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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Setor de energia está deixando de ser um clube do Bolinha

(Bloomberg) -- Mary Powell recusou três vezes o comando da concessionária de energia Green Mountain Power, de Vermont. Ela disse que não achava que tinha as qualificações certas e não estava interessada em trabalhar em um ambiente corporativo.

 

No momento em que foi convidada pela quarta vez, sua perspectiva havia mudado e ela aceitou.

"Eu sou uma artista, não uma engenheira", disse Powell, que atua como CEO da companhia de energia desde 2008. Inicialmente, "eu considerava que o sistema elétrico era obsoleto e que eu não poderia prosperar naquela cultura. Mas depois percebi que eu estava recebendo a oportunidade de transformar a empresa, não apenas de comandá-la. Eu posso participar e criar uma evolução cultural."

 

Powell incorpora duas mudanças na base do setor de energia: as concessionárias tradicionais estão priorizando cada vez mais a energia não poluente e adotando as tecnologias dos jovens, como a energia solar e eólica e as casas inteligentes. Isso, por sua vez, está ajudando a derrubar o antigo clube do Bolinha que governou o setor de energia durante décadas, dando a mais mulheres um lugar neste setor.

 

Quase um quarto das concessionárias de eletricidade regulamentadas nos EUA atualmente são dirigidas por mulheres - o triplo da representação feminina em empresas Fortune 500 por porcentagem, de acordo com o Edison Electric Institute, um grupo do setor. Na virada do século, a proporção era de um único dígito. As empresas de energia afirmam que fazem parte de uma nova economia energética em um momento em que um número crescente de pessoas, homens e mulheres, acredita que isso é importante. Uma pesquisa de 2017 encomendada pela gigante de energia eólica Orsted mostrou que 82 por cento dos 26.000 entrevistados em 13 países acreditam que é importante criar um mundo totalmente abastecido por energia de fontes renováveis.

 

À medida que os jovens buscam carreiras no campo das tecnologias não poluentes, a transição para a igualdade de gênero também está acelerando, disse Abigail Hopper, CEO da Solar Energy Industries Association, com sede em Washington. As mulheres representaram 27 por cento da força de trabalho do setor de energia solar no ano passado, contra 24 por cento em 2015, de acordo com dados da Solar Foundation. Cerca de metade dos novos contratados em 2016 eram mulheres, disse Hopper.

 

Nina Skorupska, CEO da Renewable Energy Association no Reino Unido e ex-executiva da maior empresa de serviços públicos da Alemanha, disse que a ideia de ajudar o mundo a adotar a energia não poluente pode ser muito atraente para potenciais funcionários e pode ajudar a diversificar a força de trabalho.

 

"Tanto os engenheiros quanto as engenheiras querem trabalhar com as fontes renováveis", muito mais do que com petróleo e gás, disse ela.

Atualmente, mulheres lideram mais de uma dúzia de empresas de energia só nos EUA, como Duke Energy, El Paso Electric, PNM Resources e Sunrun, e estão no comando de associações de energia renovável e de negociação de energia em todo o mundo, do Reino Unido ao Brasil. Enquanto isso, menos de 2 por cento das empresas de petróleo e gás na América do Norte e na Europa Ocidental são lideradas por mulheres, segundo dados da Bloomberg.

http://www.jornalfloripa.com.br/mundo/noticia.php?id=54937291

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