tem potencial enorme cresça de maneira sustentável e estruturada? Responder esta questão é importante porque certamente teremos um boom da energia solar em pouco tempo. No ano que vem teremos três fábricas no Brasil produzindo módulos", finalizou.

Sobre o ENERGY SUMMIT 2015
Tradicional fórum de discussões da indústria elétrica, o Energy Summit realiza em 2015 sua 16ª edição reunindo especialistas sobre geração, transmissão e distribuição e comercialização do insumo, com o intuito de gerar novos negócios, compartilhar informações estratégicas para o setor e novas ideias. Este ano, o evento acontece de 15 a 17 de setembro, no Hotel Pullman Vila Olímpia, em São Paulo. Mais informações sobre as palestras, palestrante e inscrições estão disponíveis no site do evento, em http://www.informagroup.com.br/energy-summit/pt.
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Sandro Geraldo Bagattoli
Universidade Regional de Blumenau
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