RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil voltará a comprar 30 milhões de metros cúbicos diários da Bolívia nos próximos dez a quinze dias para atender à maior demanda de usinas térmicas, que serão acionadas à 0h de sábado para garantir o abastecimento do sul do país.
"O sul está passando uma das suas maiores secas, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) ordenou o despacho de mais 14 milhões de metros cúbicos diários, as térmicas vão entrar pesado à 0h de sábado", informou a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, durante evento para comemorar o primeiro óleo extraído no pré-sal profundo da bacia de Santos.
Atualmente a importação gira em torno dos 20 milhões de metros cúbicos diários.
Hoje as térmicas estão utilizando 6 milhões de metros cúbicos diários, informou a diretora. Com a nova carga, o volume de venda de gás para térmicas será elevado para 20 milhões de metros cúbicos diários. A demanda não térmica atualmente é de 29,6 milhões de metros cúbicos diários.
A redução da compra da Petrobras do gás boliviano, dos habituais 30 milhões para 19 milhões no início do ano, provocou a insatisfação do país vizinho, que vem fazendo campanha junto ao governo brasileiro para que a compra retorne ao nível máximo de um contrato assinado em 1999 entre os dois países, de 30 milhões de metros cúbicos.
O principal motivo da redução da demanda por gás foi o desligamento de várias usinas termelétricas no país este ano devido ao alto nível de água dos reservatórios hidrelétricos, ajudado pela redução da atividade econômica e aumento da produção da empresa .
Agora, segundo Graça, o ONS não está vendo perspectivas de chuvas para os próximos meses e decidiu aumentar o despacho da energia termelétrica para preservar o estoque desses reservatórios.
Segundo Graça, não haverá dificuldade de atender a solicitação do Operador Nacional do Sistema, já que a empresa tem sobra do combustível no momento. Por este motivo, a empresa manteve também a realização do segundo leilão de gás natural da companhia, previsto para ocorrer em 12 de maio.
No primeiro leilão, realizado em 24 de abril, a empresa ofertou 6 milhões de metros cúbicos ao mercado, volume referente à sobra de produção da companhia, e vendeu a metade desse total.
"Não sei se desta vez vamos colocar 6 milhões, vamos avaliar", disse Graça, informando que "em tese" hoje estão sobrando os mesmos 6 milhões de metros cúbicos do primeiro leilão.
EÓLICA
A diretora informou ainda que a Petrobras vai participar do primeiro leilão de energia eólica do país, previsto para 25 de novembro. Segundo Graça, apesar de não fazer parte dos negócios tradicionais da companhia, o objetivo de entrar no setor se justifica pela busca da Petrobras por energias renováveis.
"Somos uma empresa de energia, temos 210 megawatts operando e até o final do ano serão 360 megawatts, é uma questão de segurança diversificar para várias fontes de energia", explicou a diretora à Reuters, revelando que o Centro Tecnológico de Gás da empresa terá Energias Renováveis agregado ao seu nome.
(Edição de Camila Moreira)
http://www.abril.com.br/noticias/economia/brasil-volta-comprar-cota-maxima-gas-bolivia-15-dias-376876.shtml
"O sul está passando uma das suas maiores secas, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) ordenou o despacho de mais 14 milhões de metros cúbicos diários, as térmicas vão entrar pesado à 0h de sábado", informou a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, durante evento para comemorar o primeiro óleo extraído no pré-sal profundo da bacia de Santos.
Atualmente a importação gira em torno dos 20 milhões de metros cúbicos diários.
Hoje as térmicas estão utilizando 6 milhões de metros cúbicos diários, informou a diretora. Com a nova carga, o volume de venda de gás para térmicas será elevado para 20 milhões de metros cúbicos diários. A demanda não térmica atualmente é de 29,6 milhões de metros cúbicos diários.
A redução da compra da Petrobras do gás boliviano, dos habituais 30 milhões para 19 milhões no início do ano, provocou a insatisfação do país vizinho, que vem fazendo campanha junto ao governo brasileiro para que a compra retorne ao nível máximo de um contrato assinado em 1999 entre os dois países, de 30 milhões de metros cúbicos.
O principal motivo da redução da demanda por gás foi o desligamento de várias usinas termelétricas no país este ano devido ao alto nível de água dos reservatórios hidrelétricos, ajudado pela redução da atividade econômica e aumento da produção da empresa .
Agora, segundo Graça, o ONS não está vendo perspectivas de chuvas para os próximos meses e decidiu aumentar o despacho da energia termelétrica para preservar o estoque desses reservatórios.
Segundo Graça, não haverá dificuldade de atender a solicitação do Operador Nacional do Sistema, já que a empresa tem sobra do combustível no momento. Por este motivo, a empresa manteve também a realização do segundo leilão de gás natural da companhia, previsto para ocorrer em 12 de maio.
No primeiro leilão, realizado em 24 de abril, a empresa ofertou 6 milhões de metros cúbicos ao mercado, volume referente à sobra de produção da companhia, e vendeu a metade desse total.
"Não sei se desta vez vamos colocar 6 milhões, vamos avaliar", disse Graça, informando que "em tese" hoje estão sobrando os mesmos 6 milhões de metros cúbicos do primeiro leilão.
EÓLICA
A diretora informou ainda que a Petrobras vai participar do primeiro leilão de energia eólica do país, previsto para 25 de novembro. Segundo Graça, apesar de não fazer parte dos negócios tradicionais da companhia, o objetivo de entrar no setor se justifica pela busca da Petrobras por energias renováveis.
"Somos uma empresa de energia, temos 210 megawatts operando e até o final do ano serão 360 megawatts, é uma questão de segurança diversificar para várias fontes de energia", explicou a diretora à Reuters, revelando que o Centro Tecnológico de Gás da empresa terá Energias Renováveis agregado ao seu nome.
(Edição de Camila Moreira)
http://www.abril.com.br/noticias/economia/brasil-volta-comprar-cota-maxima-gas-bolivia-15-dias-376876.shtml
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