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segunda-feira, 14 de março de 2011

Itaipu, CIH, FPTI e ADEOP integram projeto de repercussão internacional

 objetivo do trabalho proposto pela Olade é a criação de um banco de dados que permitirá a elaboração de um planejamento futuro de investimentos no setor. Material será publicado em uma revista com público dirigido nos idiomas: português, inglês e espanhol

 

Ciliany Perdoná

AI ADEOP

 

A parceria de sucesso estabelecida entre Itaipu Binacional, Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná (ADEOP) por meio do Observatório Regional de Indicadores Sustentáveis (ORIS) – órgão coordenado pela FPTI e ADEOP - está possibilitando a realização de um trabalho com conotação internacional que, ao ser concluído, irá apresentar, entre vários aspectos, a Linha Tecnológica e o Estado da Arte das Energias Renováveis no Brasil.

 

O estudo solicitado pela Organização Latinoamericana de Energia (OLADE), conta com cinco etapas, sendo que quatro delas foram concluídas e a última será finalizada até 31 de dezembro deste ano. Para conhecer a linha de trabalho e acompanhar de perto a pesquisa que está sendo desenvolvida por equipes do ORIS e CIH, o coordenador de Fontes Renováveis de Energia e Meio Ambiente da Olade, Eduardo Noboa, permaneceu uma semana no PTI e fez algumas visitas na região.

 

De acordo com o coordenador do ORIS, Antão Veríssimo, coube ao Observatório de Indicadores as atividades que consistiram na elaboração de um resumo das informações sobre a construção da linha de base das tecnologias energéticas e um compêndio de informações sobre os mecanismos de financiamento de projetos de energias renováveis. A etapa do estudo da arte que consistiu na descrição de dois exemplos de melhores práticas e projetos mais relevantes foi desenvolvida pela equipe do CIH, bem como as conclusões finais que estão sendo trabalhadas e serão finalizadas até fim deste ano. Todo o relatório está sob coordenação do assessor de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Bley Jr.

 

O trabalho solicitado pela Olade reúne informações energéticas gerais do Brasil e o marco legal e institucional das energias renováveis no país. Constam informações sobre as instalações mais relevantes de energia renovável, por tipo de tecnologia como: biomassa; bagaço da cana-de-açúcar; resíduos de madeira; biogás; energias eólica e hidráulica; usinas hidrelétricas; entre outros, além dos mecanismos financeiros existentes e os comparativos de financiamento. Destaca-se que, por meio do aspecto da sustentabilidade ambiental, as fontes renováveis estão conquistando espaço cada vez mais relevante, por manterem o status de serem ambiental e socialmente corretas.

 

 

Equipe qualificada

Na elaboração do estudo, que está pronto, a equipe contou com a participação de técnicos com larga experiência no setor de geração e transmissão de energia elétrica, pessoas especializadas em comunicação, estatística, software de pesquisa via internet, gestão de dados e fontes de geração de eletricidade. O secretário executivo da ADEOP Elsidio Cavalcante salientou que o trabalho, a princípio desafiador, "proporcionou a oportunidade de expandir o campo de relacionamentos e permitiu a criação de um banco de dados que facilitará a elaboração de um planejamento futuro de investimentos no setor".

 

Para a execução do trabalho, a busca de informações sobre a linha de base tecnológica se concentrou nas divulgações técnicas do Ministério de Minas e Energia (Balanço Nacional Energético – BEM) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), entre outras organizações do setor público, organismos não governamentais dedicados ao tema, bibliografias disponíveis, dados de empresas públicas e privadas do setor de geração de energia e visitas a campo para o conhecimento detalhado de algumas informações.

 

 

Exemplos

O primeiro estudo de caso foi realizado na Granja São Pedro (Colombari), em São Miguel do Iguaçu, sobre a produção de energia elétrica por meio do biogás. O proprietário, José Carlos Colombari é um criador de suínos e representa uma verdadeira revolução para o setor. Ele é o primeiro produtor rural no Brasil, que em uma escala muito pequena, produz sua própria energia e vende o excedente para a Companhia de Energia do Paraná (Copel). Os dejetos que antes contaminavam o rio foram canalizados para um biodigestor, onde é gerado o biogás, que é utilizado para impulsionar um gerador que abastece de energia a propriedade. Os demais subprodutos transformam-se em biofertilizantes que são utilizados como adubo orgânico.

 

O segundo estudo foi desenvolvido em uma pequena central hidroelétrica localizada na divisa dos municípios de Toledo e Ouro Verde do Oeste, que produz energia elétrica através do aproveitamento do potencial hídrico do Rio São Francisco Verdadeiro. Os estudos de caso foram desenvolvidos pelo engenheiro ambiental que integra o CIH, Rafael Hernando de Aguiar Gonzáles.

 

Bolsistas

Para que os trabalhos de indicadores, sobre os vários aspectos de energias renováveis, sejam mantidos após a conclusão do relatório, a Olade está mantendo, sob orientação do ORIS, três bolsistas que estão desenvolvendo indicadores de energias renováveis no âmbito tecnológico, econômico e ambiental. A intenção é pesquisar tecnologias de projetos de energias renováveis com alto rendimento para geração de energia.

Outra linha de estudo dos bolsistas consiste em estudar o impacto sobre a sociedade com o investimento em projetos energéticos utilizando energias renováveis e analisar a parte sócio-econômica e o apoio no investimento de projetos no setor.

 

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Confira alguns dados sobre energias renováveis

 

A energia renovável é aquela que vem de recursos naturais como sol, vento, chuva, marés e calor, que são naturalmente reabastecidos. Segundo dados obtidos no Balanço Energético Nacional (BEM 2010), a participação das energias renováveis na geração de energia elétrica no ano de 2009 teve como maior fonte a hidroeletricidade, com 76,9%. Na sequência vem à importação, com 8,1%; biomassa, 5,4%; eólica 0,2%; gás natural 2,6%; derivados de petróleo 2,9%; nuclear 2,5% e carvão e derivados, 1,3%.

 

http://www.jornalofarol.com.br/ver-noticia.asp?codigo=7892

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