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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Em POrtugal: Muon Electric destaca-se por ser a única comercializadora de eletricidade neste momento com tarifários pré-pagos

Bárbara Silva 03.02.2019 / 07:00  Em novembro de 2018 estreou-se no mercado liberalizados de eletricidade em Portugal uma nova comercializadora: Muon Electric – na qual a Ph Energia (dona da marca Energia Simples) detém uma posição minoritária". A empresa destaca-se por ser a única neste momento com um tarifário pré-pago, que vai ficando mais caro à medida que passa do plano anual a semestral, trimestral e mensal. Se pagar o ano todo à cabeça a poupança pode chegar aos 245 euros na potência mais alta. "Os planos pré-pagos são uma tendência que está a ganhar espaço e representa uma solução inovadora em Portugal", explicou ao Dinheiro Vivo, Ana Correia, gestora de operações da Muon. Que empresa é a Muon Electric? Quando começou a comercializar eletricidade? A Muon Electric é uma nova comercializadora de eletricidade com uma oferta inovadora no âmbito dos clientes domésticos: acesso a preços mais baixos através do pré-pagamento, algo que leva à redução do risco e exposição financeira da empresa comercializadora. A empresa nasceu no final do ano de 2017, sendo que o início da nossa atividade ocorreu no início de novembro de 2018. O que motivou a Muon a estrear-se no mercado com planos pré-pagos que vão do mensal ao anual? A nossa principal motivação decorreu do facto de os preços de eletricidade verificados no mercado ibérico em 2018 terem demonstrado maior volatilidade, ou seja, terem sido superiores ao que as previsões poderiam apontar. De qualquer maneira, o músculo financeiro necessário para fornecer energia elétrica é mitigado se optarmos por receber dos clientes antes de os fornecer, tal como num leilão, que agrega maiores quantidades de energia, permitindo maior negociação, o efeito económico do pré-pagamento tem algumas semelhanças, dado que o valor a pagar ao fornecedor está imediatamente disponível para a comercializadora. Da mesma forma, o facto de apostar numa estrutura digital com comunicação impulsionada pelo preço motivou esta decisão, que ajuda a reduzir os custos quando comparado a outros modelos mais tradicionais e universais de serviço ao cliente. Como veem esta tendência que se começa a desenhar em Portugal para aos tarifários de energia pré-pagos? Cremos que os planos pré-pagos são uma tendência que já tem vindo a ser experimentada noutras indústrias e que está agora a ganhar espaço junto dos consumidores de eletricidade, já que representa uma solução inovadora em Portugal, pela forma na qual a construímos. Noutros países, o pré-pagamento de eletricidade já existia, sendo maioritariamente utilizado na forma de carregamento de um cartão que permite, posteriormente, o consumo da quantidade carregada. Em Espanha, por exemplo, este modelo surge com o objetivo de auxiliar as famílias mais carenciadas no controlo das suas despesas. No caso do modelo tarifário pré-pago da Muon Electric, pretendemos oferecer aos nossos clientes uma melhor forma de controlo das suas despesas, garantindo o mesmo preço aos nossos clientes durante o período de vigência dos seus contratos, oferecendo, simultaneamente, proteção face às oscilações do mercado elétrico. Tiveram de pedir autorização à ERSE para colocar os vossos tarifários em mercado? Quantos clientes já têm? Não foi necessária qualquer autorização especial, tendo em conta que o Contrato cumpre todos os requisitos legais estipulados pela lei e pela Entidade Reguladora. Continuamos a crescer e a avaliar o nosso desemprenho nestes primeiros meses de atividade, sendo que a procura foi bastante satisfatória. Os tarifários pré-pagos implicam uma fidelização nos contratos de energia que não se verificava até agora. O que muda com isto para a empresa e os clientes? A fidelização surge pelo facto de, em caso de cessação contratual antecipada do período de fornecimento acordado, os créditos não serem devolvidos. Findo o prazo de vigência do contrato, no caso de o cliente desejar terminar o seu contrato, existe um acerto de contas que poderá resultar num pagamento ou devolução de crédito. O modelo de pré-pagamento exige que a comercializadora tenha alguma estabilidade na procura dos seus clientes, para poder continuar a praticar tal oferta. Para a empresa e para o cliente, a fidelização e o próprio pré-pagamento oferecem uma maior estabilidade, estando o preço para 3, 6 ou 12 meses garantido ao cliente, bem como a procura. Para além deste fator, importa mencionar que o cliente deixa de estar sujeito a suportar, até ao final do seu crédito, os valores estimados e acertos, passando estes a ser geridos pela própria empresa. A fidelização na energia para empresas e para o mercado doméstico poderá chegar por via destes pré-pagos? Foi um a estratégia da Muon, fidelizar os clientes via power-packs? Na Muon Electric, somos completamente transparentes: as condições oferecidas só são possíveis nestes moldes, em que o cliente opta por um período de consumo ao qual antecipa o pagamento, que nos permitem ultrapassar dificuldades inerentes a qualquer comercialização no modelo tradicional de negócio. Por ser uma tendência nova em Portugal, a Deco está muito atenta e a estudar o impacto dos pré-pagos nos consumidores. E tem a Muon debaixo de olho. Como reagem? A Muon Electric tem todos os grupos e associações de consumidores como um dos barómetros principais da opinião pública. O nosso modelo de negócio, como explicado, não afeta a satisfação de serviço, dado todos os mecanismos regulamentares e as melhores práticas de serviço ao cliente estarem garantidos. Consideram que os pré-pagos podem levantar questões neste sentido para os consumidores? O pré-pagamento é uma escolha do consumidor em poupar num serviço que é considerado indispensável, podendo assim ter vantagens na gestão do dinheiro da família e reduzir 12 preocupações anuais para 1. Como funcionam os pré-pagos na prática? O que acontece quando o consumidor consome mais energia do que a contratada? O que acontece se consumir a menos? Na prática, o valor dado pelo cliente representa um crédito que será utilizado para cobrir as suas despesas durante um período de 3, 6 ou 12 meses. No caso de o mesmo consumir mais energia do que a que foi inicialmente estimada, e não tendo lugar a renovação antecipada do Contrato, serão aplicadas as condições contratuais do Plano Mensal 01, superior à dos planos pré-pagos. Ainda assim, enviamos mensalmente notas informativas aos nossos clientes de modo a que os mesmos tenham ideia da quantidade de kWh que já consumiram, da percentagem que essa quantidade representa no total estimado e no valor monetário total, de modo a que o cliente possa sempre saber quando deverá renovar o seu Contrato e, assim, evitar pagar uma tarifa mais elevada. No caso de o cliente ter consumido uma quantidade menor de kWh no final dos 12 meses de vigência do contrato, o seu consumo poderá continuar nos meses seguintes, tendo a renovação lugar apenas quando se verificar esgotada a quantidade de kWh contratada. O que distingue os pré-pagos da conta certa? Os pré-pagos Muon Electric distinguem-se deste modelo, na medida em que os nossos clientes pagam aquilo que efetivamente consomem no início do seu contrato. Já na conta certa é feita uma estimativa de consumo mensal, que sofre um acerto no final do ano. As vantagens do pré-pagamento não se centram apenas na comodidade, mas sim em permitir a máxima redução de custos para o consumidor.  

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Sandro Geraldo Bagattoli

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