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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

MERCADO DE LED DEFENDE CRIAÇÃO DE LINHAS DE CRÉDITO PARA INVESTIMENTOS EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Em meio a um cenário econômico adverso e afetado por desdobramentos da recente crise hídrica, a indústria brasileira de energia parece convergir em um ponto central para os próximos anos: investimentos em eficiência. O aprimoramento de projetos existentes permite a redução do consumo e, consequentemente, menores custos para o consumidor, o que pode trazer novas perspectivas de desenvolvimento para o setor energético.

 

É com base nessa visão de mercado que vem atuando a Exata, empresa do segmento elétrico que tem como foco o aumento da eficiência por meio de luminárias de LED, aplicáveis a diversos nichos da indústria. Diante das crescentes demandas, a companhia vem lançando novas tecnologias de iluminação e avalia expandir sua atuação à cadeia de óleo e gás. O setor conta hoje com espaço para novos investimentos em eficiência, a começar pela Petrobrás, afirma o diretor comercial da Exata, Fábio Buzinari.

 

De acordo com o executivo, a estatal pode aprimorar seu desempenho energético com a adoção de luminárias em LED de alta performance para seus postos de gasolina. As perspectivas são boas para esse mercado a longo prazo, aponta Buzinari, que enxerga, no entanto, a necessidade de maiores incentivos financeiros e regulatórios por parte do governo. Entre eles estão a abertura de linhas de crédito para fomentar investimentos e a certificação do LED, que ainda enfrenta dificuldades para ser adotado por novos consumidores. “Essa certificação precisa acontecer o mais rápido possível. Ela está tramitando nos órgãos competentes e estava prevista para ser concluída no final de 2015; agora a expectativa é para o primeiro semestre deste ano”.

 

Em que setores do mercado a Exata atua hoje?

 

A Exata atua não somente na indústria, mas também no comércio de construção civil, área hospitalar, vias públicas e Retrofit de sistemas de iluminação, de um modo geral.

 

Quais os projetos da companhia no setor de óleo e gás?

 

Nós atuamos com projetos de eficiência energética. Visitamos instalações dos nossos clientes, analisamos em termos de iluminação e consumo, e então fazemos uma proposta sobre o que pode ser mudado utilizando produtos em LED. Nós mostramos maneiras de viabilizar o investimento, que pode ser pago com a economia gerada pela mudança.

 

A Exata possui contratos com a Petrobrás?

 

Ainda não, mas já tivemos alguns contatos iniciais e analisaram nosso produto. Por estarmos cadastrados, fomos aprovados, e há interesse em fechar um contrato corporativo. Temos o projeto de fornecer luminárias em LED de alta performance para postos de gasolina. Já fizemos isso em postos por meio de franqueados que têm autonomia para comprar, mas nosso interesse maior é ter um acordo com a Petrobrás e outras bandeiras.

 

O setor de petróleo é hoje um foco importante para a empresa?

 

A nossa presença hoje é pequena no setor de óleo e gás, mas temos várias soluções que podem ser aplicadas. Isso vai desde a iluminação em LED para a infraestrutura até luminárias de alta performance e à prova de explosão. Precisamos entender melhor essas demandas e criar ações para uma aproximação maior. Nos últimos anos, desenhamos uma estratégia muito voltada à construção civil, e agora chegou a hora de um novo planejamento. O setor de óleo e gás pode estar nele a partir do segundo semestre deste ano.

 

Que novidades a Exata traz hoje ao mercado?

 

Nós estamos lançando uma linha de produtos com tecnologia LED de alta performance, que têm várias aplicações. Também lançamos uma para instalações com pé-direito alto, podendo ser utilizada em galpões logísticos, laboratórios e linhas de produção.

 

No último mês, o governo de São Paulo anunciou que faria uma licitação para trocar toda a iluminação pública da cidade por lâmpadas em LED. A Exata buscou oportunidade de participar desse processo?

 

Nós temos acompanhado esse acontecimento pela mídia, mas não participamos. Neste momento, nós não teríamos interesse em participar porque, a meu ver, o edital não ficou muito claro. Esse processo poderia ser mais amplo, mais transparente nos requisitos técnicos. Acho que outras empresas também sentiram isso.

 

O senhor avalia que esse mesmo processo poderia ser feito no Rio de Janeiro?

 

Eu acho que sim. Vejo como uma grande oportunidade, não só no sentido de modernizar nossas instalações, o que geraria uma economia muito grande de energia, mas em algo muito além. Isso seria uma grande oportunidade para a geração de emprego. Eu gostaria que o edital exigisse das empresas que fizessem treinamento e capacitação de técnicos em eletricidade, o que serviria de primeiro emprego para muitos jovens. Para fazermos essa mudança na iluminação teríamos uma demanda enorme por mão de obra. Pode-se pensar em algo muito maior, utilizando jovens de comunidades e dando capacitação para que eles façam parte da instalação no próprio lugar onde moram. Além disso, podem ser criadas cooperativas para dar destino ao lixo gerado e levar para reciclagem, já que as luminárias têm vidro, mercúrio e alumínio. Seria possível trazer empresas privadas para o projeto.

 

Qual é hoje a maior demanda da Exata?

 

A principal demanda tem sido por lâmpadas de LED, desde a parte administrativa até a logística de empresas, o que envolve galpões, áreas externas e estacionamentos.

 

As empresas têm muita dificuldade em aprimorar isso?

 

Não existe uma linha de incentivo às companhias para fomentar essa mudança. O empresário tem uma carga tributária altíssima, então é complicado; ele quer fazer, mas não tem como se descapitalizar. Falta ao governo entender que, se fizermos com que grande parte da população compre a ideia do Retrofit, isso sairia muito mais em conta do que construir grandes usinas hidrelétricas. Vamos modernizar nossas instalações e reduzir o consumo. A demanda teria uma queda significativa. Mas para isso é preciso incentivo e linha de crédito.

 

Qual foi o resultado operacional da Exata em 2015?

 

Nós atingimos e superamos as metas traçadas. O crescimento foi de cerca de 35% na comparação com 2014.

 

A empresa sofre hoje o impacto da crise na indústria?

 

Na realidade, a Exata ainda não conseguiu aferir isso. Nós tivemos demandas e entregamos vários empreendimentos em 2015. Estamos assistindo ao cenário, mas no momento não tenho como medir. Vários segmentos já estão sentindo esse impacto. Mas, apesar de estarmos com um cenário político e econômico ruim, acredito que a Exata terá um bom ano, em função do nosso planejamento. E acredito que tenhamos um remédio para parte dessa crise, porque o LED vai de encontro às necessidades da crise energética.

 

Como o senhor avalia o avanço do Brasil nesse quesito?

 

Ainda temos muito o que avançar. Os custos ainda estão muito altos, tanto de matéria-prima quanto de instalação e transformação. Custa muito caro produzir LED no Brasil, e isso fez com que o país fortalecesse o mercado externo. Hoje, a maior gama desses produtos vem da China. Precisamos evoluir muito ainda. O LED é uma tendência sem volta, e agora falta incentivo para deslanchar.

 

As perspectivas são positivas para os próximos anos?

 

Eu acredito que esse mercado vá deslanchar; ao preço que a energia está hoje, não vejo outro caminho. O Brasil está demorando a fazer a certificação do LED, o que vem se prometendo já há muito tempo. O LED não é avaliado pela potência e sim pelo fluxo luminoso, e o consumidor não tem uma informação precisa sobre o produto porque isso está muito misturado no mercado. Essa certificação precisa acontecer o mais rápido possível. Ela está tramitando nos órgãos competentes e estava prevista para ser concluída no final de 2015; agora a expectativa é para o primeiro semestre deste ano.

http://jornaldiadia.com.br/mercado-de-led-defende-criacao-de-linhas-de-credito-para-investimentos-em-eficiencia-energetica/

 

 

ATENCIOSAMENTE

 

Alexandre Kellermann

 

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