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sábado, 20 de outubro de 2018

Redução no impacto dos custos com energia elétrica é desafio para empresas de saneamento

19.10.18
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Rio de Janeiro – Para manter a competitividade do negócio, Grupo Águas do Brasil investe em eficiência energética e novas fontes de energia
Divulgação
Felix Valois e Tatiana Grigorio, para o Procel Info
Rio de Janeiro - Os setores de água e energia elétrica possuem uma relação simbiótica no Brasil. Para produzir energia é necessário uma grande quantidade de água, e para deixar essa água potável e apta ao consumo humano é utilizada uma grande quantidade de energia elétrica para os diversos processos de tratamento, bombeamento, e reutilização dessa água. Por isso, a eficiência energética e hídrica ganham cada vez mais espaço nas empresas que atuam nesse setor. Atualmente, a energia elétrica representa de 30% a 40% dos custos de operação dessas empresas. Somente o sistema de bombeamento é responsável por quase 90% dessas despesas. No cenário com Bandeira Vermelha nas contas de luz e reajustes acima da inflação, as empresas desse segmento estão buscando soluções na área e eficiência energética para reduzir o impacto dos custos com energia elétrica no valor da conta de água.

O Grupo Águas do Brasil, empresa que atua por meio de concessões privadas no serviço de água e esgoto, em 14 municípios da região Sudeste do Brasil, tem implementado soluções para minimizar o impacto do custo da energia elétrica em suas operações. A empresa vem realizando estudos e diversos projetos, tais como: eficiência energética, automação, migração para o mercado livre de energia e geração distribuída; a fim de diminuir os impactos causados por essa despesa. "A energia elétrica no Brasil é uma das mais caras no mundo e várias distribuidoras de energia tiveram reajustes este ano na casa dos dois dígitos. Dessa forma, as medidas de redução ou consumo eficiente da energia mitigam o impacto destes pesados reajustes para a empresa, e consequentemente na sua capacidade competitiva", explica o Diretor Corporativo Operacional do Grupo Águas do Brasil, Leonardo Righetto.
Implementado em Petrópolis, sistema de biodigestores proporcionou uma economia de 5.500 kWh em estação de tratamento de esgoto


Entre as ações colocadas em prática pelo grupo na área de eficiência energética, está a utilização de motores de alto rendimento, para reduzir o consumo e os custos com energia elétrica nas novas unidades operacionais do grupo. Paralelamente a isso, Leonardo explica que tem-se um projeto de substituição de motores elétricos antigos por novos, além da utilização de inversores de frequência, dispositivo eletrônico que varia a velocidade de giro de um motor, ajustando a potência conforme a demanda.

Entretanto, o executivo ressalta, que mesmo adotando essas práticas, a empresa infelizmente é obrigada a repassar parte deste incremento de custo aos seus clientes, conforme as respectivas fórmulas paramétricas contratuais.

Sistema de biodigestores reduz o consumo de energia

A utilização de um sistema de tratamento de esgoto por meio de biodigestores, implementado na Águas do Imperador, concessão do grupo no município de Petrópolis-RJ, está apresentando resultados satisfatórios em relação ao consumo de energia. Leonardo revela que a iniciativa foi premiada por sua sustentabilidade e eficiência, já que durante o processo não há consumo de energia elétrica. "O tratamento de esgotos por meio dos biodigestores está diretamente ligado à redução do consumo energia. Os 10 biodigestores instalados em Petrópolis tratam esgotos de aproximadamente 13 mil pessoas, correspondendo à vazão de 13,2 litros/segundo, sem qualquer consumo energético em sua operação. Numa estação convencional, para tratamento desta mesma vazão, são necessários 5.500 kWh, que custam R$ 4,6 mil", explica.

Ele acrescenta que, além disso, estes biodigestores produzem, mensalmente, 8,0 m³ de gás metano, que são fornecidos à população do entorno das unidades, resultando também em economia de energia. Tais medidas adotadas pelo Grupo em todas as suas concessionárias demonstram a sua preocupação de investir em ações que venham a reduzir o consumo de energia, influenciando assim no valor das tarifas e na sua competitividade com as demais empresas do mesmo segmento.

Manutenção da rede

Um dos grandes desafios dessas empresas é a revitalização das suas redes de abastecimento que são, em sua maioria, antigas e estão em fase de modernização. De acordo com Leonardo Righetto, para tentar reverter esse quadro, a empresa trabalha com um sistema de Modelagem Hidráulica das redes de distribuição e com a setorização das redes de abastecimento. Através desses mecanismos são identificados os pontos críticos e as possíveis soluções, aumentando a eficiência hídrica e energética do sistema. "Além disso, as novas redes são executadas com materiais homologados pelo Grupo, visando a redução de perdas por vazamentos e a maior vida útil", conclui o Diretor.


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