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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Etiquetas energéticas dos eletrodomésticos estão "obsoletas" e são "enganadoras"

Classificação vai de A a D, mas em vários eletrodomésticos os produtos B a D até já estão proibidos. Associações de consumidores e ambientalistas pedem a revisão urgente das etiquetas.

Imagine que vai comprar um frigorífico ou uma máquina de lavar (de roupa ou louça). A etiqueta energética que aparece colada aos aparelhos vai de A a D e o produto comprado tem a classificação A+.

À partida, parece uma compra que poupa na carteira e ajuda o ambiente, mas na verdade o consumidor estará a comprar o produto menos eficiente que existe no mercado porque todos os outros (do B ao D) já não existem e até foram proibidos devido à fraca eficiência energética. A associação de consumidores Deco e a associação ambientalista Zero falam numa "confusão" que enquanto não for revista vai continuar a enganar os clientes.

Etiquetas energéticas vão de A+++ a D. Mas em vários eletrodomésticos, na realidade, nenhum produto fica abaixo do A+DR

Na base de tudo isto está uma classificação energética que para vários eletrodomésticos (como os do exemplo anterior) tem mais de 20 anos.

Aquilo que há uns anos era uma classificação boa ou má deixou de fazer sentido com a evolução tecnológica e a concorrência entre marcas que procuram ser cada vez mais eficientes para agradar aos consumidores.

Ouça a explicação de Nuno Guedes com Francisco Ferreira e Isabel Oliveira sobre a classificação energética dos eletrodomésticos

O caso é ainda mais grave nos frigoríficos e máquinas de lavar roupa ou louça porque nestes casos os aparelhos B a D já foram proibidos restando os eletrodomésticos A+, A++ e A+++, algo que segundo Francisco Ferreira, da Zero, se prepara para acontecer, também, nas lâmpadas.

E com a evolução tecnológica, se nada for feito, o problema vai alcançar todos os outros eletrodomésticos que hoje também já dificilmente têm modelos que ficam abaixo do B ou do C.

Portugal e outros países só querem mudar em 2023

A mudança e revisão das etiquetas energéticas não depende diretamente de Portugal mas da União Europeia onde já existiu uma proposta de revisão urgente vinda do Parlamento Europeu. Como estão hoje, estes símbolos são considerados obsoletos e existem produtos com escalas de A+++ a D e outros de A a G.

A proposta é uniformizar as escalas e rever, como salienta Isabel Oliveira da Deco Proteste, as posições de cada eletrodoméstico na escala segundo a sua atual eficiência energética. Uma revisão urgente que também é defendida pela federação europeia que reúne perto de 140 organizações ambientalistas de todos os Estados membros.

O problema, diz Francisco Ferreira, é que há vários governos que pretendem atrasar essa mudança pelo menos até 2023, protegendo, segundo a Zero, "os interesses de fabricantes retrógrados" que ganham com a "confusão instalada", promovendo a venda de equipamentos pouco eficientes.

A Zero e a federação de associações ambientalistas europeias tiveram acesso à posição do governo português apresentada em Bruxelas pela Direção-Geral de Energia e Geologia e garantem que o documento a que tiveram acesso revela que Portugal é um dos países que está a bloquear a reforma urgente das etiquetas energéticas.

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http://www.tsf.pt/sociedade/interior/etiquetas-energeticas-dos-eletrodomesticos-estao-obsoletas-e-sao-enganadoras-5452841.html

 

 

Atenciosamente

 

Alexandre Kellermann

 

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