O volume de energia elétrica usado por operadoras de telecomunicações por meio do mercado livre teve alta de 78,2% no último ano. Em abril deste ano, as empresas do setor consumiram, juntas, 180 MWm (megawatts por minuto), ante 101 MWm no mesmo mês de 2016. O crescimento está associado à migração de várias companhias de telefonia para o mercado livre de energia no período. Desconsiderando esse movimento, o consumo do setor nesse ambiente de contratação de energia registrou um recuo de 5%.
Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a qual informa ainda que a Telefônica/Vivo, Claro e Oi/Telemar estão entre as dez empresas que usam mais energia no mercado livre na categoria “consumidores especiais”.
“O mercado livre segue atraindo consumidores por permitir a negociação de preços e condições de fornecimento, possibilitando reduções significativas na conta de energia das empresas. Mas a crise econômica tem impactado a atividade, como indica a redução do consumo de energia entre as empresas que já estavam no mercado livre no ano passado”, avalia o Sami Grynwald, gerente da Thymos Energia.
Apesar de os preços de contratos de longo prazo no mercado livre terem acumulado alta de 20% até abril, o custo da energia para as operadoras por meio dessa modalidade ainda compensa. Dependendo do perfil do consumidor e da distribuidora à qual está ligado, a migração para o mercado livre pode proporcionar uma redução de custos superior a 15% na conta de luz. Outra vantagem, para os consumidores, é que podem assinar contratos de longo prazo com previsibilidade de custos.
Além disso, o processo tem impulsionado a geração de energia de fontes alternativas, como eólica e de biomassa. Isso porque, em geral, as empresas de telecomunicações são classificadas como consumidores especiais, empresas com demanda contratada entre 500 kW e 3 MW, e que podem contratar energia apenas de fontes renováveis.
Atenciosamente
Alexandre Kellermann
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