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sábado, 10 de outubro de 2015

Bancos oferecem linhas de financiamento para projetos de eficiência energética

09.10.15
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Brasil – Instituições financeiras ampliam o crédito para projetos eficientes e sustentáveis
João Dalla e Helena Passos, para o Procel Info
Divulgação
Brasil - Produtos eficientes e sustentáveis se tornaram uma opção aos bens que exigem maior uso de recursos naturais. Placas fotovoltaicas - utilizadas em sistemas de energia solar -, tecnologia LED e climatizador evaporativo são alguns exemplos de equipamentos disponíveis no mercado que atendem a esse conceito.

Apesar dos benefícios proporcionados pela adesão desse tipo de produto, é possível que os consumidores e as empresas encontrem dificuldades em captar recursos para a aquisição de bens e serviços sustentáveis. Diante disso, alguns bancos desenvolveram linhas de crédito que estimulam o desenvolvimento desse segmento.

"Bancos públicos, privados, de investimento, de desenvolvimento, seguradoras, cooperativas de crédito e tantas outras empresas que vivem dos produtos e serviços financeiros já perceberam que a adoção de práticas sustentáveis são fundamentais para a saúde do seu negócio, pois reduz os custos, aumenta a receita, facilita o acesso ao crédito, minimiza os riscos de transação, entre outros resultados positivos", afirma Asclepius Ramatiz Lopes Soares, diretor da Unidade de Negócios Sustentáveis e Desenvolvimento Social do Banco do Brasil.

O diretor da Unidade de Negócios Sustentáveis considera que os benefícios do financiamento de bens e serviços dessa área vão além do desenvolvimento econômico. "A modalidade de crédito com viés socioambiental tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo em que visa reduzir impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida da sociedade".

Em junho de 2015, o Banco do Brasil ampliou o alcance de um consórcio que já existia desde 2013. O novo modelo permite aos clientes da instituição financeira obter equipamentos de eficiência energética e de reuso de água.

Com um crédito que pode variar entre R$ 1,5 mil e R$ 7 mil, é possível adquirir produtos que reduzem os impactos ambientais e garantem maior eficiência e economia energética. Entre os itens financiáveis estão aparelhos elétricos com selo Procel e Etiqueta nível A, equipamentos para energia térmica, tecnologia LED, climatizador evaporativo, placas fotovoltaicas, bicicletas (elétricas ou não), entre outros. O consórcio pode durar até 36 meses com taxas de administração a partir de 0,55% ao mês. O banco também oferece uma linha de financiamento que contempla o pagamento dos serviços necessários para a instalação dos bens de eficiência energética. Neste caso, o crédito pode variar de R$ 1,5 mil a R$ 15 mil com taxas a partir de 0,56% ao mês. Os planos podem chegar até 30 meses.

Além dessa linha de crédito, o Banco do Brasil também apresenta um tipo de financiamento neste segmento voltado para empresas, conhecido como Proger Urbano Empresarial. "Por meio desta linha é possível financiar programas de eficiência energética que visem o aperfeiçoamento do consumo de energia pelas empresas, abrangendo o desenvolvimento e a implementação de projetos de iluminação, de motores, de ar comprimido, de bombeamento, de ar condicionado e ventilação, de refrigeração e resfriamento, de produção e distribuição de vapor, de aquecimento, de gerenciamento energético e de melhoria na qualidade da energia", explica o diretor da Unidade de Negócios Sustentáveis e Desenvolvimento Social da instituição financeira.

Asclepius Ramatiz Lopes Soares ainda acredita na expansão da cobertura de bens e serviços desse tipo de financiamento com viés socioambiental. "Há pressão legal para que esses tipos de financiamento avancem rápido e possam abranger parcela significativa do portfólio de produtos e serviços. A perspectiva é positiva, já que essas iniciativas vêm demonstrando uma forma de vantagem competitiva entre os concorrentes, não só entre grandes instituições financeiras, mas também entre médias e pequenas".
Bancos ofercem crédito a partir de R$ 1.500 para projetos voltados para a sustentabilidade e eficiência

Outro banco que também apresenta uma linha de crédito voltada para a área de eficiência energética de empresas, desde 2006, é o BNDES. Com o valor mínimo de R$ 5 milhões, o consórcio financia investimentos que visam melhorar a eficiência energética ou reduzir o consumo de energia em edificações e processos produtivos. Além disso, essa linha também financia a repotenciação de usinas e implantação de redes elétricas inteligentes.

O plano cobre até 70% do valor dos itens financiáveis com Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) + taxa de risco ao crédito (de 1% ao ano para estados, municípios e distrito federal e de até 4,18% ao ano para os demais clientes) + remuneração básica do BNDES. Esta taxa varia de acordo com o empreendimento, sendo a partir de 1,5% ao ano para micro, pequenas e médias empresas e a partir de 1,2% ao ano para média-grandes e grandes empresas. O prazo de pagamento varia de acordo com os projetos.

Quando a operação é realizada por intermédio de outra instituição financeira credenciada, além do custo financeiro e da remuneração básica do BNDES, a taxa de juros também inclui uma remuneração da instituição credenciada e uma taxa de intermediação financeira, que é de 0,1% ao ano para micro, pequenas e médias empresas e de 0,5% ao ano para média-grandes e grandes empresas.

Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, foram desembolsados pelo Proesco, o Programa de Eficiência Energética transformado recentemente em Linha de Eficiência Energética, cerca de R$ 350 milhões até maio de 2015. No entanto, a assessoria assegura que o apoio do banco ao segmento é ainda maior. "Ocorre que não é uma boa medida para avaliar o apoio do Banco ao segmento, uma vez que os financiamentos concedidos a investimentos tanto em empreendimentos novos quanto em modernização contemplam investimentos em eficiência energética que não são apoiados pela Linha. Dessa forma, o valor real é bem superior ao do Programa específico".

Rodrigo Aguiar, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), vê como positivo esse tipo de crédito e acredita que as linhas de financiamento do segmento colaboram para a eficiência energética e redução de desperdício no país.

"Hoje já existe o Cartão BNDES que possui linhas de financiamento específicas para a eficiência energética para atender ao pequeno empresário. Temos também uma linha que se chama BNDES Soluções Tecnológicas que acabou de ser lançada. Ela está ainda na fase de cadastramento das soluções tanto de fabricantes quanto de prestadores de serviço. São esses desenvolvimentos que nós queremos colocar para que a eficiência energética no país tome um rumo forte, com continuidade, e atinja o seu objetivo que é acabar com o desperdício no país", afirma o presidente da ABESCO.

* Com colaboração de Tiago Reis.

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Sandro Geraldo Bagattoli
Universidade Regional de Blumenau
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