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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Eficiência Olímpica

Assunto: Especial - Rio 2016
08.08.16
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Rio de Janeiro – Competição esportiva reúne uma série de soluções que visam tornar os Jogos do Rio os mais eficientes da história
Tiago Reis, para o Procel Info
Divulgação
Rio de Janeiro - Os Jogos Olímpícos e Paralímpicos Rio 2016 não se resumem apenas a competição esportiva. O evento, que terá a maior audiência global da história, com estimativa de mais de cinco bilhões de telespectadores em todo o mundo, também é uma grande vitrine de apresentação das principais inovações tecnológicas, em todos os segmentos. E na área de eficiência energética não é diferente. Além da recomendação do COI (Comitê Olímpico Internacional) e do Comitê Organizador Rio 2016 para que fossem adotados os requisitos máximos de eficiência energética em todos os produtos eletroeletrônicos, diversos parceiros e fornecedores desenvolveram tecnologias para tornar os seus equipamentos cada vez mais eficientes.

O Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016 determina que todos os fornecedores, patrocinadores e licenciados devem procurar obter o máximo de eficiência energética de suas operações, minimizando o impacto ambiental da produção e reduzindo os custos relacionados com a energia elétrica. A Gerente geral de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Tânia Braga, destaca que desde o início do projeto foram adquiridos apenas produtos eletrônicos com o Selo Procel de Economia de Energia ou etiqueta similar, como o Energy Star. Com apenas essa iniciativa, foi possível obter uma grande redução no consumo de energia, já que pela grandiosidade do evento, mais de um milhão de produtos que necessitam de energia elétrica para funcionar, estarão em operação durante os jogos. A dirigente revela que essas medidas associadas ao planejamento estratégico do comitê e ao trabalho de conscientização de toda a rede de fornecedores e colaboradores foi possível obter grandes ganhos em eficiência e otimização do uso da energia elétrica.

"Racionalização e bom planejamento. Entender a real necessidade e adaptar a demanda de energia para o serviço que realmente precisa ser feito. Foi uma questão de paciência e planejamento para que as ações de eficiência [energética] fossem encampados por todos que ajudaram a construir os Jogos. Foi um trabalho de formiguinha, que trouxe grandes benefícios para os Jogos e para a cidade", explica Tânia Braga.

A Gerente ainda destaca que as inovações para obter o máximo de eficiência energética também fizeram parte das edificações erguidas para os Jogos. A começar pela sede do Comitê, que é um prédio modular, formado com contêineres. Com a proximidade do evento, o prédio foi crescendo aos poucos, otimizando a utilização dos recursos como água e luz. O local também valoriza a iluminação natural, e possui 100% de sua iluminação artificial formada por lâmpadas de LED e sistema de refrigeração eficiente, que, em quatro anos proporcionou uma economia que mais de R$ 1 milhão na conta de energia elétrica.

Nas instalações esportivas permanentes, como a Vila dos Atletas, o Parque Olímpico da Barra e no Centro Esportivo de Deodoro, foi obrigatório a adoção dos requisitos do Procel Edifica e do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Além disso, em todas edificações, temporárias ou permanentes foram privilegiados sistemas que otimizem o uso da energia elétrica, proporcionando maior conforto térmico e luminoso.
Na Rio 2016, todos os equipamentos eletroeletrônicos são certificados com o Selo Procel ou outro similar

"De 2013 até agora, somente com ações de eficiência energética foi possível reduzir em 18% a demanda de energia para os Jogos Olímpicos do Rio", destaca Tânia.

Parceiros apresentam novas tecnologias

Patrocinadora oficial na categoria áudio e vídeo, a Panasonic trouxe para os jogos as tecnologias mais avançadas para o setor. A multinacional japonesa é responsável pelos 72 telões de LED que serão usados em 35 arenas, pelos sistemas de áudio de 41 arenas, e pelos 110 projetores que foram usados no Maracanã na Cerimônia de Abertura e que serão utilizados novamente na Cerimônia de Encerramento. A empresa também vai fornecer mais de 15 mil aparelhos de TV, todos com certificação de eficiência energética, além de mais de 1.500 equipamentos profissionais de broadcast, que serão usados na transmissão das competições olímpicas, nas arenas esportivas, Vilas dos Atletas, Centro de Mídia e nas Live Sites oficiais, que são áreas de entretenimento e ponto de encontro dentro dos Parques Olímpicos da Barra da Tijuca e Deodoro. Nesses espaços de convivência, a empresa vai instalar um telão de LED, de 55 m² para que os espectadores possam acompanhar tudo o que está acontecendo nas arenas durante o dia.

Segundo o Gerente de Marketing Olímpico da Panasonic, Alessandro Batista, as novas tecnologias apresentadas na Rio 2016, aumentaram a qualidade dos produtos, mantendo os altos níveis de eficiência adotados em jogos anteriores. "Os equipamentos, em relação ao nível de consumo de energia, não tiveram mudanças significativas comparadas a Londres ou Sochi, embora a qualidade das imagens captadas e projetadas seja superior", explica.

Iluminação mais eficiente

Um dos setores que vai proporcionar os maiores ganhos de eficiência energética nos Jogos Rio 2016 é a relação à iluminação. Responsável pela iluminação da Vila Olímpica e Paralímpica, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Complexo de Tênis, o Velódromo, o Centro Paralímpico Brasileiro e as arenas Carioca 1, 2 e 3, que serão palco de competições como basquete e judô, e os estádios do Maracanã, Mané Garrincha, em Brasília, e Arena da Amazônia, em Manaus, a GE, parceira do COI desde 2005, traz para o Rio o que existe de mais moderno em sistemas de iluminação. A empresa vai operar mais de 200 mil pontos de luz, a grande maioria com a tecnologia LED, numa área de mais de 4,3 milhões de metros quadrados, o equivalente a mais de 1.000 campos de futebol. 

"A iluminação que vamos utilizar em quase todas as arenas é de LED, com grande eficiência energética, que pode resultar em economia de até 80% no consumo de energia, e mantendo todos os quesitos necessários para uma boa iluminação, respeitando todos os requisitos técnicos para uma boa iluminação do campo que jogo e para a transmissão pela TV", afirma Alfredo Mello, líder comercial da GE para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Por questões técnicas, apenas a área de jogo dos estádios de futebol ainda não utiliza as iluminação de LED. "Para que a imagem fique perfeita para a televisão, o LED ainda não é a tecnologia mais adequada para a iluminação de grandes áreas abertas, como os campos de futebol. Para esses locais, ainda são utilizadas as lâmpadas de vapor metálico, que não comprometem a imagem da TV e nem a atrapalhe a visão dos atletas", completa.
As ações de eficiência energética reduziram em 18% a demanda de energia da Olimpíada

O gerente também afirma que em comparação com Londres 2012, a Olimpíada do Rio de Janeiro apresentou avanços significativos no quesito eficiência energética. Boa parte desses ganhos vieram dos sistemas de iluminação. "No caso da Rio 2016, aprimoramos a eficiência na iluminação, na redução das áreas de sombras e nos quesitos de transmissão de TV. Para 2018 (PyeongChang) e 2020 (Tóquio), toda a iluminação utilizada será de LED", revela Mello.

Na Rio 2016, além da iluminação, a empresa está atuando na área de equipamentos médicos e distribuição e segurança energética/no-break. Ao todo, a GE possui mais de 150 projetos ligados aos Jogos. No segmento de equipamentos médicos, a companhia forneceu aparelhos com tecnologia de ponta para a Policlínica da Vila dos Atletas. Com alta eficiência energética, estão disponíveis para toda a família olímpica, aparelhos de ressonância magnética, ultrassom e raios-X digital. Além disso, todos os prontuários serão digitais, o que vai permitir otimizar os atendimentos médicos e formar um histórico dos tratamentos do paciente. 

Já na segurança energética, estão sendo usados mais de três mil unidades de sistemas de no-break espalhados por todas as arenas e nas cidades de futebel da Olimpíada e no IBC (International Broadcasting Center). Segundo a fabricante, no IBC funcionam os equipamentos com a maior eficiência energética do segmento, chegando a 95% de eficiência, contra 88% de modelos anteriores. Mello afirma que em Londres 2012 foram identificadas 1.800 falhas em que os no-breaks assumiram a carga devido a oscilações na rede. Também foram verificadas outros 600 eventos de sobrecarga.

A Olimpíada do Rio acontece até o próximo dia 21 de agosto. Com as tecnologias e inovações apresentadas durante a competição, as soluções voltadas para a eficiência energética tem tudo para conquistar uma medalha de ouro, já que tornarão a Rio 2016, os Jogos mais eficientes da história.

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Sandro Geraldo Bagattoli

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