Companhia global de gestão de energia e automação destaca potencial em setores como de óleo e gás, mineração, infraestrutura e telecomunicações no País, mesmo em um momento desafiador
A Schneider Electric avalia que o mercado brasileiro oferece grandes oportunidades nos setores de óleo e gás, mineração e infraestrutura. Multinacional afirma ter estratégia para seguir crescendo em momento de instabilidade econômica global.“Vemos um cenário de longos ciclos de investimento em óleo e gás e em mineração. Há boas ofertas de crescimento saudável”, declarou o vice-presidente executivo de automação industrial da Schneider Electric, Peter Herweck, em entrevista exclusiva ao DCI.
O executivo explica que a tendência de desvalorização do barril de petróleo está impulsionando a transformação digital nas empresas do setor. “Somos a única companhia que pode oferecer automação e eficiência energética para essa indústria.”Herweck também acredita que os investimentos de exploração no pré-sal e maior abertura no mercado de refino vai tornar o setor mais competitivo. “Isso aumenta ainda mais a necessidade de produtividade.”Além da indústria de óleo e gás, ele vê boas perspectivas no setor de infraestrutura. A empresa fornece soluções para o Aquapolo, empreendimento para a produção de água de reuso industrial que abastece o polo petroquímico em Mauá, na região do ABC Paulista.
“As nossas plataformas permitem que cliente produza com menos custos e menos recursos.”Maior empreendimento do tipo na da América do Sul, o Aquapolo foi inaugurado em 2012 e é fruto de uma parceria entre a BRK Ambiental e a Sabesp que fornece 650 litros de água de reuso por segundo. Outro mercado visto com grande potencial é o de telecomunicações. “O grande número de celulares, aumento da conectividade e avanço da Internet das Coisas vai demandar mais data centers, uma área em que também atuamos”, afirma Herweck.Já o mercado automotivo é visto em um momento um pouco mais delicado. “A demanda declinou. Mas nosso modelo de negócios não nos deixa tão expostos”, comenta. Ele acredita que com o entendimento adequado das necessidades da indústria, a empresa vai crescer mesmo com a estagnação econômica que o Brasil enfrenta.
“Quem entrega soluções consegue crescer acima do mercado.”Dentro da estratégia de atender a demanda de todos esses setores, a companhia tem investido em treinamento de seus funcionários. “Temos cinco fábricas, um centro de distribuição e mais de dois mil funcionários no País. Investir nesses colaboradores é mais importante que construir novos prédios e instalações”, assinala o executivo. Economia global Herweck admite que o atual ambiente econômico mundial traz incertezas. “Existe uma tensão geopolítica. Mas nossa empresa cresce em todos os ciclos econômicos. Há uma perspectiva de expandir a transformação digital e queremos liderar esse movimento.”O executivo diz que a companhia tem que ser capaz de operar em qualquer cenário.
“Se oferecermos valor aos nossos clientes, poderemos crescer e não ser tão afetados. Nosso desempenho é melhor do que dos nossos concorrentes.”Ele avalia que a transformação digital é necessária nesse ambiente desafiador. “As indústrias vão se tornar mais competitivas nesse momento de transformação 4.0. Há uma necessidade de investir em segurança e eficiência, mudar modelos de negócios.”Segundo o relatório semestral da companhia, foi registrado crescimento em todas as regiões no segmento de gestão de energia elétrica. Já a divisão de automação apresentou queda na receita na América do Norte e desempenho positivo nos demais continentes. A empresa não revela os números registrados no mercado brasileiro.
Atenciosamente
Alexandre Kellermann

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