Os três senadores de Pernambuco mostraram opiniões diferentes, ontem, ao falar sobre a eventual instalação de uma usina nuclear no município de Itacuruba, no Sertão estadual. O assunto veio à tona após o terremoto que acarretou explosões nucleares e vazamentos radioativos no Japão. Os dois parlamentares governistas, Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto Costa (PT), acham precipitado interromper as negociações iniciadas no estado com o governo federal. Já o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) prefere apostar em energias mais limpas e renováveis e é contra uma usina em Pernambuco.
Responda à enquete: você é a favor da instalação de usinas nucleares no Brasil?
O Senado abriu ontem discussões sobre a utilização da energia nuclear como matriz energética e o Palácio do Planalto admite rever os protocolos de segurança das usinas em operação no país, Angra 1 e 2 e também a terceira unidade ainda em construção.
O governador Eduardo Campos (PSB) ainda não se pronunciou sobre a polêmica, após os desastres no Japão. Mas ele é favorável à construção de uma usinanuclear no Nordeste desde que era ministro da Ciência e Tecnologia. Há uns dois anos, já à frente do Palácio das Princesas, o socialista tentou fazer um acordo com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), para que a nova fonte energética fosse construída entre os estados de Pernambuco e Bahia. O investimento está em debate, mas o único no governo que se posicionou contra foi o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, com a ressalva de que era uma ´visão pessoal`. A pequena cidade de Itacuruba, no Sertão do São Francisco, é a principal candidata para receber a usina pernambucana.
Para Jarbas Vasconcelos, o Brasil tem formas de obter outras fontes de energia, como a solar e a eólica. ´Não dá para o governo decidir e impor essa decisão de cima para baixo. Esse é um debate que precisa contar com a participação do maior número possível de pernambucanos. O Japão, com toda alta tecnologia disponível, com uma imensa capacidade técnica e excelente infraestrutura, vive hoje a maior crise desde a 2ª GuerraMundial. Não dá nem para imaginar o que ocorreria no Brasil em catástrofe semelhante`, declarou.
Para Humberto Costa, líder do PT no Senado, ´é precipitado falar em interrupção do projeto`. Segundo ele, o Brasil tem usinas nucleares seguras e de alta tecnologia. ´O que aconteceu no Japão não tem nenhuma comparação com o que acontece no Brasil. Nosso país não está sujeito a este tipo de intempérie. Não podemos esquecer que este projeto é muito importante para ajudar ainda mais no desenvolvimento do nosso estado e daquela região, especificamente`.
De acordo com Armando Monteiro Neto (PTB), não é prudente tomar decisões ´sob o impacto dos acontecimentos`. Ele acredita que as energias renováveis defendidas por Sérgio Xavier e Jarbas Vasconcelos ´não terão nunca o mesmo peso da energia nuclear`, inclusive na geração de empregos. ´A gente discute para avaliar tudo isso, mas não se pode descartar agora`, pontuou. Para o petebista, o debate tem que ser feito porque ´o Nordeste corre risco de ficar sem energia, o queseria o pior de todos os mundos`.
"O Nordeste corre risco de ficar sem energia, o que seria o pior de todos os mundos" Armando Monteiro Neto (PTB), Senador por Pernambuco
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O Senado abriu ontem discussões sobre a utilização da energia nuclear como matriz energética e o Palácio do Planalto admite rever os protocolos de segurança das usinas em operação no país, Angra 1 e 2 e também a terceira unidade ainda em construção.
O governador Eduardo Campos (PSB) ainda não se pronunciou sobre a polêmica, após os desastres no Japão. Mas ele é favorável à construção de uma usinanuclear no Nordeste desde que era ministro da Ciência e Tecnologia. Há uns dois anos, já à frente do Palácio das Princesas, o socialista tentou fazer um acordo com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), para que a nova fonte energética fosse construída entre os estados de Pernambuco e Bahia. O investimento está em debate, mas o único no governo que se posicionou contra foi o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, com a ressalva de que era uma ´visão pessoal`. A pequena cidade de Itacuruba, no Sertão do São Francisco, é a principal candidata para receber a usina pernambucana.
Para Jarbas Vasconcelos, o Brasil tem formas de obter outras fontes de energia, como a solar e a eólica. ´Não dá para o governo decidir e impor essa decisão de cima para baixo. Esse é um debate que precisa contar com a participação do maior número possível de pernambucanos. O Japão, com toda alta tecnologia disponível, com uma imensa capacidade técnica e excelente infraestrutura, vive hoje a maior crise desde a 2ª GuerraMundial. Não dá nem para imaginar o que ocorreria no Brasil em catástrofe semelhante`, declarou.
Para Humberto Costa, líder do PT no Senado, ´é precipitado falar em interrupção do projeto`. Segundo ele, o Brasil tem usinas nucleares seguras e de alta tecnologia. ´O que aconteceu no Japão não tem nenhuma comparação com o que acontece no Brasil. Nosso país não está sujeito a este tipo de intempérie. Não podemos esquecer que este projeto é muito importante para ajudar ainda mais no desenvolvimento do nosso estado e daquela região, especificamente`.
De acordo com Armando Monteiro Neto (PTB), não é prudente tomar decisões ´sob o impacto dos acontecimentos`. Ele acredita que as energias renováveis defendidas por Sérgio Xavier e Jarbas Vasconcelos ´não terão nunca o mesmo peso da energia nuclear`, inclusive na geração de empregos. ´A gente discute para avaliar tudo isso, mas não se pode descartar agora`, pontuou. Para o petebista, o debate tem que ser feito porque ´o Nordeste corre risco de ficar sem energia, o queseria o pior de todos os mundos`.
"O Nordeste corre risco de ficar sem energia, o que seria o pior de todos os mundos" Armando Monteiro Neto (PTB), Senador por Pernambuco
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