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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Combustíveis fósseis respondem por dois terços da energia gerada no mundo

Apesar da crescente preocupação global em investir em fontes de energia limpa, dois terços da energia usada no mundo ainda provém da queima de combustíveis fósseis, sendo a maior parte carvão.

 

Essa proporção não se altera há 35 anos, mas as emissões de dióxido de carbono (CO2) geradas por usinas mais que dobraram desde 1980, por conta da crescente demanda mundial por energia elétrica.

 

Os dados são de um levantamento feito pela Agência Internacional de Energia (AIE, na sigla em inglês). Os últimos dados coletados pela pesquisa são de 2012, mas, desde então, houve poucas mudanças que não afetam o resultado geral.

 

Segundo o levantamento, em 1980, o total de eletricidade gerado no mundo era de 8,3 milhões de gigawatts-hora (Gw/h). Em 2012, esse número quase triplicou, chegando a 22,7 milhões de Gw/h, um aumento de 174%, impulsionado pelo aumento de demanda e população nos países em desenvolvimento.

 

Em 2012, o carvão foi a fonte de energia mais usada, com 40,4% do total, seguido de gás natural (22,5%), fontes renováveis (21,2%), energia nuclear (10,9%) e óleo (5%). O amplo uso do carvão teve um alto custo: o aumento nas emissões de CO2. Isso porque, dentre todos os combustíveis fósseis, o carvão é o que libera a maior quantidade de CO2 por quilowatt-hora (Kw/h) de energia e calor produzidos. E o carvão continua sendo, de longe, o combustível mais utilizado. Em 2012, ele representou 72% das emissões geradas pelo setor elétrico.

 

O total de emissões de CO2 aumentou consideravelmente. Em 1980, 5.482 milhões de toneladas de CO2 foram lançados na atmosfera, número que subiu para 13,346 milhões de toneladas em 2012, um salto de 143%. Deste total, o carvão foi responsável por lançar 9,547 milhões de toneladas de CO2, seguido do gás natural (2,740) e do petróleo (942). O restante foi lançado por resíduos urbanos e industriais.

 

Os cinco maiores emissores CO2 do mundo são, respectivamente, China (com 4,104 milhões de toneladas lançadas), EUA (2,086), Índia (1,044), Rússia (932) e Japão (566). E a previsão é que o cenário piore. A Índia, que aumentou oito vezes sua capacidade de geração de energia elétrica, pretende expandir o acesso a mais 300 milhões de pessoas que ainda não têm acesso à energia elétrica. A China, cuja capacidade de geração de energia em 2012 era 20 vezes maior que em 1980, pretende fazer o mesmo.

 

O relatório aponta ainda que o baixo custo do carvão compromete a expansão do uso de fontes limpas. Isso porque, a desaceleração da economia chinesa somada a descoberta de novas fontes de gás natural nos EUA tornaram o carvão ainda mais barato.

 

Segundo o relatório, isso coloca uma pressão negativa sobre os esforços para desenvolver e expandir fontes renováveis de energia, como a solar, a eólica e a hidrelétrica, que têm uma menor capacidade de competir economicamente.

http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/aumento-da-demanda-mundial-por-energia-faz-saltar-em-40-o-uso-do-carvao/

 

ATENCIOSAMENTE

 

Alexandre Kellermann

 

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