A Europa está fazendo progressos impressionantes na revolução da energia limpa. O continente como um todo foi capaz de produzir mais eletricidade a partir de fontes renováveis, como a energia solar, eólica e a biomassa do que a queima de carvão em 2017. Uma análise de dados do grupo de campanha de políticas climáticas Sandbag mostrou que a energia renovável acabou de reduzir o poder gerado pelo carvão com 679 terawatt-hora em comparação com 669 terawatt-horas de carvão.
Mas antes de comemorarmos, essa conquista precisa ser colocada em contexto. De acordo com dados compilados pelo Eurostat, apenas cerca de 19% da energia europeia foi gerada a partir de combustíveis sólidos como o carvão. Um adicional de 24% foi gerado a partir de outras fontes, como gás natural e petróleo bruto – o que significa que a eliminação progressiva da energia gerada pelo carvão é apenas um passo para reduzir as emissões de carbono.
Além disso, não é claro se o uso de biomassa – matéria orgânica como madeira e material vegetal orgânico – para gerar energia fornece mais alívio ambiental do que o queima de carvão ou outros combustíveis fósseis. Pesquisadores de um grupo de universidades interessadas publicaram um estudo publicado na revista Environmental Research Letters, no qual eles explicaram que enquanto queimar madeira pode baixar as concentrações de dióxido de carbono a longo prazo, a curto prazo ela elevará esses níveis.
Os dados da Europa ainda são bem-vindos. Mas a luta contra as mudanças climáticas está sempre presente, e a utilização das fontes de energia mais ecológicas é fundamental para limitar as emissões de carbono.
Atenciosamente
Alexandre Kellermann
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