Apesar da atual crise hídrica no Brasil, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Senado, garantiu que o Brasil não corre risco de sofrer racionamento de energia.
Eduardo Braga disse que mesmo na Região Nordeste, a mais castigada hoje pela seca, “graças às eólicas e às térmicas, e graças à interconexão regional que foi criada”, não há hipótese de racionamento.
Durante sua participação na Comissão do Senado, o ministro defendeu a aprovação da PEC das Obras Estruturantes, proposta que faz parte da Agenda Brasil e determina o processo de fast-track, que acelera o licenciamento ambiental de obras de infraestrutura do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e dos programas de concessão. Através do fast-track, os órgãos responsáveis vão emitir licenças para obras estratégicas num prazo máximo de seis meses.
Eduardo Braga falou ainda sobre as metas assumidas pelo Brasil junto à ONU para tornar a produção de energia no país cada vez mais renovável, diminuindo assim as emissões de gás carbônico na atmosfera.
Segundo o ministro, a expectativa é de que o Brasil até 2030 dobre a quantidade de energia elétrica no mercado. Até lá, 23% da geração de eletricidade serão feitos a partir de outras fontes renováveis, sem contar a energia hídrica. A meta é ainda atingir 10% de ganho de eficiência no setor elétrico. Para aumentar a produção de eletricidade no país a partir de fontes renováveis, o Governo quer investir na energia eólica, oriunda dos ventos. Em 2014, a energia eólica produziu quase 5 mil megawatts de eletricidade.
Eduardo Braga disse que o Governo vai investir cerca de R$ 40 bilhões no setor nos próximos três anos.
“Nós teremos que mais do que dobrar a nossa capacidade eólica, nós teremos que ter um crescimento bastante robusto na energia solar e um crescimento expressivo das biomassas no país. Nós estamos trabalhando nessa direção. Eu diria que a eólica está indo muito bem. Já estamos com contratos da eólica que garantem, entre 2015 e 2018, dobrar a nossa capacidade instalada de eólica. Portanto, nós estamos bastante otimistas, sabemos que a meta é ousada, sabemos que o compromisso é grande, mas assim como o Brasil cumpriu a redução do desmatamento, e, portanto, a redução da emissão dos gases do efeito estufa, nós esperamos poder cumprir e dar mais um bom exemplo de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) para o Modelo de Desenvolvimento de Energia Limpa, com o esforço e o compromisso que o nosso Governo vem enfrentando e apresentando para a comunidade internacional.”
De acordo com o Ministro Eduardo Braga, o Brasil hoje é o quarto maior produtor de energia eólica do mundo, e espera-se que até 2050 fique numa das duas primeiras posições do ranking mundial.
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ATENCIOSAMENTE
Alexandre Kellermann
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