O setor elétrico brasileiro está passando por uma revolução silenciosa — e quem está puxando essa mudança são, surpreendentemente, as pequenas empresas. Em 2025, o número de consumidores migrando para o mercado livre de energia elétrica bateu recordes, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Até abril, mais de 14.500 unidades consumidoras já oficializaram sua saída do mercado regulado para negociar diretamente com fornecedores no mercado livre. E o mais interessante: 96% dessas migrações são de empresas com demanda inferior a 500 kW — ou seja, pequenos negócios que buscam cortar custos e ganhar autonomia.
💸 Por que tantas empresas estão migrando?
A resposta está na economia. Dependendo da região e do perfil de consumo, a redução na conta de luz pode chegar a 30%. No mercado livre, o consumidor negocia preço, volume e prazo do fornecimento de energia diretamente com geradores ou comercializadoras — sem depender das tarifas fixas impostas pelas distribuidoras locais.
Além disso, há mais previsibilidade: contratos de longo prazo evitam sustos com bandeiras tarifárias ou aumentos sazonais.
🌱 Energia renovável na mira
Outro fator que está acelerando a adesão ao mercado livre é o interesse por energia limpa. No modelo livre, é possível optar por fornecedores de energia solar, eólica ou de outras fontes renováveis, alinhando o consumo à agenda ESG e contribuindo com a descarbonização da economia.
👀 E os consumidores residenciais?
Ainda não é possível para a maioria das residências migrar para o mercado livre, mas o processo de abertura está em andamento. O Ministério de Minas e Energia já discute propostas para permitir que consumidores de baixa tensão (como casas e pequenos comércios) também possam escolher seus fornecedores no futuro próximo.
🚀 Um caminho sem volta
A tendência de migração para o mercado livre mostra que o consumidor brasileiro — especialmente o empresarial — está mais atento, exigente e disposto a buscar alternativas mais eficientes e sustentáveis.
Sandro Geraldo Bagattoli
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