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A Toshiba não vai nada bem e pode decretar falência

Por Emerson Alecrim
15/02/2017 às 13h32

 

 

É difícil imaginar que uma companhia com décadas de existência e pioneirismo em diversas tecnologias esteja prestes a falir. Mas essa é a situação da Toshiba. A gigante japonesa perdeu tanto dinheiro nos últimos anos que agora está cambaleando. E você sabe: quando algo gigante cai, o estrago é grande.

A Toshiba atua em vários segmentos, mas três deles são primordiais. Um a gente conhece bem, o de semicondutores: a companhia é um dos principais nomes por trás da memória Flash; seus chips são amplamente usados em smartphones, SSDs, cartões de memória e afins. Os outros dois mercados são o de maquinário industrial e o de energia.

O setor de energia é o mais importante. Cerca de 35% da receita da empresa vem (ou vinha) daí, com destaque para o segmento de energia nuclear. A Toshiba passou a atuar fortemente nesse ramo em 2006, depois de ter desembolsado US$ 5,4 bilhões pela Westinghouse Electric.

Parecia mesmo um caminho promissor, afinal, com o negócio, a Toshiba conquistou uma boa fatia do mercado de energia nuclear dos Estados Unidos. Em 2013, a empresa decidiu até desembolsar mais US$ 1,6 bilhão para aumentar a sua participação na Westinghouse para 87%.

Mas, na verdade, o cenário não era tão positivo assim e ficou mais instável em 2011, depois do acidente nuclear de Fukushima. Para piorar, a Toshiba tomou uma série de decisões suspeitas nos últimos anos que a fizeram acumular perdas e mais perdas financeiras. Uma delas foi a aquisição da construtora de usinas nucleares CB&I Stone & Webster pela Westinghouse no final de 2015.

Foi mais ou menos nessa época que a sujeira debaixo do tapete começou a ser descoberta. Uma investigação divulgada em julho de 2015 mostrou que, entre 2007 e 2014, a Toshiba inflou seus benefícios líquidos, ou seja, fez manipulação contábil para parecer ter lucrado mais.

Para piorar a situação, há indícios de que a Westinghouse exagerou no valor pago pela CB&I Stone & Webster, levantando suspeitas de que houve algum tipo de fraude no negócio.

Desde então, a Toshiba está rolando ladeira abaixo. A companhia teve que pagar multas pesadas pela manipulação contábil, viu as suas ações perderem pelo menos 50% do valor só em dezembro de 2016 e acumulou prejuízos estimados em US$ 3,4 bilhões no setor de energia, sem contar as perdas que foram maquiadas.

Shigenori Shiga, presidente da Toshiba, se demitiu do cargo nesta quarta-feira (15) e assumiu a responsabilidade pelos problemas. Mas o estrago está feito: a saúde financeira da companhia é tão complicada que muitos analistas de mercado contratados por investidores para avaliar a situação não sabem nem por onde começar.

Para estancar o sangramento, a solução no curto prazo é a venda de ativos. Só que não há interessados pela divisão de energia da Toshiba. Por conta disso, a companhia cogitou vender até 20% da sua unidade de chips, a única que está em situação favorável.

Shigenori Shiga

Porém, na terça-feira (14), a Toshiba divulgou um relatório financeiro que revela uma baixa contábil de US$ 6,3 bilhões. O rombo é maior do que o esperado. Diante disso, a empresa está cogitando vender uma fatia maior ou mesmo a totalidade da divisão de chips que, hoje, tem valor estimado entre US$ 13 bilhões e US$ 17 bilhões.

O problema é que, diante de um problema como esse, o ideal é a companhia se reestruturar se livrando dos negócios menos rentáveis e mantendo o mais forte. Nesse sentido, a venda da unidade de chips fará a Toshiba não ter mais competitividade, pois a divisão de energia está praticamente morta.

É um dilema cruel: se não vender a divisão de chips, a Toshiba terá dificuldades para cobrir o prejuízo; se vender, a empresa não terá um negócio consistente para cuidar. Diante disso, acionistas e analistas de mercado acreditam que a companhia não terá escolha, a não ser decretar falência.

Situação delicadíssima. Pode até ser que a Toshiba consiga se salvar, mas ela não voltará a ter a relevância de antes. Uma lástima.

Com informações: The New York Times, Reuters

 

 

 

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Enviada em: sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017 04:32
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