Paralelamente à usina de Belo Monte, o governo finaliza ou tem prontos estudos de viabilidade de 23 projetos de hidrelétricos no País – não como alternativa à usina do Rio Xingu, mas complementares à demanda por eletricidade. São projetos que estão na fila, atrás de Belo Monte, para serem licitados como parte do processo de substituição de energia poluente por fontes renováveis, de acordo com levantamento do Ministério de Minas e Energia (MME) revelado ao iG.
De acordo com o MME, o governo quer licitar 17 usinas ainda neste ano, conforme listagem incluída nas obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Outros cinco projetos estão em fase de finalização de inventário e de viabilidade ambiental e um já tem estudos prontos, mas não constam da lista de usinas a licitar em 2010. Os projetos são bem menores que Belo Monte, e menos polêmicos também.
Pelo menos quatro usinas hidrelétricas que o governo planeja licitar neste ano têm estudos concluídos de impacto ambiental e de potencial hidrelétrico. Os projetos somam 2.378 MegaWatts (MW) de potência instalada, menos de um quarto da capacidade de geração de Belo Monte. A maior delas, a usina de Teles Pires, no Rio Tocantins, tem capacidade para 1.820 MW e previsão de entrada em operação em 2015.
As outras com estudos prontos previstas para leilão em 2010 são: Ribeiro Gonçaves (113 MW), localizada no rio Parnaíba, entre Piauí e Maranhão; Telêmaco Borba (120 MW), no rio Tibagi, no Paraná, e Pedra Branca (320 MW), no rio São Francisco, entre Pernambuco e Bahia. A usina de Tabajara, no rio Ji-Paraná, em Rondônia, tem estudos concluídos, mas não está na lista dos projetos para 2010.
A usina de São Luiz do Tapajós, que compõe o projeto do complexo hidrelétrico do rio Tapajós, no Pará – com previsão de capacidade de geração de mais de 10 mil MW -, tem previsão de licitação em 2011, com capacidade para gerar, individualmente, 6 mil MW. Também estão no grupo dos projetos em fase avançada de estudos de viabilidade e inventário, assim as usinas Colíder , Sinop e Foz do Apiacás, no Mato Grosso, além da hidrelétrica de Marabá, no Pará.
Finalizados os estudos de viabilidade, o passo seguinte é a obtenção da licença prévia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), tarefa que não tem sido fácil para o governo nos últimos anos. Os leilões só acontecem com a liberação da licença do Ibama ou o do órgão ambiental responsável pela região.
"Belo Monte desgasta governo"
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o governo não vai leiloar nenhuma outra usina além de Belo Monte neste ano. “O leilão de Belo Monte já está dando um desgaste muito grande ao governo. Não acho que o governo vai querer mais confusão em véspera de eleição”. Mas o especialista reconhece que a listagem de projetos realizada pelo governo por si só já é um grande feito.
“Este trabalho de inventariar, ver o potencial dos rios, é muito importante; um legado que este governo vai deixar para os próximos, independentemente de conseguir leiloar ou não”, afirmou.
Já o diretor do Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Engenharia), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, avalia que, depois de Belo Monte, os leilões entrarão numa fase mais tranqüila, sem tantos embates com as comunidades locais. Um novo conceito de usinas, lembra ele, será implementado para os rios da Amazônia, como no caso das usinas do complexo dos Tapajós.
“O conceito de usinas plataformas vai impedir a interferência humana na floresta”, disse. Nesta modalidade, o governo planeja a construção de usinas isoladas, sem edificações nem estradas, mas apenas a instalação de barragens e o uso de helicópteros para se chegar nos locais.
Veja a lista das 17 usinas que o governo planeja licitar neste ano:
Serra Quebrada (MA/TO)
UHE Cachoeira (PI/MA)
Castelhano (PI/MA)
Estreito do Parnaíba (PI/MA)
Ribeiro Gonçaves (PI)
Pedra Branca (BA)
Riacho Seco (BA)
Mirador (Go)
Davinópolis (MG)
Telêmaco Borba (PR)
Anita Garibaldi (SC)
São Roque (SC)
Itapiranga (SC)
Salto Grande (PR)
Água Limpa (MG)
Toricoejo (MG)
Teles Pires (TO)
http://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/governo+tem+23+projetos+de+hidreletricas+na+fila/n1237586519789.html
De acordo com o MME, o governo quer licitar 17 usinas ainda neste ano, conforme listagem incluída nas obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Outros cinco projetos estão em fase de finalização de inventário e de viabilidade ambiental e um já tem estudos prontos, mas não constam da lista de usinas a licitar em 2010. Os projetos são bem menores que Belo Monte, e menos polêmicos também.
Pelo menos quatro usinas hidrelétricas que o governo planeja licitar neste ano têm estudos concluídos de impacto ambiental e de potencial hidrelétrico. Os projetos somam 2.378 MegaWatts (MW) de potência instalada, menos de um quarto da capacidade de geração de Belo Monte. A maior delas, a usina de Teles Pires, no Rio Tocantins, tem capacidade para 1.820 MW e previsão de entrada em operação em 2015.
As outras com estudos prontos previstas para leilão em 2010 são: Ribeiro Gonçaves (113 MW), localizada no rio Parnaíba, entre Piauí e Maranhão; Telêmaco Borba (120 MW), no rio Tibagi, no Paraná, e Pedra Branca (320 MW), no rio São Francisco, entre Pernambuco e Bahia. A usina de Tabajara, no rio Ji-Paraná, em Rondônia, tem estudos concluídos, mas não está na lista dos projetos para 2010.
A usina de São Luiz do Tapajós, que compõe o projeto do complexo hidrelétrico do rio Tapajós, no Pará – com previsão de capacidade de geração de mais de 10 mil MW -, tem previsão de licitação em 2011, com capacidade para gerar, individualmente, 6 mil MW. Também estão no grupo dos projetos em fase avançada de estudos de viabilidade e inventário, assim as usinas Colíder , Sinop e Foz do Apiacás, no Mato Grosso, além da hidrelétrica de Marabá, no Pará.
Finalizados os estudos de viabilidade, o passo seguinte é a obtenção da licença prévia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), tarefa que não tem sido fácil para o governo nos últimos anos. Os leilões só acontecem com a liberação da licença do Ibama ou o do órgão ambiental responsável pela região.
"Belo Monte desgasta governo"
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o governo não vai leiloar nenhuma outra usina além de Belo Monte neste ano. “O leilão de Belo Monte já está dando um desgaste muito grande ao governo. Não acho que o governo vai querer mais confusão em véspera de eleição”. Mas o especialista reconhece que a listagem de projetos realizada pelo governo por si só já é um grande feito.
“Este trabalho de inventariar, ver o potencial dos rios, é muito importante; um legado que este governo vai deixar para os próximos, independentemente de conseguir leiloar ou não”, afirmou.
Já o diretor do Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Engenharia), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, avalia que, depois de Belo Monte, os leilões entrarão numa fase mais tranqüila, sem tantos embates com as comunidades locais. Um novo conceito de usinas, lembra ele, será implementado para os rios da Amazônia, como no caso das usinas do complexo dos Tapajós.
“O conceito de usinas plataformas vai impedir a interferência humana na floresta”, disse. Nesta modalidade, o governo planeja a construção de usinas isoladas, sem edificações nem estradas, mas apenas a instalação de barragens e o uso de helicópteros para se chegar nos locais.
Veja a lista das 17 usinas que o governo planeja licitar neste ano:
Serra Quebrada (MA/TO)
UHE Cachoeira (PI/MA)
Castelhano (PI/MA)
Estreito do Parnaíba (PI/MA)
Ribeiro Gonçaves (PI)
Pedra Branca (BA)
Riacho Seco (BA)
Mirador (Go)
Davinópolis (MG)
Telêmaco Borba (PR)
Anita Garibaldi (SC)
São Roque (SC)
Itapiranga (SC)
Salto Grande (PR)
Água Limpa (MG)
Toricoejo (MG)
Teles Pires (TO)
http://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/governo+tem+23+projetos+de+hidreletricas+na+fila/n1237586519789.html
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