Aplicada em empresas de todo o Brasil e do mundo, a eficiência energética veio para ficar. E não é difícil entender o porquê. Com a premissa de produzir mais energia com menos recursos, a atividade traz resultados praticamente imediatos (a conta de luz agradece) e ganha um respaldo cada vez mais expressivo de organizações que lutam pelo desenvolvimento sustentável. Um exemplo é a ONU.
O que muitos ainda não sabem é que esse conceito não se resume somente a grandes companhias ou indústrias. É possível, sim, adotar práticas de eficiência energética em casa e contribuir com o meio ambiente. Quer alguns exemplos práticos e que não exigem tanto esforço?
Que tal separar o lixo da sua casa, adquirir somente eletrodomésticos com o selo Procel ou substituir toda a iluminação dos cômodos por lâmpadas de LED? Ainda que você tenha que fazer um investimento inicial, a troca da iluminação vai gerar um retorno expressivo. Para se ter uma ideia, a lâmpada LED de 7W é capaz de gerar uma economia de quase 90% em relação a uma lâmpada incandescente.
Soma-se a isso o fato de sua vida útil ser 50 vezes maior. Ou seja, reduz a necessidade de adquirir novos equipamentos em um futuro próximo. E tem mais. O calor transferido ao ambiente pela tecnologia LED é menor, o que diminui a necessidade de climatizar o ambiente e gastar mais energia.
Segundo Glycon Garcia, diretor executivo do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), eficiência energética representa economia de eletricidade para o país e redução na emissão de gases de efeito estufa, o que o torna mais sustentável ambientalmente. Por isso é tão importante que não só as grandes companhias, mas também o cidadão comum faça a sua parte.
Outra medida que pode ser adotada em casa, é a reutilização da água da chuva. Pequenas cisternas, hoje, são capazes de fazer este serviço e utilizar a água para fins não potáveis.
A instalação de painéis fotovoltaicos é outra iniciativa que tem potencial de reduzir em até 80% a conta de energia de um morador. O custo de aquisição, portanto, não deve ser levado como parâmetro, mas sim o retorno, a duração (são 25 anos de vida útil) e o impacto ambiental.
É nesse contexto que o cobre ajuda diretamente o mercado de energia limpa. Em razão de ser um dos melhores condutores de energia e um dos únicos metais 100% recicláveis, o material é utilizado na elaboração das placas solares. Para se ter uma ideia, segundo o Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), utiliza-se em média de 8 a 12 vezes mais o cobre em sistemas de energia renováveis do que nos sistemas tradicionais.
Substituição de motores elétricos é uma das medidas mais eficientes para a indústria
Se de um lado o cidadão comum pode (e deve) fazer a sua parte, de outro, a indústria, responsável por consumir 35% de energia no país, precisa ser mais eficiente. Uma das ações mais efetivas para otimizar o consumo e aplicar o conceito na prática é a substituição dos motores elétricos, equipamentos capazes de consumir até 68% da energia de todo o setor.
Nesse contexto, a WEG Equipamentos Elétricos vem dando exemplo. A empresa se antecipa e oferece há anos motores acima dos padrões de mercado e que minimizam consideravelmente os custos operacionais da indústria.
E o momento para adquirir os equipamentos mais eficientes nunca esteve tão propício no Brasil. É porque a mudança passa a ser exigida em lei para fabricação, importação e aquisição de novas máquinas. Publicada ainda em junho de 2017 (e válida a partir de agosto de 2019), a portaria define o nível aceitável aos motores trifásicos como IR3 e amplia a faixa de potências, que devem se enquadrar de 1 a 250 cv para 0,16 a 500 cv. Na prática, a exigência aumenta o nível mínimo de eficiência para esses equipamentos e contribui para reduzir o cenário do desperdício de energia. No caso de motores usados, somente poderão ser comercializados aqueles que possuírem índice de rendimento IR3.
Mas os motores são apenas uma parte de tudo o que pode ser feito no setor para torná-lo energeticamente eficiente. A indústria 4.0, por exemplo, é um sistema que pode ajudar todos os setores da corporação a otimizarem o consumo. Por meio de tecnologias digitais é possível conectar dispositivos a sensores e coleta de dados e controlar o gasto de energia da empresa. O benefício? Previne-se o desperdício de energia, que no Brasil hoje alcança 10%, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).
A eficiência energética é uma responsabilidade de todos. Para saber mais sobre o assunto, acompanhe os conteúdos do canal.
Atenciosamente
Alexandre Kellermann

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